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Novembro Azul – O mês da saúde do homem

Presbítero e evangelista na Oitava, com uma personalidade bastante dinâmica, Carlos Joel Pereira da Silva já é um homem conhecido e querido na igreja, mas poucos sabem da sua história de cuidado com a saúde. No mês que relembra o câncer de próstata, conheça a história de alguém que descobriu e enfrentou a doença com coragem e fé.

Quando o senhor descobriu a doença?

No final de 2002, em um desses exames de rotina para a empresa, a minha esposa, Anita, lembrou que seria bom fazer o exame de próstata completo, pois eu já estava na idade dos 50 anos. Quando fiz os exames, o médico suspeitou de algo e disse que seria conveniente fazer todos os exames. A gente achava que o exame para verificar a próstata era só um, mas tinha outros. Passei por esses exames e, nas primeiras ocasiões, nada foi constatado. Porém, quando fiz uma espécie de ultrassom, o médico notou alguma coisa diferente e pediu a biópsia. Neste exame foi constatada uma manchinha, um nódulo, que, após a análise, foi diagnosticado como câncer.

Como o senhor se sentiu?

Ele falou que eu não precisava assustar, me chamou junto com minha esposa e explicou tudo direitinho, mas foi uma coisa assustadora porque eu não sentia absolutamente nada, nunca tinha me sentido mal, estava tudo normal. Na hora nós ficamos muito assustados pelo diagnóstico que ele deu, mas ele disse que não havia perigo e já indicou o que eu poderia fazer: tirar a próstata, fazer o exame local ou o tratamento com remédios.

E o que foi feito?

Pedi que indicasse o melhor método e ele disse que o mais importante seria tirar toda a próstata, assim seria excluída qualquer hipótese de novo risco. E assim foi feito, passei pela cirurgia. Um tempo depois, eu passei novamente pelo exame do PSA. O médico percebeu que havia alteração e solicitou que eu procurasse um médico especialista. Aí o susto foi maior, porque no primeiro, achei que com a retirada havia acabado, mas não. Então eu procurei o médico e foi aí que veio o choque, porque ele disse que eu precisaria fazer algumas sessões de radioterapia. Eu fiz quase 60 sessões e nesse tratamento eu consegui regular o PSA.

Como o senhor está hoje?

O câncer de próstata foi curado. Hoje não uso nenhum medicamento relacionado a isso, mas passo por exames regularmente. Porém, ao retirar a próstata, a uretra ficou ligada diretamente com a bexiga, e com isso o meu organismo criou uma fibrose que fecha esse canal. Por isso, é comum ela se fechar e eu precisar procurar um médico para, num procedimento cirúrgico, fazer a dilatação. Mas isso não tem a ver com o câncer, mas sim uma resposta do meu organismo à cirurgia.

Como ficou o relacionamento do senhor com Deus?

Eu agradeço muito a Deus pela maneira que Ele providenciou tudo. Deus ajudou que deu certo, vencemos. Eu sempre busquei a Deus, ter fé. Hora nenhuma eu achei que esse câncer iria tirar minha vida. Estava confiando que era uma coisa de Deus.

A sua fé fez diferença no tratamento?

Uma das características que o meu médico diz até hoje é que ele nunca conheceu um paciente com tanto otimismo e garra, que isso é por minha fé. Sempre quando eu chego no consultório dele, não sei se pelo meu jeito brincalhão, mas ele pede que os outros pacientes conversem comigo. Os homens chegam lá cabisbaixos, meio enfraquecidos, não falam e têm muita vergonha, e com o caso meu não, tratamos com naturalidade.

O senhor falou de Jesus enquanto passava pelo tratamento?

Todas as pessoas do consultório médico, que já tem mais de 10 anos de convivência, têm a certeza do Deus que eu sirvo exatamente por isso. Eles falam que eu tenho muita fé, perguntam como eu consigo.

E qual a importância do novembro azul?

Pelo que eu passei, pelos locais que eu passei, é importante, independente da campanha. Todo homem deve fazer o seu exame sem vacilar, sem temer, sem ter vergonha, sabedor de que Deus é o nosso refúgio e fortaleza, Ele é o socorro bem presente nas tribulações. Todo homem deve procurar um médico e passar por todas as etapas, porque, muitas vezes, nós paramos no primeiro exame, mas é preciso fazer o de toque, o ultrassom e a biópsia, mesmo que seja dolorido.

Tipos de exames:

– Exame de sangue (PSA – Antígeno Prostático Específico)

– Exame de toque

– Ultrassom

– Exame de urina

– Biópsia

Homem, aproveite o Novembro Azul e marque já sua consulta com um urologista.