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O primeiro retrato de Paulo nas Escrituras, diz Charles R. Swindoll, (no seu livro ”Paulo, um homem cheio de coragem e graça”), não é de uma criança no colo de sua mãe, ou de um menino correndo pelas ruas de Tarso, ou mesmo de um estudioso da lei, jovem e brilhante fazendo perguntas a um dos maiores eruditos do seu tempo, o Rabino Gamaliel.

O primeiro retrato nas Escrituras é brutal e sangrento. Parece mais como um terrorista de nossos dias do que um seguidor do judaísmo. O sangue de Estevão, o primeiro mártir do cristianismo, manchou as mãos e as roupas de Saulo porque ele era cúmplice e concordava com aquele apedrejamento perverso.

Como esse criminoso, que matou a sangue frio tantos servos de Deus, se tornou, talvez, o maior líder cristão já conhecido? Como um jovem de paixão e coragem intensa, mas mal direcionadas se transformou em um homem amadurecido, paciente, sábio e cheio de graça?

Uma única explicação: Ele teve um encontro pessoal e face a face com o grande transformador de vidas: Jesus Cristo, o Filho de Deus ressuscitado dentre os mortos.

As vezes pensamos em Paulo “cristianizadamente” apenas como um apóstolo apaixonado e abençoador. Afinal foi ele quem escreve a maioria dos livros (cartas) do Novo Testamento; explicou doutrinas fundamentais do Cristianismo: Depravação Total, Eleição, Predestinação, Regeneração, Justificação pela Fé, Santificação como um processo contínuo, a obra e o Poder do Espírito Santo, o que é a Igreja de Cristo e outras. Palavras que o Eterno guardou para orientar a igreja por gerações até a volta de Cristo. Por causa de nossa familiaridade com seus escritos bíblicos podemos correr o risco de achar que ele sempre foi “gente boa”, e que amou a Cristo desde tenra infância.

Nada mais equivocado. Ele odiava o nome de Jesus a ponto de ter se tornado, um agressor violento e declarado, matando pessoas, ferindo vidas, destruindo famílias por causa da sua dedicação e das suas convicções religiosas e ao mesmo tempo anti-Deus. Isso jamais devemos esquecer. Ele entendeu o que a natureza pecaminosa faz com a pessoa: ela está morta para Deus e por isso pratica qualquer tipo de pecado contra Deus e seu próximo e contra si mesmo e que só o poder de Cristo pode mudar alguém assim. Quanto mais compreendemos a escuridão do seu passado, tanto mais entenderemos sua gratidão pela graça de Cristo.

Foi Ele quem nos tirou misericordiosamente do pecado, e da morte para a vida, para a luz e para a esperança viva.

Ora, se Jesus Cristo, nosso Senhor teve poder para transformar Saulo, envolvido num terrível assassinato, com um passado tão terrível, em Paulo, num apóstolo, que viveu e pregou a mensagem da graça, Ele, Jesus, pode transformar sua vida e sua família também. Esta é a nossa oração. Que o Cristo ressuscitado lhe abençoe de modo exponencial.

Pr. Jeremias Pereira   |   prjeremias@oitavaigreja.com.br