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Pr. Jeremias

Bullying no casamento e na família

Bullying acontece não apenas nas escolas, locais de trabalho, redes sociais, mas também dentro do lar. Muitas vezes o cônjuge é valentão ou valentona.
O bullying pode ser manifesto através de gritos ou de observações frias e comentários zombadores ou sarcásticos. Os métodos mais comuns são a intimidação e a coerção para conseguir o que se quer, ou manifestar seu desagrado.
Maridos exigem sexo, sem considerar se a esposa está enferma, cansadíssima ou aflita. É o dever da esposa. Falta ternura e doçura e ainda citam a Bíblia, acredite se quiser! Esposas e mães também podem ser provocadoras, manipuladoras e, dependendo do temperamento, valentonas. Há maridos que temem que a mulher o apanhe em alguma falha e o “destrua”.
Aqueles que sofreram e lutaram muito para superar situações difíceis e “venceram”, correm o risco de, na formação do seu lar, se tornarem opressores. Aqueles que cresceram em ambientes de grande intimidação, podem levar isso vida à fora e para seus novos lares. Seguem querendo ganhar no grito e pancada; ou não aprenderam a confrontar e aceitam o bullying para sobreviverem.
Até onde o conflito é normal e/ou começa o bullying no casamento e na família?
É difícil avaliar. Casais têm conflitos. Cônjuges, pais e filhos já perderam a paciência uns com os outros; usaram táticas subversivas, ameaças e manipulações variadas. Entretanto o bullying é um padrão. Há o intimidador e a vítima. Se você anda tenso no seu lar com seu cônjuge, quando ele(a) chega, ou se você acha que ele(a) vai reagir com raiva, só de saber que você fez algo que ele não gostou, talvez seja um sinal de que o bullying ronda o lar ou já se instalou.
O bullying continuará se a situação não for encarada. Se a vítima e/ou o intimidado sempre achar uma desculpa para justificar sua conduta, possivelmente, isso nunca vai sarar. Quando alguém percebe que está se adaptando a esta “dança emocional doentia” no casamento, é preciso trabalhar com urgência, para um casamento mais saudável.
O pior é quando se “usa argumentos espirituais” para justificar tais condutas. A Bíblia não pode ser usada para coagir, depreciar e abusar do outro. Nenhum tipo de bullying no lar representa o amor de Deus.
É uma benção quando conseguimos romper esta síndrome do medo, da insegurança que rodeia a intimidade do lar. Muitas vezes quando há bullying em alguns lares, geralmente a mulher e os filhos, correm perigo de violência física e moral. Não é sinal de amor quando se permite o bullying dentro do corpo de Cristo, e muito menos na intimidade do lar.
É preciso muita coragem para enfrentar esta situação. É preciso confrontar. Cônjuges, pais e filhos precisam abrir um espaço para ouvir uns aos outros com respeito e em espírito de oração, humildade, temor a Cristo e desejo de obedecer Sua Santa Palavra. É preciso pontuar que esta forma de relacionamento é destrutiva. O valentão ou valentona tem que parar de dizer “que sou assim desde pequeno”. E a vítima tem que abrir suas dores. As vezes um pastor, um conselheiro(a) terá que intermediar este diálogo. Com orações.

Pr. Jeremias Pereira | prjeremias@oitavaigreja.com.br