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Estudos e artigos

O generoso Deus nos capacita com o fruto do Espírito

No momento em que alguém crê no Evangelho e recebe Jesus como Senhor, acontece o que chamamos de conversão, que resulta na salvação. A conversão é a operação sobrenatural do Espírito Santo, o qual passa a habitar no crente, fazendo dele uma nova criatura.
Deus colocou o seu Espírito em nós não apenas como garantia de sua propriedade, mas também para nos moldar e nos conduzir rumo à santidade e perfeição. É certo que a “carne” milita contra o Espírito e não há acordo entre os dois, pois a “carne” tende para o pecado e o Espírito para a santidade (Gl. 5:16,17). Portanto, falar sobre o fruto do Espírito é falar de um milagre que acontece em nós, pois frutificaremos estando ainda na condição de pecadores.
A verdadeira luta espiritual de uma pessoa começa a partir de sua conversão a Cristo, pois o que antes estava totalmente entregue ao pecado e à morte, é agora habitação do Espírito Santo, o qual gera forças para lutar contra o pecado. A verdade é que a partir da conversão, a natureza pecaminosa não nos é retirada, porém uma nova semente é gerada em nós dando-nos forças para lutar contra todas as obras e vontades da “carne”. Paulo disse que dentro dele havia duas forças que guerreavam entre si, pois, ele que antes estava totalmente entregue à lei do pecado, tinha agora dentro de si outra lei, a do Espírito (Rm. 7.23). Note que é um grande desafio ser crente, pois enquanto o mundo todo está entregue inteiramente à lei do pecado, temos dentro de nós, duas leis contrárias, a do pecado e a do Espírito. Isto sim é guerra!
A vontade de Deus é que na medida em que vivemos o Evangelho e andamos com Jesus, sejamos gradualmente aperfeiçoados, vencendo os desejos da “carne” e aumentando o governo do Espírito. Ninguém pode produzir o fruto do Espírito, pois conforme o próprio nome diz, o fruto é do Espírito, gerado por Ele, e não por nós mesmos. Temos, porém, que manifestá-lo.
Na carta aos Gálatas(5.22-24), Paulo diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências”. Paulo citou nove principais manifestações do fruto do Espírito. Ele selecionou as características essenciais antes corrompidas pelo pecado, mas que começam a ser restaurada, após a regeneração, pelo Espírito Santo. É interessante ver que ele não diz “frutos” e sim “fruto” do Espírito. Não é correto pensar que cada uma dessas virtudes seja um fruto individualmente, pois, a palavra fruto, está no singular, mostrando que a obra do Espírito em nós é uma só. O fruto gerado pelo Espírito em nós é a transformação profunda que atinge todas as esferas da nossa vida e não apenas uma ou outra. Cristo não gera em nós apenas o fruto do amor para depois gerar o fruto da alegria e depois a bondade e cada um em um tempo diferente. Ele gera em nós “o fruto” que é o resultado de Sua obra em nosso coração, o qual influencia e muda todas as esferas do nosso ser.
Evidentemente, o crente só pode gerar frutos do Espírito se o próprio Espírito nele habitar. O Senhor Jesus disse que pelos frutos conheceremos a árvore. Na verdade, não pode o ramo da videira produzir fruto se não estiver na videira. Jesus disse: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.4). Diante disto, todo crente precisa crescer no conhecimento da Palavra de Deus, orar e buscar incessantemente a face do Senhor para que a vontade da carne (pecado) enfraqueça e o fruto do Espírito prevaleça, manifestando-se diante de todos.

Pr. Eloísio Coelho | preloisio@oitavaigreja.com.br