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Estudos e artigos

Generosidade: UM EXCELENTE INVESTIMENTO!

“É MAIS FELIZ QUEM DÁ DO QUE QUEM RECEBE.” (ATOS 20.35 NTLH)

Em um primeiro instante, pensar sobre generosidade nos traz bons sentimentos e nos leva a antever o sorriso de quem recebe a ajuda, o prazer do cumprimento de um dever cristão, a paz de espírito por estar agradando a Deus, etc., etc.

Contudo, quando chamados à prática, podemos ser tomados por uma súbita percepção de perda, de diminuição de nossos recursos e redução do nosso conforto. Nosso cérebro faz contas e nos alerta quanto ao preço a pagar e os benefícios que deixaremos de usufruir por abrir mão do que é nosso em favor de outros. Nosso egoísmo se levanta tentando induzir-nos a recolher a mão, ou os “Ananias e Safiras” gritam dentro de nós sugerindo a minimização da contribuição. Seguem-se a dúvida se devemos ou não doar, a insegurança pela falta que a oferta poderá nos fazer, a hesitação…

Experimentar tais sentimentos é perfeitamente normal e humano, mas nos entregarmos a eles é pecaminoso e nos distancia do Deus que confessamos e dizemos servir. Esta é uma luta da carne, alimentada pelas paixões do mundo materialista, contra o Espírito, que almeja as “coisas lá do alto”.

Deus nos convida (e adverte) a não ajuntarmos tesouros aqui na terra, onde tudo se corrompe e nada é garantido. Antes, sua dica de investimento é que ajuntemos tesouros no céu, onde não há qualquer risco de roubo ou perda. Além disso, a valorização é certa e os dividendos renderão por toda a eternidade. Ele mesmo nos dá toda garantia e seu Reino jamais sofrerá falência.

Para isso, precisamos, primeiro, entender que nada é realmente nosso, pois “ao Senhor pertence a terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam”.

Não é apenas o dízimo que pertence a Ele, mas também todo o resto que fica em nossa conta bancária e em nosso bolso. Quando adquirimos algo para nós mesmos, poupamos ou doamos para alguma causa, estamos usando dos talentos que o Senhor nos confiou e prestaremos contas a Ele quando o encontrarmos. Por isso, é melhor pensar bem sobre onde, quando e como gastá-los.

Esta constatação pode nos entristecer ou alegrar, dependendo de como a interpretamos. Podemos sentir um vazio e até certo temor de que Deus nos permita perder tudo, como sucedeu a Jó, ou nos alegrarmos por saber que somos sustentados por aquEle que é dono de todo o universo. Se assim for, sentiremos paz, nosso coração se abrirá ao aflito e necessitado, experimentaremos felicidade por ser usados por Deus para os abençoar e suprir, viveremos livres da escravidão do materialismo e dos sofrimentos causados pela instabilidade da economia e incerteza do futuro. Possuidores deste entendimento, passaremos a considerar o ato de ofertar como uma fonte de alegria, e as oportunidades de doar como ocasiões de reafirmar o senhorio de Cristo sobre tudo o que temos e somos.

De fato, a generosidade confronta nosso egoísmo, combate a injustiça e a desigualdade social, nos torna praticantes da Palavra, glorifica o nome do Pai, proclama as Boas Novas do Evangelho, promove o reino dos céus aqui na terra, nos leva mais perto de Deus. Por meio dela, acumulamos riquezas no céu e, melhor, mudamos o endereço do nosso coração, pois como a Bíblia ensina, onde estiver o nosso tesouro estará também o nosso coração.

Esdras D. Abreu

Presbítero