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Os refugiados atuais e o êxodo do Egito

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Não é novidade o fato de pessoas deixarem seu território em busca de um lugar mais tranquilo e com melhores oportunidades para viver. Isso pode ser considerado até mesmo um instinto do ser humano, que precisa de um local estável para se manter.

Uma das histórias mais marcantes da Bíblia é justamente sobre um povo que é liberto de uma terra onde era escravizado e vivia infeliz, e a sua jornada até a terra prometida: o êxodo do povo de Deus do Egito, liderado por Moisés.

Mas, ainda que mares não se abram e manás não caiam literalmente do céu, esse processo de mudança, hoje muitas vezes forçada, acontece todos os dias.

Nessa segunda-feira, 20/06, foi celebrado o Dia Mundial do Refugiado. A data relembra a “força, coragem e a perseverança dessas pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e seus países por causa de guerras, perseguições e violações de direitos humanos”, segundo a ACNUR, a agência da ONU para refugiados.  

De acordo com a agência, o Brasil contabiliza quase nove mil estrangeiros registrados como refugiados, oriundos de 79 nacionalidades diferentes. Só em 2015, o país tinha 25 mil solicitações de refúgio ainda em julgamento. A maioria desses requerimentos é de pessoas da África, Ásia (incluindo o Oriente Médio) e do Caribe.

No mundo todo, o número total de pessoas deslocadas de seu lugar de origem por causa de conflitos passou de 65 milhões no final do ano passado. Esse número cresceu 10% se comparado ao registrado em 2014.

Não é simplesmente pegar as malas e fugir para um lugar melhor. Essas pessoas desejam viver, e viver com um mínimo de dignidade, por isso decidem sair. Passam por diversas dificuldades e podem ou não serem aceitas por países e pessoas..

Por isso, não podemos esquecer das tristezas vividas por essas pessoas, e toda a história construída que é deixada para trás. Não podemos ignorar os casos de afogamentos no Mar Mediterrâneo, e da dificuldade em se restabelecer nos novos lares.

Quando Moisés conseguiu, pela ação poderosa de Deus, resgatar os israelitas do Egito, a caminhada de 40 anos no deserto não foi nada fácil. Muitas pessoas morreram, muitas não perseveraram até Canaã, inúmeras murmuraram contra Deus.

Mas o seu povo entrou na terra prometida, ele foi sustentado em todas as situações, com uma coluna de fogo os guiando durante a noite e outra de fumaça durante o dia. Deus usou de Sua misericórdia para protegê-los, como desejamos que aconteça com os refugiados.

São situações que não se resolvem do dia para a noite, mas cabe a nós, também, colaborar. Nossa ajuda é válida em orações, em contribuições e, para você que conhece algum refugiado, em apoio, em ajuda contínua, em acompanhamento diário, e muita força. Além disso, que não falte esperança de alegria para os refugiados em suas novas terras.

 

Fonte: ACNUR e G1

 

| Ana Carolina Vitorino |