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Melhor idade com Vitalidade

Cuidado, carinho, atenção, apoio e incentivo aos mais velhos. É o que faz o Vitalidade, braço ministerial da Oitava Igreja Presbiteriana, ligado à AWISO, a Associação Beneficente Wilson de Souza. O projeto reúne a terceira idade da igreja e de toda a comunidade idosa da cidade para atividades de melhoria da qualidade de vida.

Os encontros acontecem semanalmente, toda quinta-feira à tarde, no prédio da Oitava. Provando o zelo pela vida das participantes, em todas as reuniões, existe alguém para buscar e levar de volta para casa.

A ideia nasceu logo no início da AWISO, em meados de 1993, pela necessidade de trabalhos voltados para a terceira idade. Naquela época, o Presbítero Carlos Joel Silva, hoje coordenador do Vitalidade, e sua esposa, Anita da Silva, criaram um projeto que reunia os idosos para comemorar datas especiais e para realizar passeios. O intuito era tirar as pessoas dessa faixa etária do comodismo. Hoje, são diversas atividades propostas: passeios em parques e museus, sessões de cinema, ginásticas e muito trabalho manual: pintura, bordado, desenhos. Tudo para movimentar as idosas, promover o convívio social, desenvolver a memória e melhorar a saúde física, emocional e espiritual do grupo.

Além disso, existe o cunho evangelístico, já que algumas não são cristãs. Todo encontro tem um momento de devocional para leitura da Bíblia, orações e louvor, como conta o presbítero: “Eu gosto muito de mexer com a memória delas, então, às vezes, eu começo a ler um texto bíblico e dou uma paradinha, peço para elas intercalarem, tem sido muito bom”, conta.

A percepção e o envolvimento são os melhores. Segundo Carlos Joel Silva, todas as senhoras aprovam a iniciativa, que tem feito diferença na vida das pessoas: “Elas gostam muito, até gostariam que a reunião acontecesse mais vezes por semana, porque várias delas ficam sozinhas em casa, os filhos saem para trabalhar e esse momento aqui para elas é fantástico”, considera.

Inclusive, o Vitalidade é um importante mecanismo para a comunhão entre as irmãs. O Presbítero revela que elas se comunicam até mesmo nas mensagens instantâneas: “Elas se preocupam muito. Acredite se quiser, mas nós formamos o grupo no WhatsApp, elas se comunicam, tem uma senhora que tem dificuldade de digitar, então ela manda áudio, ela nos envia umas mensagens muito boas”.

Uma das participantes mais antigas do projeto e com maior frequência nos encontros, a Dona Celi Miranda de Freitas, de 87 anos, conta que mantém muitas amizades do Vitalidade, e que esse é um dos principais motivos pelos quais ela gosta tanto de participar: “A gente faz amizade, pinta pano de prato, desenha, sai de casa e conversa, não fica só deitada, sem fazer nada”.

Dona Celi também considera o Vitalidade como uma oportunidade, um momento especial de Deus na vida dela: “É um instrumento de Deus, muita bênção ter esse trabalho”. Outra senhora integrante do grupo, a dona Maria Aparecida do Nascimento, de 82 anos, concorda: “Sou viúva, moro sozinha, estava me sentindo muito só e aqui tem esse companheirismo. Eu falo que vir aqui é o meu dia de lazer, me apronto correndo para estar aqui, é uma maravilha, uma bênção mesmo”.

Ela comenta que o projeto é uma bela oportunidade de ajudar outras senhoras que estão passando por algum momento difícil em sua vida: “É muito importante esse momento de comunhão. Eu tive depressão, Deus me curou, e hoje você chega aqui e vê pessoas que estão para baixo, eu me aproximo delas, dou um abraço, converso, é muito importante esse momento, nós todas nos fortalecemos aqui”.

Atualmente, cerca de 35 pessoas integram o Vitalidade e a faixa etária das integrantes do grupo é acima de 60 anos. O perfil, de acordo com Carlos Joel, são senhoras que moram com seus filhos. Apesar da maioria já estar em idade avançada, todas se mostram muito dispostas: “Parece que a turma nossa não tem muita pendência nessa área não, são muito independentes”, confirma o presbítero.

O cuidado é diário. Além dos encontros semanais, a coordenação do Vitalidade está em contato constante com as idosas participantes, ligando para cada uma, fazendo visitas, comemorando os aniversários… demonstrando todo carinho e amor de Deus a elas, que reconhecem e retribuem: “Muitas falam comigo: ‘queria que o senhor viesse aqui em casa’, chega lá é só para tomar um café, mas é um encontro muito bom, às vezes ela passou mal, ficou doente ou caiu. Nós temos algumas aqui com maridos que ficaram velhos e ficam em casa, tem que cuidar, a gente vai lá visitar”, cometa Carlos Joel.

Os planos, agora, são para alcançar ainda mais pessoas por meio do Vitalidade: a ideia é expandir o leque de atividades do projeto para abranger os homens da terceira idade, promovendo ações que também sejam atrativas para eles, que ainda não têm tanta participação; planejar viagens para outras cidades, como Caldas Novas e participar de congressos pelo país.

Se você conhece alguém da terceira idade que ainda não realiza nenhum tipo de atividade como as do Vitalidade, apresente o projeto, incentive a participação e ore pela vida daqueles que já integram o grupo.