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ANTES DE COMEÇAR A NAMORAR

12
jun
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Querer namorar é natural na vida dos solteiros. Durante os séculos recentes, a prática do namoro para conhecer e escolher um parceiro para o casamento se tornou comum na nossa sociedade. Podemos nos admirar ao notar que a Bíblia fala muito pouco a respeito do namoro, mas precisamos lembrar que o namoro não era a maneira comum de caminhar para o casamento na época bíblica. Os pais frequentemente arranjavam os casamentos dos filhos, como ainda é o costume em muitas culturas. O amor romântico e as emoções da paixão não eram destacados como são hoje.

Algumas pessoas citam a falta de orientação específica nas Escrituras para justificar a aceitação dos padrões do mundo em relação ao namoro. Até jovens que se dizem cristãos, às vezes, começam a namorar sem pensar nos princípios bíblicos que devem governar o seu comportamento. Despreparados, facilmente caem nas ciladas que o Diabo armou. Alguns cometem imoralidade, enquanto outros namoram de olhos fechados e escolhem mal os seus parceiros. Em ambos os casos, as consequências podem ser desastrosas.

Embora a Bíblia não apresente uma lista de regras para o namoro, encontramos em suas páginas muitos princípios que podemos e devemos seguir para ter namoros puros que caminhem para casamentos bons e felizes.

Um cristão que namora para conhecer alguém com casamento em mente deve fazer várias perguntas:

Primeiro, essa pessoa é cristã (Jo 3.3–8)? A Bíblia nos diz para não entrar em parcerias com aqueles que não são irmãos (2 Co 6.14-15). Um cônjuge ao longo da vida é o parceiro final.

Além disso, essa pessoa deseja crescer em seu relacionamento com Jesus, tornando-se mais semelhante a Ele (Fp 2.1–11; Rm 12.1–2; João 15.1-17)? Essa pessoa coloca seu relacionamento com Deus como uma prioridade sobre todos os outros, até mesmo você (Mt 10.37)? Ela está removendo ídolos de sua vida (Gl 5.20; Cl 3.5)?

A pessoa que você quer namorar tem o compromisso de se abster de sexo até o casamento (1 Co 6.9, 18; 2 Tm 2.22)? Embora muitos na sociedade se envolvam no chamado sexo casual, não há lugar para ele no namoro bíblico. Os cristãos são chamados à pureza sexual em ações e pensamentos. Em um casamento comprometido entre marido e mulher, o sexo é um presente bonito e significativo. Guarde este presente para o casamento.

Essa pessoa ajuda ou atrapalha sua caminhada com Cristo? Você está se certificando de não idolatrar essa pessoa ou seu relacionamento, ou mesmo o objetivo do casamento? Você é capaz de permanecer sexualmente puro com essa pessoa? Você se sente confortável para ser você mesmo com essa pessoa? Você está sendo honesto no relacionamento? Você está se sentindo desafiado a crescer nesse relacionamento?

Namoro é uma época em que as pessoas se conhecem em um nível mais profundo. Descobrimos coisas sobre a personalidade uns dos outros, gostos e desgostos, esperanças e sonhos, passando tempo juntos. Um bom parceiro de casamento exibirá traços de caráter de Deus, como generosidade, perdão, graça, misericórdia, amor, abnegação, paciência e retidão. Eles também nos ajudarão a exibir essas características.

Considere seus motivos para namorar e compare-os com o que Deus deseja para relacionamentos e casamento. Busque Sua sabedoria (Tg 1.5) e prossiga com pureza e alegria. Se um relacionamento de namoro se transforma em casamento ou não, é uma oportunidade de conhecer outra pessoa, crescer em seu relacionamento com Cristo e exibir o amor de Deus.

SUGESTÕES PRÁTICAS

Quer um namoro que seja bom para você e para seu/sua namorado(a)? Quer estabelecer a base para um bom casamento que durará a vida toda? Quer, acima de tudo, agradar a Deus no seu namoro e na sua vida? Procure aplicar na prática os seguintes princípios:

  • Limitem e controlem o contato físico, evitando criar ou alimentar desejos sensuais;
  • Respeitem um ao outro como irmãos, criados pelo mesmo Pai celeste;
  • Não se isolem durante o namoro, sejam abertos para servir a outros;
  • Deem prioridade para as coisas espirituais. Participem juntos de estudos e períodos de louvor. Estudem a Bíblia juntos. Envolvam-se nas atividades da igreja;
  • Procurem oportunidades para servir nos vários ministérios internos e atividades externas;
  • Cultivem uma relação espiritual e saudável que incentive o crescimento dos dois;
  • Orem juntos, pedindo que Deus abençoe seu namoro, e mais ainda seu futuro casamento;
  • Cuidem de suas emoções. Se necessário, busquem um conselheiro ou um psicanalista e resolvam suas neuroses, pois, mais cedo ou mais tarde, a essência de ambos se revelará.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

TREVO DE INHAÚMA – O LUGAR ONDE DEUS DISSE NÃO

22
fev
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“Pois os meus pensamentos são muito diferentes dos seus; a minha maneira de agir é muito diferente da sua”, declara o Senhor.

BR-040, sentido Brasília/DF para Belo Horizonte/MG, aproximadamente 5km antes de Sete Lagoas, está o trevo para Inhaúma, passei por ali a minha vida inteira vindo do Norte de Minas para BH.

Nunca tinha reparado aquele cruzamento antes da duplicação desse trecho da BR. Lembro-me que anos atrás, vi um carro parado aguardando para atravessar a 040 antes da duplicação, e sempre passei para lá e para cá, sem nem reparar aquele local.

Passei nele pela última vez há uns 15 dias, e me vieram lembranças. Dolorosas lembranças! Ali foi o local onde fiz a oração mais honesta de toda minha vida, ou a mais desesperada, ou a mais sincera, ou a mais egoísta, ou a mais culpada, nem eu sei! Só Jesus deve saber qual foi o tipo de oração ali realizada, Ele conhece meu coração melhor que eu mesmo.

O som de sirene de ambulância até hoje mexe comigo, me deixa inquieto, preocupado. Se estou dirigindo, dou um jeito de parar o carro e abrir caminho, se não estou, peço, peço não, xingo para saírem da frente.

Naquele início de noite, além do som da sirene, ouvia “vamos encontrar no trevo de Inhaúma”, “trevo de Inhaúma”, “trevo de Inhaúma, copiou?”. “Copiei”. Copiei também, sei onde é, mas já é quase Sete Lagoas!

De longe já vi a outra ambulância parada, um médico, enfermeira e motorista aguardando. “Não vamos mudar não, deixa ele aí”. “Vamos entubar”, “adrenalina”, “mede”, “vai, vai, vai”, “pega na minha bolsa azul na outra ambulância”.

E eu andava em círculos, olhava para o céu e pedia perdão a Deus, clamava em voz alta: “Deus, não deixa meu filho morrer, não deixa o meu filho morrer!”. Alguém se aproxima, pergunta o que é, e o socorrista manda a pessoa ir andando.

Todo procedimento não deve ter durado mais que alguns minutos, mas na minha memória parece que foram horas! “Deus, não deixa o meu filho morrer!”, “Levanta, Gabriel!”. Quanto mais eu orava, mais a minha fé aumentava. E eu pedia “Deus, não deixa o meu filho morrer, levanta, Gabriel. Você é forte, filho!”.

Um dos socorristas vem em minha direção e diz: “Seu filho está com sinais vitais, o doutor está fazendo o possível para salvá-lo, mas o caso dele é grave”. Nessa hora você nem foca no “mas”, foquei nos sinais vitais. Liguei: “Amor, ele está bem, está reagindo, vamos para Sete Lagoas agora”.

Então o motorista pergunta para enfermeira: “Como nós vamos?”. “Vamos no padrão”. E ele disse: “ok”. No dia não entendi nada, mas hoje eu entendo que o “vamos no padrão” era igual a vamos devagar, sem loucura, porque não dá para fazer mais nada pela criança.

Pouco tempo depois vejo os socorristas saindo da sala de atendimento e vem uma pediatra chorando em minha direção. Pensei comigo: “Não precisa falar nada, doutora, você está chorando porque meu filho morreu”.

Não peguei e nem li o laudo do IML, mas ele não fará diferença nenhuma, porque sei que as coisas se resolveram no trevo de Inhaúma, quando Deus disse não.

Por quê? Para quê? Como? Não há resposta, seres humanos não têm estrutura para essas respostas. Apenas entendemos que somos jardineiros cuidando de um jardim, e que o Dono do jardim pode recolher uma flor a qualquer momento.

“Pois os meus pensamentos são muito diferentes dos seus; a minha maneira de agir é muito diferente da sua”, declara o Senhor. (Isaías 55.8)

Não parei de orar depois de todos esses acontecimentos, muito pelo contrário, sem oração como eu converso com Deus? Minha fé aumentou, a certeza de que Ele controla todas as coisas na minha vida aumentou, a dependência Dele para viver aumentou. A vontade de ler a Bíblia todos os dias aumentou.

Às vezes é difícil orar? É, às vezes é difícil orar, algumas vezes é difícil louvar, mas, louvo. Ele conhece meu coração e é melhor eu louvar chorando, eu louvar bravo, do que não louvar.

Não percamos tempo com o que não podemos resolver, porque a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.

Quando bate aquela vontade de gritar, de correr pela rua, de rasgar as roupas, resta o quê? Orar, orar e orar, pedir o consolo de Deus. E ele vem, vem em ondas, que vão inundando o coração, acalma a alma.

Somente a oração nos permite continuar passando pelo trevo de Inhaúma, sem perder a esperança de um dia nos encontrarmos novamente.

Por Wallace Ferreira e Silva – Pai do Rafael, Miguel e Gabriel

AVANÇANDO E VENCENDO, APESAR DO PASSADO

08
fev
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“Não, irmãos, não a alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está adiante, prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus.” (Fp 3.13-14)

Com certeza todos nós temos o nosso passado com o qual vivemos no presente. O passado pode ter sido doce ou amargo. O que quer que tenhamos feito, direta e indiretamente, influencia nosso presente. Diz-se também que o nosso presente é determinado pelo nosso passado. Como passamos nossa infância, ambiente em que crescemos, educação que recebemos, experiências que tivemos, antecedentes familiares, personalidade dos membros da família e a ocupação dos nossos pais. Todas essas são as variáveis passadas conectadas com nosso presente. É por isso que nossa vida passada é considerada como a variável direta de nossa vida presente, que tem impacto direto com quem somos hoje.

Lembro-me de uma frase que ouvi do meu pastor em 1995, quando liderava os adolescentes da igreja. Havia um que aprontava acima do tolerável e eu, inexperiente, impaciente e cheio de justiça própria, pedi ao pastor autorização para suspender aquele adolescente das atividades externas. Pelo que ele me respondeu: “Beto, todos nós temos um passado que, se Deus passar um pente fino, não sobra ninguém”. Aprendi que eu tinha um passado que poderia me incriminar, mas Deus, com o seu imenso amor, me amava assim mesmo, logo eu precisava amar aquele adolescente.

Mesmo que eu me esforçasse para negar, mais cedo ou mais tarde teria que admitir – o meu passado afeta o meu presente. Eu sou quem sou por causa da soma de todas as minhas experiências passadas. Ao olhar para o retrovisor da minha vida, vejo incontáveis experiências, algumas boas e outras ruins, e o culminar dessas experiências resultou na pessoa que sou hoje. “Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos ‘sem querer’” (Sigmund Freud). Algumas dessas experiências me fazem uma pessoa melhor, e outras fazem-me um pouco mais difícil ou complicado.

Qualquer que seja o passado, doce ou amargo, já passou. Entretanto, a memória que ficou frequentemente tende a afetar os relacionamentos de hoje. Contudo, não tem que ser assim para sempre. É preciso e possível tratar o passado, tirar lições e viver melhor os relacionamentos no presente. Você precisa aprender a lidar com os traumas, experiências e sofrimentos passados. Desengavete as boas experiências, as boas lições, os bons exemplos, os acertos, a fé, as promessas de Deus e use-os como pavimento para os relacionamentos presentes.

Olhando para o versículo inicial, podemos extrair algumas lições:

  1. Não fique preso no passado. “… Mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado…” v.13. Dê um novo sentido a tudo quanto lhe aconteceu no passado. Esqueça tudo o que lhe afasta de Deus. Perdoe quem lhe magoou, ame quem lhe abandonou, aceite quem lhe rejeitou. Faça uma declaração a quem lhe blasfemou.
  2. Olhe para frente. “… E avançando para as coisas que estão diante de mim…” (Fl 3.13. É para frente que se anda. Deus há de lhe guiar e lhe honrar. Se esforce para enxergar o melhor nas pessoas, nos seus pais, nos seus familiares. Tente se relacionar novamente, tente amar de novo, tente fazer de novo, tente abraçar de novo. Tente acreditar nas pessoas novamente, pois, com a ajuda de Deus, você conseguirá.
  3. Seja persistente. “Prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus” V14. Portanto, estabeleça novos objetivos, apresente-os a Deus e caminhe. Aquilo que o Senhor o faz sonhar, Ele realiza.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

RELACIONAMENTO CONJUGAL E AMIZADES – Como conciliar os dois

04
jan
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Alguns dizem que amigo é um irmão, que além de nos entender, nos apoia e nos orienta. Em Provérbios 18.24, encontramos Salomão definindo a amizade de forma mais profunda. Ele diz que “Quem tem muitos amigos pode ser levado à ruína. No entanto, há amigos mais chegados que um irmão”. De fato há amigos mais próximos, mais confidentes, mais amorosos, mais corajosos, mais desprendidos, mais prestativos e mais verdadeiros que alguns irmãos.

Todos nós temos necessidade de verdadeiros amigos. Precisamos de amigos para nos fazer compreender frente aos questionamentos na Estrada de Emaús. Precisamos de amigos para enfrentar os salteadores à beira do caminho. Precisamos de amigos que nos influenciam a subirmos um pouco mais e sermos melhores.

A amizade pode ter, como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam “melhores amigos”. Os melhores amigos, muitas vezes, se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuge, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes, os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão.

A amizade tem sido considerada pela religião e cultura popular como uma experiência humana de vital importância, inclusive tendo sido santificada por várias religiões. Na Bíblia, cita-se, no livro 1 de Samuel, a amizade entre Davi (que depois tornaria-se rei em Israel) e Jônatas (filho do Rei Saul). Os evangelhos falam a respeito de uma declaração de Jesus: “Nenhum amor pode ser maior que este, o de sacrificar a própria vida por seus amigos”. Salomão escreveu a sabedoria da amizade em seus Provérbios: “Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”.[5]

Mas como conciliar a antiga amizade com a nova vida de casado? Uma vez casado, você não deve esquecer os seus amigos. Também não pode priorizar os amigos em detrimento do seu cônjuge.

Para viver uma nova vida, há a necessidade de adaptar-se também às novas atitudes. Muitos são os desafios que os casais enfrentam logo no início e ao longo da vida matrimonial. Portanto, é necessário que você invista no seu cônjuge, que um dia foi amigo(a), namorado(a) e noivo(a).

É necessário que haja compreensão e liberdade para que cada um, conforme a sua consciência e necessidade, cultive as antigas amizades. Vale salientar, como escrevi acima, desde que tal atitude não fira o seu cônjuge e não traga prejuízo à relação conjugal.

Para que o casamento se torne uma prazerosa aventura é necessário que os parceiros cultivem uma profunda e gostosa amizade. Quando os cônjuges são amigos, a confissão será autêntica, a compreensão imediata e o perdão mensurável. Quando os cônjuges são amigos, os amigos serão apenas amigos, os melhores momentos serão vividos entre os dois, as melhores gargalhadas serão dadas pelos dois, os melhores e maiores prazeres serão vividos pelos dois. Quando os cônjuges são amigos, as antigas amizades não ameaçarão o casamento, o encontro com os amigos não desestabilizará o casamento. Quando os cônjuges são amigos, o parceiro torna-se prioridade.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

RESSIGNIFICAR

05
dez
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Todos nós temos um passado guardado na mente, alojado na memória. Se o passado for de vitórias, lembrá-lo trará esperança ao coração (“Eu quero lembrar aquilo que pode me dar esperança na vida” (Lm 3.21)). Entretanto, se este passado for de dores e sofrimento, resgatá-lo afetará nossas emoções, de uma maneira ou outra, dependendo de como você o valoriza, o avalia ou dá significado a ele.

Uns tem um passado questionável, que não gostariam de desenterrar, nem de falar a respeito. Não é necessariamente, uma vida toda questionável, mas alguns episódios que gostariam de deixar no passado. Mas, o que fazer com essas experiências passadas que continuam nos incomodando e entristecendo? Como lidar com o fantasma do passado, das experiências traumáticas, que sabotam o presente e ameaçam o futuro? É preciso ressignificar, aprender a pensar e sentir de outro modo sobre os fatos da vida. É preciso aprender a ver novos pontos de vista e levar outros fatores em consideração. É preciso encarar de forma simples as situações que antes eram complicadas; perceber de uma nova maneira e dar um novo sentido àquilo que já estava formatado no sistema de valores e crenças.

A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que, com a ajuda de Deus, significaram, que deram um novo sentido a tudo o que tinha acontecido com elas.

Jefté foi um dos juízes em um período caótico da história de Israel, 1380 a 1050 a. C: “Não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25). Vivia em Gileade, sendo membro da tribo de Manassés. A história de Jefté é curiosa, controversa e não conclusiva. Ele nasceu e viveu em um contexto familiar desorganizado. Sua mãe era prostituta, seu pai (Gileade) tinha muitos filhos de outros relacionamentos. Jefté fora odiado pelos seus meios irmãos, desprezado pela madrasta, tratado com indiferença pelo pai, privado da herança familiar, expulso de casa e desacreditado pelos anciãos da cidade.

Assim, Jefté – em todo e qualquer contexto histórico, diante de sua origem e consequências familiares – seria fadado ao insucesso. Alguém lançado à marginalidade, sem pai, mãe, irmãos e lar, tendo que vencer os traumas para se posicionar de forma relevante na sociedade. O que acontece a Jefté, após ser expulso de casa? “Foi habitar na terra de Tobe; e homens levianos se ajuntaram a ele e saíam com ele” (Jz 11.3). Se meteu com más companhias, mas a facilidade de adaptação ao novo lugar demonstra que ele tinha capacidade de liderança.

Então, Jefté era valente, valoroso e líder. Cheio de qualidades, em um contexto de dificuldades. Quantas pessoas não se identificam com Jefté? Ele precisaria não chorar o abandono e a desgraça familiar, mas investir esforços para ser feliz, por meio daquilo que lhe era próprio: liderança, força e valor. A história demonstra um homem motivado e disposto a vencer, tanto que chama a atenção dos anciãos de Israel e, em um momento crítico da nação, é lembrado e solicitado: “Volte para Gileade, venha ser conosco para combater contra os filhos de Amon, seja cabeça entre nós” (Jz 11.08).

A despeito do que passou, se você estiver em Cristo, poderá dar um novo sentido ao seu passado, presente e futuro. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17). Ser “nova criatura” significa estar em Cristo, isto é, dentro da Nova Aliança fundamentada no sacrifício do Filho de Deus. É crer que “aquele que não conheceu pecado o fez pecado por nós” (v. 21). É ter a consciência de que foi aceito por Deus mediante os méritos vicários de Jesus. Essa consciência produz mudança de vida, o “eu” morre. Aqueles que foram beneficiados pela morte e ressurreição de Jesus não podem viver mais para si mesmos (v. 15).

Assim, quando nos tornamos “novas criaturas”, é de se esperar uma mudança de vida.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

PRIMEIROS PASSOS NO CASAMENTO

06
nov
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Os primeiros passos fazem parte de todo início de caminhada. Eles são essenciais para o desenvolvimento e amadurecimento de qualquer pessoa que deseja completar uma jornada. Esse período singular contém algumas peculiaridades: os primeiros passos não podem ser transferidos para pessoas que já os deram anteriormente. O bebê precisa aprender a caminhar com suas próprias pernas. Os pais não podem dar esses passos por ele. Além disso, na tentativa de sair do lugar, o aprendizado é acompanhado de desequilíbrio, tropeços e quedas, não havendo outra maneira de se aprender a andar.

Podemos fazer uma analogia desses primeiros passos de um bebê com de um casal na vida conjugal. É claro que, neste caso, a imaturidade de um bebê não pode ser justificada, pois no casamento ambos são adultos. No entanto, mesmo sendo crescidos, e mesmo que já sejam cristãos maduros, os cônjuges ainda não sabem viver casados. Sendo assim, o que um casal deve fazer para dar corretamente seus primeiros passos no matrimônio? Edificar sua casa sobre a Rocha, que é o Senhor Jesus e a sua Palavra.

Em Mateus 7.24-27, Jesus compara aquele que ouve suas palavras e as pratica como um homem sábio que decidiu edificar sua casa sobre a rocha. Sabemos que tempestades vêm sobre todos os casais e sobre todas as famílias, portanto é necessário que o casamento seja fundamentado na Palavra de Deus. Um casamento edificado sobre Cristo necessariamente estará baseado em alguns pilares. São eles:

COMPROMISSO COM A ORAÇÃO

Casais crentes precisam crer no poder da oração e mais, precisam orar. Maridos devem ser os maiores intercessores pela vida de suas esposas, e esposas devem ser as maiores intercessoras pelas vidas de seus maridos. Pais devem orar pelas vidas de seus filhos, e filhos precisam orar pela vida de seus pais. Casais crentes precisam colocar diante do Senhor, em oração, sua saúde emocional, sua vida sexual, seu trabalho, seus sonhos e suas finanças. A oração é um pilar de sustentação.

COMPROMISSO COM A PALAVRA

Casais crentes devem ler a Bíblia. Cada parte precisa ter sua vida com Deus, mas é de suma importância que ambos desenvolvam, juntos, uma vida devocional saudável. A Palavra de Deus será para o casamento lâmpada para os pés e luz para os caminhos. Será a direção para a tomada de decisões, a coragem para os dias de luta, o consolo para os dias de luto, a sabedoria e a alegria para a caminhada.

COMPROMISSO COM O PERDÃO

Casais crentes precisam ter como maior marca de seu relacionamento o perdão, assim como todo aquele que foi perdoado por Jesus. Da mesma forma que as alianças precisam de polimento para restaurar o brilho, o casamento demanda perdão, por conta dos arranhões e marcas que o atrito do diaa-dia deixa em seus corações.

COMPROMISSO COM A IGREJA DE CRISTO

Casais crentes são comissionados por Deus para a obra missionária, para o serviço na igreja, para o sustento financeiro da congregação e para a formação da cultura.

Pr. Israel Abreu · Pastor Auxiliar

SOLTEIRO E FELIZ

08
ago
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Alguns cristãos solteiros olham para o estágio de solteirice como um período solitário, enquanto procuram alguém para iniciar um relacionamento significativo. Esses pensam que a plenitude de vida será alcançada quando estiverem casados. Entretanto, quando você estiver se sentido completo, mesmo estando solteiro, então você estará pronto para compartilhar com alguém a sua plenitude e tudo o que já conquistou até o momento.

Outros já veem o solteiro como uma pessoa infeliz, frustrada e antissocial. Mas estar solteiro não é doença! O tempo de solteiro pode ser um tempo de oportunidades e realizações, que deve ser vivido.

“Estar” solteiro é diferente de “ser” solteiro. Estar solteiro é uma fase que tem fim. “Ser” solteiro acontece quando Deus dá a uma pessoa uma vocação pessoal e especial para isso. Se você está solteiro, acalma-se, pois a sua hora vai chegar, enquanto isso viva a sua solteirice e seja feliz!

O que é preciso para estar solteiro e feliz? Vejamos o que a Bíblia tem a dizer sobre este assunto.

  • O casamento não é melhor ou pior que a solteirice, apenas diferente. Quantas histórias acabam em “e viveram felizes para sempre”? Mas a verdade não é bem assim. Casar não resolve todos os problemas de uma pessoa, especialmente a solidão. Todo casal enfrenta dificuldades que o solteiro não enfrenta. Casamento e bebês são uma virada de jogo. Coisas simples como dormir, almoçar e assistir seu filme favorito tornam-se limitadas e, às vezes, inatingíveis. Ter uma família é absolutamente incrível. Mas é tão diferente. Seu final feliz está em Jesus, não no casamento. “Naturalmente, se você já estiver casado, não procure se separar. Mas se você é solteiro? Então não procure esposa. Entretanto, se você, homem, decidirse casar agora, está bem, não comete pecado; e se uma moça virgem casar-se agora, está bem, não comete pecado. Contudo, o casamento trará outros problemas dos quais eu gostaria de poupá-los” (1 Coríntios 7.27-28 NBV).
  • Aprecie o tempo de Deus. Há um tempo para ser solteiro e um tempo para casar. Cada fase da vida é importante. Deus tem um propósito para esse tempo de solteiro. “Há um tempo certo para cada coisa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3.1 NBV).
  • Aproveite esta fase. A pessoa solteira tem mais tempo e liberdade para envolver-se em um ministério, viajar, aprender uma nova língua, fazer uma especialização e ter muitas experiências. Quem é casado não tem tanta disponibilidade. “Em tudo quanto vocês fizerem, eu gostaria de vê-los livres de preocupação. Um homem solteiro pode gastar seu tempo ocupado com a obra do Senhor e pensando no modo de agradá-lo” (1 Coríntios 7.32 NBV).
  • Não tenha pressa. Não tente apressar os planos de Deus. Desfrute o presente e confie o seu futuro nas mãos de Deus. Procure sempre fazer a vontade dEle. “…Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser” (Cântico dos Cânticos 8.4 NVI).
  • Permaneça puro. Relacionamento sexual é só no casamento. Sexo sem compromisso causa muito mais sofrimento que prazer. Se controle e evite situações que podem levar ao pecado e ao sofrimento. “Entretanto, se não puderem controlar-se, sigam adiante e casem-se. É melhor casar-se do que arder em desejo” (1 Coríntios 7.9 NBV).

Concentre-se no que Deus fez e está fazendo em sua vida. Viva intensamente a solteirice e entregue-se totalmente Àquele que morreu por você. Todas as suas escolhas nesta fase definirão a sua próxima fase. Portanto, cresça na comunhão com Cristo. Aprenda mais sobre Ele em sua Palavra, desenvolva relacionamento sadio com as pessoas que convivem com você e espere pacientemente pelo Senhor.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

HOMENS QUE INFLUENCIARAM GERAÇÕES

13
jul
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UMA REFLEXÃO NO MÊS QUE CELEBRA “O DIA DO HOMEM” (15/07)

Grandes homens na Bíblia são abundantes em todas as suas páginas. A Bíblia tem histórias de heróis, profetas, pregadores e reis militares que seguiram a Deus e nos deixaram bons exemplos a seguir. Neste artigo descreverei a história de alguns homens que influenciaram gerações.

PAULO – EVANGELISTA E APÓSTOLO

Quem passou por mais dor e sofrimento nesta vida por amor a Cristo do que o apóstolo Paulo? Não consigo pensar em ninguém que tenha sofrido tanto por causa de Jesus do que Paulo. “Ouça” o que ele suportou em 2 Coríntios 11.23-28. Paulo foi espancado, aprisionado, açoitado, apedrejado, naufragado, passou fome, sede, sofreu fadigas, foi exposto ao frio, enfrentou ameaças de salteadores, gentios e de seus próprios irmãos (os judeus). Isso tudo porque Paulo “não se envergonhou do evangelho” (Rm 1.16). Isso faz dele um dos maiores homens da Bíblia.

JOÃO BATISTA

Jesus disse sobre João que entre os homens nascidos de mulheres não havia ninguém maior que ele (Mt 11.11). Este foi “aquele sobre quem está escrito: ’Enviarei o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti’” (Mt 11.10). João não tinha medo de ser politicamente incorreto e, aparentemente, ele não foi enviado para fazer amigos e influenciar pessoas, mas falar a verdade e preparar o caminho para Jesus Cristo. Imagine-o chamando as multidões para virem e serem batizadas por ele (Lc 3.7). “Raça de víboras”. Isso exigiu muita coragem. João até mesmo disse ao rei Herodes que “não é lícito que você possua a esposa de seu irmão” (Mc 6.18b) e acabou perdendo a cabeça por isso, portanto João Batista está entre aqueles que considero um dos maiores homens da Bíblia.

ABRAÃO, O FIEL

Quem foi mais fiel que Abraão? Ele estava disposto a sacrificar seu próprio filho em obediência a Deus. Ele também deixou sua cidade natal em Ur, bem como sua família, seus amigos, sua segurança e tudo o que ele possuía para ir a um lugar que ele nunca tinha visto. Ele estava disposto a fazer isso como um ato de fé e obediência. É por isso que Abraão está no Salão da Fé em Hebreus 11. Nossa fé é tão forte quanto o objeto de nossa fé, que é o nosso Senhor Jesus Cristo.

MOISÉS, O MANSO

Diz-se de Moisés que ele foi o homem mais manso e humilde na face da terra (Nm 12.3), mas isso não significa que ele era fraco. A mansidão não é fraqueza, mas a força sob controle, porque “Pela fé Moisés, recém-nascido, foi escondido durante três meses por seus pais, pois estes viram que ele não era uma criança comum e não temeram o decreto do rei” (Hb 11.23). Imagine que você é o próximo na fila para se sentar no trono do Egito, a nação mais poderosa da face da terra naquela época. Ele desistiu de tudo isso, disposto a “ser maltratado com o povo de Deus do que desfrutar dos prazeres passageiros do pecado”. Ele “suportou tudo porque via aquele que é invisível”. Estamos dispostos a ser maltratados, a abandonar os “prazeres fugazes do pecado”, por uma recompensa futura? Essa é uma pergunta que eu me faço.

JÓ, O JUSTO

Tantas são as pessoas que têm abandonado as fileiras simplesmente porque as coisas não estão indo bem para elas. Deus nunca nos promete felicidade nesta vida e Jó é o exemplo cabal disso. Jó sofreu tanto e mesmo assim conseguiu dizer: “embora ele me mate, ainda assim esperarei nele…” (Jó 13.15). Imagine perder todos os seus filhos, todos os seus bens, tudo o que você tem e depois ainda dizer “o Senhor deu, o Senhor levou, bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21)? O sofrimento nem sempre é atribuído à injustiça, e a lição de vida de Jó nos mostra que até mesmo os justos sofrem. Quem você incluiria nessa lista de grandes homens da Bíblia? Você incluiria o apóstolo Pedro, Barnabé, João, Estêvão ou outra pessoa? Como o autor de Hebreus escreve “o que mais direi?” Não tenho tempo para contar sobre tantos outros homens que influenciaram e que continuam influenciando gerações. Que possamos imitá-los no dia a dia.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

QUER CASAR COMIGO?

12
jun
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Depois que você e a pessoa com quem você está namorando tiverem tido tempo e oportunidade suficientes para chegarem a um conhecimento sólido um do outro, depois de terem convicção do sentimento que nutrem um pelo outro e a certeza da direção de Deus para as suas vidas, você pode começar a considerar seriamente a possibilidade de se casar com essa pessoa. A partir deste momento, ambos, individualmente, devem assumir o compromisso de se casarem. A iniciativa normalmente parte de um, mas o desejo e o compromisso necessitam ser dos dois. Esse desejo precisa ser verbalizado pedindo-a em casamento. Depois que isso ocorrer, você precisa seguir alguns princípios.

I – Torne-se um cristão maduro e busque uma pessoa cristã e madura para se casar. Efésios 5.25 e Provérbios 31.10, falam sobre as qualidades de um marido e esposa cristãos. O homem cristão deve procurar desenvolver as qualidades de um excelente marido cristão que amará sua esposa como Cristo amou a igreja e deve procurar uma mulher cristã que esteja desenvolvendo as qualidades de se tornar uma excelente esposa. Uma mulher cristã deve procurar desenvolver as qualidades de se tornar uma esposa biblicamente excelente e deve procurar um homem cristão que esteja desenvolvendo as qualidades de um excelente marido cristão, que amará sua esposa como Cristo amou a igreja. Isso deve ser feito antes de considerar a possibilidade de se casar com alguém.

II – Certifique-se de que as suas motivações para o casamento são bíblicas. Você se torna pronto para o casamento não apenas desenvolvendo as qualidades de um marido/esposa piedoso, mas certificando-se de que as razões pelas quais você está interessado no casamento são bíblicas. Isso também faz parte de estar maduro o suficiente para se casar. Pessoas maduras têm motivos maduros para fazer coisas, como se casar.

Razões não bíblicas para se casar:

  1. Para escapar da “profunda solidão”, de modo que você esteja disposto a casar-se com “qualquer um”.
  2. Para escapar de uma vida familiar infeliz.
  3. Medo de ficar de solteiro(a) quando todo mundo está se casando.
  4. Medo de ferir a outra pessoa se você terminar.
  5. Gravidez ou sexo antes do casamento. Sexo ou gravidez antes do casamento não exige um vínculo matrimonial.

Razões bíblicas para um homem e uma mulher cristãos se casarem:

  1. Dar, receber e desfrutar de amor autossacrificial no cumprimento das necessidades um do outro em um relacionamento ao longo da vida como marido e esposa (Ef 5.22).
  2. Ser companheiros e compartilhar a vida um com o outro (Gn 2.18-24).
  3. Dar, receber e desfrutar da intimidade romântica e física entre si (Gn 2.24).
  4. Ser parceiros no cumprimento do plano de Deus, um para o outro e juntos (Gn 2.24).
  5. Ser parceiros para suprir as necessidades de uma família estável e piedosa (Gn 1.28; Dt 6.4-7).

III – Desenvolva um relacionamento bíblico saudável que funcionará como a base para o casamento. O momento em que você está pensando no casamento é a ocasião certa para desenvolver esse tipo de relacionamento. Tudo fica mais fácil quando temos um relacionamento de oração e leitura bíblica, quando conhecemos o poder de Deus. Se você não for capaz de desenvolver esse tipo de relacionamento, este é um sinal de que você não deve se casar com essa pessoa ou com alguém até que haja uma mudança em um ou em ambos.

IV – Cresça no cuidado e preocupação com a pessoa que você irá se casar. Concentre-se em ver se você tem um compromisso crescente de cuidar dessa pessoa em contraste ao crescimento do “afeto/atração romântica e sexual” comuns em quem se ama. Seus sentimentos românticos são importantes porque atuam como um catalisador para você se interessar por uma pessoa em particular. No entanto, seus sentimentos românticos não devem conduzir o relacionamento ou ser a única base de seu desejo de se casar com essa pessoa. Quando seus sentimentos românticos por essa pessoa se acalmarem, se vocês não tiverem um forte cuidado e preocupação um pelo outro e um forte compromisso de amar um ao outro como Deus pretende, não haverá mais nada para manter seu casamento.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar

COMO DESENVOLVER UMA RELAÇÃO HARMONIOSA COM OS SOGROS

08
maio
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Não sei o que é conviver com um sogro, pois quando conheci minha esposa seu pai já havia falecido, mas tenho a grata satisfação de conviver há 38 anos com uma sogra. Ela tem sido uma bênção para mim e acredito que para todos os outros genros também. Minha sogra nos ajudou de várias maneiras e, em especial, com os nossos dois filhos. Lembro-me ter tido apenas um enfrentamento com ela.

Há três anos, eu e minha esposa alcançamos o status de sogros. Ainda não sabemos se estamos correspondendo às expectativas da nossa nora, mas temos nos esforçado. Neste lugar, temos aprendido a compreender as suas necessidades e a desempenhar o papel de sogros.

Mas, é claro que nem todo relacionamento com sogros é harmonioso, caso contrário não haveriam tantas piadas a respeito deles.

A relação genros e sogros pode ser harmoniosa se ambos trabalharem nesta direção. Tanto os sogros quanto os genros têm a sua parcela de responsabilidade na construção dessa harmonia. Caberá a ambos compreenderem o seu papel nesta relação. Quando os genros se relacionam harmoniosamente com os seus sogros, todos ganham – o cônjuge, os filhos, os tios, etc.

Para você que vai casar, ou que já casou, aqui estão algumas ideias para construir uma relação harmoniosa com os seus sogros:

  • Evite a conversa negativa. Mostre respeito pelos seus sogros, mesmo quando não estiverem presentes. Evite a tentação de participar de conversas que denigrem os seus sogros. Realce os pontos positivos em seus comportamentos e atitudes e compartilhe-os entre os seus familiares.
  • Mostre gratidão. Quando os seus sogros fizerem algo de bom para você, sua esposa ou seus filhos, faça-os saber que você está grato e contente. Retribua a ação dos seus sogros por meio de um telefonema ou um presente.
  • Mantenha o controle, não importa o que aconteça. Alguns sogros podem ser realmente difíceis. Já ouvi dezenas de histórias de brigas entre noras e sogras. Minha mãe, por exemplo, às vezes, acho que é sem querer, fala algumas coisas que me ofendem, imagina o efeito dessas palavras em minha esposa. Felizmente, ela releva aquilo que pode ofendê-la.
  • Não tolere abuso. Se um sogro ou sogra se envolver em abuso físico ou emocional, reconheça que você tem a obrigação de proteger seu cônjuge e filhos. Se o problema for sério, você precisa estar preparado para cortar o relacionamento em nome da proteção pessoal e familiar.
  • Lide com os conselhos, mas não permita a invasão. Por serem mais experientes, os sogros, em sua maioria, têm uma bagagem que pode lhe auxiliar. Mas quando eles começarem a ditar o que você deve fazer, ou quando começarem a questionar como você se relaciona com o seu cônjuge ou como você cria os seus filhos, converse com o seu cônjuge e levante as trincheiras. Informe para os seus sogros aquilo que lhe ofende e diga-lhes claramente que você não permitirá que eles invadam a sua vida e família.
  • Visite os seus sogros. Mesmo que você não ache interessante, será proveitoso para o seu cônjuge e, em especial para os seus filhos, você visitar os seus sogros e pais.
  • Ajude os seus sogros. A despeito do mal que os seus sogros lhe fizeram, lembre-se que eles lhe propiciaram algo maravilhoso – seu cônjuge. Sem os seus sogros você não teria casado com esta pessoa que está ao seu lado. Portanto, quando os seus sogros necessitarem, ajude-os. Ajude-os naquilo que eles precisarem. Lembre-se que caberá aos filhos cuidar dos seus pais na velhice.

Nunca devemos permitir que os cuidados do mundo ofusquem as coisas mais importantes – servir a Deus por meio do serviço às pessoas, especialmente as das nossas próprias famílias. A Bíblia diz: “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Efésios 6.2-3).

Pr. Roberto Santos

Pastor Auxiliar