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Vida ou morte: Qual dessas palavras você usa para correção do seus filhos?

10
nov
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A maneira como os pais tratam e educam os filhos no dia-a-dia é determinante para o comportamento deles no futuro com os outros e para consigo mesmo. Tratamento inadequado e com palavras rudes podem refletir no comportamento dessas crianças e atrapalhar o convívio em sociedade. Por outro lado, crianças educadas adequadamente e que escutam sempre palavras de ânimo e incentivo tendem a agir de forma mais confiante e positiva. É o que garante Gary Ezzo, fundador do Growing Family International (GFI), especialista em Família e mestre em Ciências Sociais e o pastor nos EUA, durante palestra na última segunda-feira (20/10), na Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte. Cerca de 300 pessoas participaram do evento.

Para ele, existe uma relação direta entre a prática educativa, o caráter de Deus e o comportamento dos filhos. Para exemplificar esse caráter de Deus ele nomeou as palavras de vida como palavras virtuosas e, palavras de morte, como viciosas. Ou seja, crianças que vivem em um ambiente em que os pais tratam melhor os filhos, que ministram palavras positivas e de virtude, tendem a ter mais autoestima e mais habilidades sociais. Os pais têm um peso muito maior do que a família possa imaginar. Expressões como: “você foi achado na lata do lixo”, “você é um mentiroso”, “sua peste”, “seu lerdo”, “você é um bagunceiro”, “você é mentiroso”, isso faz com que as crianças cresçam acreditando ser o que sempre ouviram no passado e acabam assumindo essa identidade. Ela tende a ser uma criança, e no futuro, um adulto problemático, que se esconde e assume a característica que os pais deram, começam a se achar que são ignorantes mesmo, já que os pais viviam falando isso quando criança. E nesse sentido, a língua tem o poder tanto de maldição como de benção. Através de um membro pequeno do corpo que pode-se matar ou dar vida ao filhos.

Segundo o pastor Gary, as palavras virtuosas comunicam valor e potencial, promovem beleza, promovem vida, falar virtuosamente são descrições do caráter de Deus, porque toda virtude vem de Deus Ele é aquele que é o doador da vida. Já as palavras viciosas trazem vícios de morte, elas nascem e são geradas em cultura de morte, elas acentuam fracasso, corrupção e derrota.

“Você nunca faz as coisas certas. Essa é a coisa mais idiota que você fez na vida. Eu nunca deveria ter tido você. Expressões de vícios de morte. Quando estamos corrigindo nossos filhos introduzimos morte ou vida? Você aborda o comportamento errado a partir da virtude ou do defeito? Então, ao invés de falar para seus filhos: Isso que você fez agora foi uma tremenda de uma burrice, uma tremenda idiotice, diga que, o que você fez não foi uma coisa sábia. A sabedoria está conectado com a vida porque toda sabedoria procede de Deus. Vício não procede de Deus. Seu julgamento pode estar certo, mas a maneira como se fala que deve ser de sabedoria. O nosso Deus nunca nos pediu que reproduzisse sua divindade, ele nunca pediu que duplicasse os milagres dele, mas ele sempre pedi para duplicarmos o caráter dele,” conclui Gary.

“Ao invés de dizer você tem sido tão ruim com sua irmã, prefira dizer: Querido, seja bondoso com sua irmã. Isso é vida e virtude e aponta para onde ele deve ir. “Não permita que nenhuma palavra corrupta saia da sua boca, só aquelas que transmitem graça e que possam edificar e ministrar vida”, disse pastor Gary

Muita vezes, os pais não conseguem identificar as palavras de morte, por achar que não fazem julgamentos. Mas, se você já falou com sarcasmo, se você caçoou da fraqueza de alguém ou já bajulou seu filho falando que não tem ninguém melhor do que ele, isso é falar morte, palavras rudes são morte.

Viver em sociedade hoje é viver em uma cultura de morte, não é questão de sentido religioso, o mundo está carregado de morte, na tv, na internet, nos jornais em todas as coisas, pois vivemos no mundo terreno. Somos atacados com cultura de morte, podemos ver nação contra nação, vizinho contra vizinhos, pais contra filhos, filhos contra pais.

“Palavras virtuosas são estilo de vida. Talvez, você tenha sido criado dessa forma e precisa de mudança. Nós não podemos mudar o passado, mas podemos mudar o futuro com nossas palavras”, disse pastor Gary.

Um dos exemplos citado pelo palestrante foi o caso da própria sobrinha Receba, que ao nascer, seus pais a  apelidaram de “Receba Encrenca” e, quando ela tinha cerca de três anos, um amigo da família perguntou: Qual seu nome? E ela respondeu: “Receba Encrenca”. A criança adotou essa identidade que os pais lhe deram e acabou se tornando encrenca. “O tempo todo ela escutava morte. Colocamos maldição nos filhos, às vezes, sem saber”, disse Gary.

Outro exemplo apontado por ele, foi o caso de Ana, uma garotinha de cinco anos. A criança subiu de rapel de uma altura de cerca de dez metros. Deus concedeu uma coragem incrível para essa menina. Os pais deram a identidade de Ana a Corajosa e, quando os pais veem que ela está relutante em fazer algo que eles sabem que ela consegue, tudo o que eles precisam dizer é: Ana qual é o seu nome de Deus? Coragem, ela é incentivada com palavra de vida.

Para Gary, esses nomes estão conectados com o caráter de Deus e falam vidas e não morte ao invés de falar esse é o ciumento, o nervoso, fale esse é o determinado, o ajudador, o amoroso.

Para os participantes Rafael e Raquel que a palestra os alertou em como aplicar palavras de virtude, no ensino, na correção, no ensino da bíblia, na educação do lar e, fora de casa ser firme em semear palavra de benção e não maldição. “Sentimos a palavra de Deus saltando como se fosse nos tocar, então aqueles que não vieram perderam, vamos aplicar isso com nosso filho de um ano e cinco meses. Nós queremos que o reino de Deus esteja no nosso lar. Queremos trazer um pedacinho do céu pro nosso lar, pra nossa casa através das palavras de Cristo, através do caráter de Deus”, afirma Raquel.

Como identificar pessoas que ouviram muitas palavras de morte?

“Identificar uma pessoa que só ouviu palavras de morte é só escutar, pois tudo que vem da pessoa é morte, ela acaba reproduzindo pra outra pessoa, as vezes a pessoa internaliza tanto a morte que ouviu que acaba falando pra si mesmo, a morte é comunicada através da fala, através da atitude, e dos olhos, as crianças que conhece vida tem brilho no olhar e as crianças que crescem ministrada pela morte tem olhos caídos e triste, para resgatar quem viveu em um contexto de morte a maneira eficaz é ministrar vida afirma Gary”.

* Gary é Mestre em Ciências Sociais, nos EUA, e autor de 22 livros, entre eles “Preparação Para a Maternidade”, que foi traduzido em 22 idiomas para mais de 30 países. Mais de sete milhões de pais em todo o mundo já fizeram uso de seus ensinos na educação de seus filhos. Atua no Brasil desde 1997, em parceria com a Universidade da Família, no ministério Growing Families International – Organização fundada por Gary Ezzo e sua esposa Anne Marie.

Se você perdeu a palestra da última segunda-feira (20/10) acesse o video no canal https://migre.me/mzGt6