Sobre o radicalismo e a falta de amor ao próximo

Foto: JOE RAEDLE / AFP
Um atentado terrorista registrado na madrugada de domingo (12/06), em Orlando, nos Estados Unidos, deixou toda a comunidade mundial perplexa. Mais de 50 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas. O autor do ato foi um homem americano, de 29 anos, identificado como Omar Mateen.
Fortemente armado, ele invadiu uma casa de shows destinada ao público homossexual e abriu fogo contra os jovens que estavam no local. De acordo com a polícia, o homem chegou a fazer reféns, mas uma intervenção dos policiais conseguiu liberá-los, e após uma troca de tiros, o atirador foi morto.
O próprio Omar chegou a acionar o 911, serviço de emergência americano, informando sobre o ataque e declarando lealdade ao Estado Islâmico. Nesta segunda (13/06), o grupo de radicais assumiu a ligação com o crime. Apesar disso, as investigações americanas ainda não confirmam a relação de Omar com o Estado Islâmico.
O atirador já foi investigado pelo FBI por suposta ligação com terroristas e chegou a ser interrogado duas vezes. Mas, atualmente, ele não era observado pela unidade de polícia dos Estados Unidos.
A família de Omar Mateen é afegã, e o pai dele chegou a se candidatar à presidência do Afeganistão. Ele pediu desculpas pelo ocorrido e disse que atitude do filho “não tem a ver com religião”, e sim com intolerância. A ex-mulher de Omar afirmou que ele era um homem “violento e instável”.
O crime é o pior do tipo já registrado na história do país e atenta para a questão das armas, em um local de recorrentes casos de tiroteio. A compra e o porte de armas é permitido pela constituição norte-americana e, só neste ano, já são contabilizados 134 tiroteios em massa, de acordo com uma ONG que monitora esse tipo de crime.
Autoridades de todo o mundo se pronunciaram em solidariedade aos familiares das vítimas e a todo o país.
O caso reflete a situação de intolerância, presente em todas as partes do planeta, e que demonstra crescimento rápido, a cada dia.
Como cristãos, devemos sempre analisar os fatos do ponto de vista bíblico. Fazendo isso, seremos lembrados a todo momento um dos principais ensinamentos de Deus: o amor ao próximo. Não só a empatia e a compaixão, mas amor ao próximo como o amor próprio. Isso não quer dizer que vamos compactuar com seus erros, mas amá-los independente disso.
“Todavia, se estais cumprindo a lei real segundo a escritura: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem.” (Tiago 2:8)
“tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” (I Pe 4:8)
“Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.” (I Jo 3:15)
E na vida de Jesus aqui na terra, Ele nos deixa um mandamento ainda mais forte:
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.” (Jo 13:34)
Agora, imagine se todos cumpríssemos esse mandamento de Jesus, quão diferente seria a vida na terra, quantas vidas seriam poupadas, quantas guerras seriam evitadas e esse tipo de radicalismo não existiria.
O que precisamos neste momento é de um radicalismo em amar a Deus, ao semelhante e à obediência aos Seus mandamentos.
Fonte: Folha de São Paulo e G1.