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Nos Últimos Dias

Para os cientistas, o Mundo tem seus dias contados. O Sol, como toda estrela, chegará um dia ao fim de sua vida útil e, num processo de “morte”, engolirá a Terra, aniquilando tudo e todos. Para os espiritualistas, a existência humana se transmigra para outro plano após a morte, algumas correntes acreditando ainda num retorno à Terra em outra vida. Mas nada disso se aproxima daquilo que foi revelado em Jesus Cristo, que venceu a morte e, ao ressuscitar, proclamou a inauguração de uma nova era, a Nova Criação, redimida nEle, através da graça, pela fé.

Apesar de a expressão “últimos dias” parecer apontar para os dias que antecedem a volta de Jesus, não é exatamente essa a ideia que encontramos no Novo Testamento. Vejamos:

– A profecia de Joel do derramamento do Espírito Santo, cumprida no Dia de Pentecoste, ocorreria, segundo ele, “nos últimos dias” (Atos 2:17);

– O autor de Hebreus fala das diversas formas que Deus usou para falar a seu povo e às nações, mas que “nos últimos dias nos falou pelo Filho” (Hebreus 1:2);

– Esse mesmo Jesus, o Filho de Deus, existia desde a fundação do mundo, mas foi “manifestado no fim dos tempos”, por a amor a nós (1 Pedro 1:20);

– Até mesmo a presença do anticristo, apesar de ser um evento visto no cumprimento final das profecias escatológicas, também está ligado ao tempo de agora, pois, segundo João, muitos anticristos já se apresentam nesta que “já é a última hora” (1 João 2:18).

Assim, quando Paulo abre os olhos de seu discípulo Timóteo para os tempos difíceis dos últimos dias (2 Timóteo 3:1), onde apareceriam “homens egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes”, e daí por diante, ele não falava de um tempo futuro, mas daquilo que já estava acontecendo.

Da mesma forma, quando Pedro diz que“nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões” (2 Pedro 3:3), ele estava falando do que já estava vendo, e não apenas de algo futuro, dos dias ou meses que antecederiam a vinda de Cristo.

Na verdade, estas duas passagens de Paulo e Pedro tem um objetivo bem especifico: alertar a Igreja de Cristo quanto à necessidade de vigilância, pois o retorno de Jesus não é um evento aguardado para um futuro distante, mas algo que pode acontecer a qualquer hora, em qualquer dia, pois vem de forma inesperada, “como ladrão”.

Por isso, a recomendação dos dois apóstolos aos seus leitores é mais que viva para nós, hoje:

“Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança,… permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendestee que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 3:10,14-15)

“Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, … e prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza;antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pedro 3:14-15,17-18)

Andemos, então, em vigilância, pois Pedro é bem claro ao dizer que “não retarda o Senhor em sua promessa” (3:9). Assim, “guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hb 10:23).

 

Pr. Luís Fernando Nacif Rocha   |   prluis@oitavaigreja.com.br