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Estudos e artigos

Renovando o compromisso de ofertar para Missões

“Todo missionário precisa de oração, de acompanhamento, de amizade e de DINHEIRO. O treinamento e o sustento permitem ao missionário se dedicar de forma completa à obra.”

Algumas histórias que conhecemos sobre Missões e missionários são tão impactantes que mesmo com o passar de muitas anos, não nos esquecemos delas. Lembro-me de várias historias, de vários testemunhos, de situações em que Deus entrou na história e mudou completamente situações, para preservar a vida de Seus missionários. Uma destas histórias reais, que mais parecem roteiros de filmes, quem contou foi o missionário Ronaldo Lidório. Ele fez uma incursão em uma aldeia muito distante nos interiores da África e tentou pregar para algumas pessoas, sem ter muito sucesso. Ele e o guia já estavam indo embora, frustrados e muito cansados, quando avistaram uma fumaça vinda do alto de uma montanha. O missionário viu a fumaça, mas quis ir embora, para poder descansar, e disse “Que diferença fará se nós formos ou não formos até lá?” Ao que o seu amigo e guia respondeu: “Para nós pode fazer pouca diferença, mas para aquela família pode fazer toda a diferença.”

Ronaldo concordou com a observação do amigo e se prontificou a recobrar as suas forças e subir aquela montanha. O final da história é que aquela família se converteu e a tribo se tornou, em pouco tempo, um local de envio de outros missionários.

Esta é uma de milhares de outras histórias maravilhosas, que nos encorajam a continuar enviando pessoas a lugares cada vez mais perigosos, difíceis e fechados para o Evangelho. A história acima me faz refletir sobre algumas situações:

1) Como é importante não andarmos sozinhos. A Bíblia revela que a Igreja tem poder para saquear o inferno. Somos parte de um Corpo. Precisamos uns dos outros. Um dos grandes problemas que os missionários enfrentam no campo é a solidão, o sentimento de que estão sozinhos. Como igreja, temos o compromisso e a obrigação de acompanharmos nossos missionários. Temos de dar a eles o apoio que precisam. Às vezes basta lembrá-los dos seus próprios valores e da força da sua fé. Na história acima, foi o amigo, discípulo, que lembrou nosso missionário dos valores que ele mesmo os havia ensinado. Uma carta, um telefonema na hora certa, pode fazer muita diferença. Eles não estão sozinhos; estamos aqui orando por eles, acompanhando suas lutas e suas vitórias.

2) O cansaço não pode tirar o meu foco. No meio de lutas podemos pensar em parar, em desistir. Quantas vezes em um mês mais apertado pensamos em não contribuir com Missões! Quantas vezes a minha vontade se torna maior que os valores que eu tenho e dos compromissos que eu assumi! O cansaço quase fez Ronaldo não subir aquela montanha. As minhas lutas não vão me fazer parar de investir.

3) Temos de enviar missionários por todo o mundo, para que histórias como esta continuem acontecendo. Para mim e para você esta pode ser apenas mais uma história incrível a respeito do que Deus tem feito em todo o mundo, mas para as pessoas que foram alcançadas, representou uma mudança completa em suas vidas. Sustentar e sustentar BEM um missionário deve ser o desejo e desafio de cada igreja evangélica no mundo. Todo missionário precisa de oração, de acompanhamento, de amizade e de DINHEIRO. O treinamento e o sustento permitem ao missionário se dedicar de forma completa à obra. Se ele não precisa se preocupar com seu sustento, ele terá mais tempo, mais tranquilidade e mais segurança para realizar o seu trabalho. Que privilégio é para a igreja poder ouvir estas histórias e poder dizer que fez parte dela! Um missionário no campo representa a sua igreja, o seu povo. Que não vivamos uma vida missionária de conferência em conferência, mas que vivamos uma vida missionária dia a dia.

4) Os missionários são humanos e não super-heróis. Eu admiro muito o Rev. Ronaldo Lidório. O seu testemunho, a força do seu caráter e a forma como Deus o usa se tornaram referência para mim e para muitos que o conhecem. A história acima eu ouvi no Congresso de Pastores (CPL) e eu passei a admirá-lo ainda mais pela sua capacidade de reconhecer suas limitações e de dar o crédito ao seu amigo.

Que Deus continue usando nossas vidas, nossos recursos e nossas orações, para que o Evangelho chegue onde Jesus ainda não foi anunciado. Que o Eterno use a Oitava Igreja para inspirar outras igrejas. Que sejamos mais generosos e invistamos mais em missões.

Pr. Eduardo Borges  |  preduardo@oitavaigreja.com.br