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RELACIONAMENTO CONJUGAL E AMIZADES – Como conciliar os dois

04
jan
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Alguns dizem que amigo é um irmão, que além de nos entender, nos apoia e nos orienta. Em Provérbios 18.24, encontramos Salomão definindo a amizade de forma mais profunda. Ele diz que “Quem tem muitos amigos pode ser levado à ruína. No entanto, há amigos mais chegados que um irmão”. De fato há amigos mais próximos, mais confidentes, mais amorosos, mais corajosos, mais desprendidos, mais prestativos e mais verdadeiros que alguns irmãos.

Todos nós temos necessidade de verdadeiros amigos. Precisamos de amigos para nos fazer compreender frente aos questionamentos na Estrada de Emaús. Precisamos de amigos para enfrentar os salteadores à beira do caminho. Precisamos de amigos que nos influenciam a subirmos um pouco mais e sermos melhores.

A amizade pode ter, como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam “melhores amigos”. Os melhores amigos, muitas vezes, se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuge, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes, os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão.

A amizade tem sido considerada pela religião e cultura popular como uma experiência humana de vital importância, inclusive tendo sido santificada por várias religiões. Na Bíblia, cita-se, no livro 1 de Samuel, a amizade entre Davi (que depois tornaria-se rei em Israel) e Jônatas (filho do Rei Saul). Os evangelhos falam a respeito de uma declaração de Jesus: “Nenhum amor pode ser maior que este, o de sacrificar a própria vida por seus amigos”. Salomão escreveu a sabedoria da amizade em seus Provérbios: “Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”.[5]

Mas como conciliar a antiga amizade com a nova vida de casado? Uma vez casado, você não deve esquecer os seus amigos. Também não pode priorizar os amigos em detrimento do seu cônjuge.

Para viver uma nova vida, há a necessidade de adaptar-se também às novas atitudes. Muitos são os desafios que os casais enfrentam logo no início e ao longo da vida matrimonial. Portanto, é necessário que você invista no seu cônjuge, que um dia foi amigo(a), namorado(a) e noivo(a).

É necessário que haja compreensão e liberdade para que cada um, conforme a sua consciência e necessidade, cultive as antigas amizades. Vale salientar, como escrevi acima, desde que tal atitude não fira o seu cônjuge e não traga prejuízo à relação conjugal.

Para que o casamento se torne uma prazerosa aventura é necessário que os parceiros cultivem uma profunda e gostosa amizade. Quando os cônjuges são amigos, a confissão será autêntica, a compreensão imediata e o perdão mensurável. Quando os cônjuges são amigos, os amigos serão apenas amigos, os melhores momentos serão vividos entre os dois, as melhores gargalhadas serão dadas pelos dois, os melhores e maiores prazeres serão vividos pelos dois. Quando os cônjuges são amigos, as antigas amizades não ameaçarão o casamento, o encontro com os amigos não desestabilizará o casamento. Quando os cônjuges são amigos, o parceiro torna-se prioridade.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar