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AVANÇANDO E VENCENDO, APESAR DO PASSADO

08
fev
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“Não, irmãos, não a alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está adiante, prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus.” (Fp 3.13-14)

Com certeza todos nós temos o nosso passado com o qual vivemos no presente. O passado pode ter sido doce ou amargo. O que quer que tenhamos feito, direta e indiretamente, influencia nosso presente. Diz-se também que o nosso presente é determinado pelo nosso passado. Como passamos nossa infância, ambiente em que crescemos, educação que recebemos, experiências que tivemos, antecedentes familiares, personalidade dos membros da família e a ocupação dos nossos pais. Todas essas são as variáveis passadas conectadas com nosso presente. É por isso que nossa vida passada é considerada como a variável direta de nossa vida presente, que tem impacto direto com quem somos hoje.

Lembro-me de uma frase que ouvi do meu pastor em 1995, quando liderava os adolescentes da igreja. Havia um que aprontava acima do tolerável e eu, inexperiente, impaciente e cheio de justiça própria, pedi ao pastor autorização para suspender aquele adolescente das atividades externas. Pelo que ele me respondeu: “Beto, todos nós temos um passado que, se Deus passar um pente fino, não sobra ninguém”. Aprendi que eu tinha um passado que poderia me incriminar, mas Deus, com o seu imenso amor, me amava assim mesmo, logo eu precisava amar aquele adolescente.

Mesmo que eu me esforçasse para negar, mais cedo ou mais tarde teria que admitir – o meu passado afeta o meu presente. Eu sou quem sou por causa da soma de todas as minhas experiências passadas. Ao olhar para o retrovisor da minha vida, vejo incontáveis experiências, algumas boas e outras ruins, e o culminar dessas experiências resultou na pessoa que sou hoje. “Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos ‘sem querer’” (Sigmund Freud). Algumas dessas experiências me fazem uma pessoa melhor, e outras fazem-me um pouco mais difícil ou complicado.

Qualquer que seja o passado, doce ou amargo, já passou. Entretanto, a memória que ficou frequentemente tende a afetar os relacionamentos de hoje. Contudo, não tem que ser assim para sempre. É preciso e possível tratar o passado, tirar lições e viver melhor os relacionamentos no presente. Você precisa aprender a lidar com os traumas, experiências e sofrimentos passados. Desengavete as boas experiências, as boas lições, os bons exemplos, os acertos, a fé, as promessas de Deus e use-os como pavimento para os relacionamentos presentes.

Olhando para o versículo inicial, podemos extrair algumas lições:

  1. Não fique preso no passado. “… Mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado…” v.13. Dê um novo sentido a tudo quanto lhe aconteceu no passado. Esqueça tudo o que lhe afasta de Deus. Perdoe quem lhe magoou, ame quem lhe abandonou, aceite quem lhe rejeitou. Faça uma declaração a quem lhe blasfemou.
  2. Olhe para frente. “… E avançando para as coisas que estão diante de mim…” (Fl 3.13. É para frente que se anda. Deus há de lhe guiar e lhe honrar. Se esforce para enxergar o melhor nas pessoas, nos seus pais, nos seus familiares. Tente se relacionar novamente, tente amar de novo, tente fazer de novo, tente abraçar de novo. Tente acreditar nas pessoas novamente, pois, com a ajuda de Deus, você conseguirá.
  3. Seja persistente. “Prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus” V14. Portanto, estabeleça novos objetivos, apresente-os a Deus e caminhe. Aquilo que o Senhor o faz sonhar, Ele realiza.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar