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Estudos e artigos

Quem é Jesus?

Há diversas maneiras de se conhecer uma pessoa. Há várias formas possíveis de se responder a uma pergunta aparentemente simples: “Quem é fulano?” Seja tendo ouvido falar da pessoa de modo superficial, seja tendo com ela um relacionamento estreito, você já está capacitado a responder à pergunta. Entretanto, dependendo desse nível de relacionamento, sua resposta pode ser precisa ou completamente enganada.

“Quem as pessoas dizem que eu sou?” – essa foi a pergunta que Jesus fez aos seus discípulos depois de caminhar com eles ministrando ao povo com milagres, ensinos e embates com os religiosos da época. E essa pergunta continua ecoando, geração após geração.

Os discípulos apresentaram algumas respostas, mostrando que as pessoas tinham consciência de que Jesus era uma pessoa extraordinária, mas, mesmo assim, estavam distantes de uma resposta precisa. Da mesma forma, se não conhecemos quem Jesus era na realidade, acabamos caindo nessa armadilha. E eis algumas das respostas incompletas a essa pergunta:

1. Jesus era um mestre da verdade: os evangelhos dizem que a forma como Jesus ensinava ultrapassava completamente a experiência que os judeus tinham com os escribas, pois Jesus “ensinava como quem tem autoridade” (Mc 1:22). Seu ensino sobre o relacionamento com o próximo é, até hoje, algo incomparável, tendo no Sermão do Monte uma coleção sem paralelo. Entretanto, reduzir Jesus a um grande mestre é empobrecer demasiadamente sua caminhada entre nós.

2. Jesus é um operador de milagres: do início ao fim, o ministério de Jesus foi marcado por milagres. Ele abriu olhos de cegos, ouvidos de surdos, fez paralíticos andar, limpou a pele de leprosos e ainda deu vida a pessoas mortas, como Lázaro e a filha de Jairo. Não havia demônio que não saísse de alguém diante de seu comando, e até alimentos multiplicou para alimentar seus ouvintes. Por causa dessas obras, multidões o seguiam (Mt 4:25), entretanto, ele claramente minimizava a importância disso em sua missão.

3. Jesus é um revolucionário: Israel era um país oprimido. Os romanos os oprimiam como nação. Os herodianos os oprimiam como povo. Os religiosos os oprimiam como rebanho. Quando Jesus começou a falar de um novo reino, muitos viram nele o tão esperado libertador de Israel que viria trazer justiça de uma vez por todas. Todavia, Jesus deixou clara uma coisa: seu reino não era deste mundo. Ele veio para revolucionar, mas não as estruturas sociais apenas, mas principalmente as estruturas internas do coração humano.

4. “Tu és o Cristo (Messias), o Filho do Deus vivo”: as respostas que Jesus recebeu sobre si mesmo eram falhas, por isso ele pergunta a seus discípulos: “E vocês? Quem acham que eu sou?” Pedro, iluminado por Deus, faz uma declaração que extrapola todas as outras. Jesus era muito mais que um mestre, um operador de milagres ou um revolucionário. Jesus era o próprio Filho de Deus, o Messias esperado, aquele que vinha com autoridade sobre tudo e todos para reger para sempre.

Uma correta compreensão de quem Jesus Cristo não vem através de uma observação a meia distância, curiosa, mas de um relacionamento próximo o suficiente para nos levar à presença de Deus, que, através do Espírito, abre nossos olhos para a grandiosidade de sua pessoa e poder. Jesus é a imagem do Deus invisível, que dá sentido à nossa própria vida, a ponto de, diante da opção de seguir qualquer outro caminho, declararmos como o próprio Pedro: “Para onde iremos? Tu tens as palavras da vida eterna.” (João 6:68).

Mas, após dois mil anos, essa mesma pergunta continua ecoando em nossos corações: “E pra você? Quem é Jesus?” Como você a responde?

Pr. Luís Fernando Nacif Rocha | prluis@oitavaigreja.com.br