
A festa não acabou
jun
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O evangelista João descreve um episódio de Jesus em um casamento. Jesus gosta de festa. Casamento, naquela época, era algo pra “fechar o quarteirão”. A festa do casamento (as bodas) duravam sete dias – Jz 14.17. Já a lua de mel durava um ano – Dt 24. O casamento judaico era repleto de rituais significativos, dando sentido ao propósito e significado mais profundo do casamento. Esses rituais simbolizam a beleza do relacionamento entre marido e mulher, bem como suas obrigações de um para com outro, com as famílias e com o seu povo. Assim, o casamento judaico torna-se santo através de todo o significado que permeia o ritual do contrato de casamento até a cerimônia final. A festa do casamento era uma parte de suma importância na celebração e poderia ser realizada e patrocinada pela família da noiva e na casa da noiva (Gn 29.22), mas a família do noivo poderia patrociná-la também (Jz 14.10).
Como em todo casamento, as famílias dos noivos convidam quem elas querem – parentes, vizinhos e amigos. Não sabemos o que Jesus representava para aquelas famílias, o fato é que Ele, sua mãe e seus discípulos foram convidados para o casamento.
Na ocasião das bodas em Caná, Jesus não era conhecido publicamente como Messias ainda. As pessoas o conheciam por uma função bem humilde: Jesus de Nazaré, o carpinteiro. Nada de multidões, alvoroço. Apenas almoço aos domingos com a família, orações no templo e na sinagoga, festa de casamento, e só. Jesus era uma pessoa comum. Até aquele dia. Três ou quatro dias antes, Ele havia sido batizado por João Batista. Logo após encontrou Felipe e Natanel, João, Pedro e André. O convite provavelmente chegou a Jesus por intermédio de Maria. Veja que o texto diz que “Maria esta ali, e que Jesus e seus seguidores também foram convidados à festa. Isso nos leva a pensar que o convite foi primeiramente dirigido a Maria.
Durante a festa o vinho acabou…
Acabou a festa. É provável que Maria, Jesus e seus discípulos tivessem chegado no final das bodas de Caná, visto que o bom vinho já havia sido servido. O vinho era um ingrediente indispensável em uma festa judaica. Com o término do vinho, a festa estava comprometida e poderia acabar a qualquer momento. E os convidados? E o mico que os noivos pagariam? Que constrangimento para os pais. Será que eles calcularam mal ou vieram pessoas que não foram convidadas? Sem vinho, certamente aquela festa terminaria. O vinho nos dias do ministério de Jesus representava a alegria. Dessa forma, acabando o vinho, acabaria a alegria. E, nas nossas famílias, por que a festa acaba? Comunicação truncada? Falta de perdão? Intolerância? Pecado? Certamente que é por causa do pecado que se manifesta de várias maneiras, até mesmo disfarçado no discurso orgulhoso de que “eu mereço ser feliz”.
Façam tudo o que Ele disser a vocês.
Jesus estava ali. Jesus fora convidado para aquela família. Maria conhecia ao coração bondoso de Jesus. Ela sabia que apesar de não ser o momento, Ele não ficaria indiferente para com a necessidade daquelas pessoas, daí ela falar aos garçons para ficarem atentos às Suas ordens.
Então Jesus ordena aos garçons da festa que encham as seis talhas de pedras com água. O que eles obedeceram prontamente. Sem titubear, começaram a buscar água e encher aquelas vasilhas. Quando as vasilhas foram cheias até a borda, Jesus ordenou que fosse servido. E para surpresa de todos já não era mais água, mas vinho. O vinho era tão bom que o mestre chamou o noivo e fez o seguinte comentário: “Isso é coisa boa! O senhor é diferente de todos os outros! Geralmente o dono da festa gasta primeiro o vinho melhor, e depois, quando todo mundo está satisfeito e não se importa mais, distribui o vinho barato. Mas o senhor guardou o melhor para o fim”.
Jesus é o único que pode restaurar a alegria de ser e viver. Ele pode restaurar a alegria em sua vida e sua família. Ele pode restaurar a festa em seu casamento. Se atentarmos para aquilo que os noivos e os garçons fizeram, poderemos experimentar o milagre de ter a alegria restaurada. Portanto, convide Jesus para a sua família; identifique o problema em sua família e finalmente, submeta sua vida à Palavra dEle.
Enquanto Jesus estiver em seu coração a festa não terá fim, ao contrário, ela continuará na eternidade.
Pr. Roberto T. Santos | prroberto@oitavaigreja.com.br