Menu

Estudos e artigos

A igreja que está em sua casa

Seja Célula, Grupo Pequeno, Grupo de Comunhão ou Grupo de Crescimento, não importa que palavras sejam utilizadas para os identificar, trata-se do Corpo de Cristo vivo reunido nas casas para servir e glorificar ao Senhor.

Durante os três primeiros séculos da era cristã, a Igreja não tinha templos. Foi neste período que ela experimentou o maior crescimento de sua história. Os cristãos se reuniam basicamente nos lares.

O apóstolo Paulo revela sua imensa gratidão a um casal que conheceu em Corinto: Áquila e Priscila. (Atos 18:2-3). Após aproximar-se deles e identificar-se com o ofício de fazer tendas,passou a trabalhar e morar na residência destes. Abaixo, elencaremos algumas verdades que podemos aprender com o exemplo deste casal.

1- Hospitalidade:“No Senhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a Igreja que está na casa deles.” I Coríntios 16:19

Áquila e Priscilla certamente demonstravam alegria em receber os irmãos e acolhê-los em sua casa. O ambiente do lar é por si só aconchegante e nos convida a uma conversa, aum lanche especial, a ter momentos para sorrirmos, chorarmos e orarmos juntos. O espírito da família cristã, nos moldes da Igreja primitiva, manifesta-se neste tipo de hospitalidade. Sermos anfitriões de um Pequeno Grupo ou um GCOI (Grupo de Crescimento da OitavaIgreja) significa dar a nós mesmos e aos nossos familiares a oportunidade de exercitar esta hospitalidade.

2- Cooperadores em Cristo Jesus: “Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus.” (Romanos 16:3).

“Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo (Apolo) e, com exatidão lhe expuseram o caminho de Deus.” (Atos 18:26)

A palavra cooperador significa aquele que está junto auxiliando quem tem maior responsabilidade na realização da obra. Quando Paulo saiu de Corinto, levou consigo Áquila e Priscila e deixou-os em Éfeso. Lá, eles novamente abriram a casa para receber a Igreja do Senhor. Foi quando conheceram Apolo. “Apolo era instruído no caminho do Senhor; e sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João”(Atos 18:25).Foi este casal que lhe explicou acerca do arrependimento através da Cruz de Cristo. Quando dedicamos tempo para ensinar sobre quem é o Senhor Jesus, sobre o Plano de Salvação do Eterno, além de compartilharmos como Ele transforma nosso interiorpela ação do Espírito Santo, tornamo-nos cooperadores em Cristo Jesus. Como foi importante para o apóstolo saber que podia contar com estes irmãos na hospitalidade e no serviço ao Senhor.

3- Coração abnegado: “Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a Ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma”. Josué 22:5

O desprendimento deste casal ao abrir sua casa para reuniões e cultos revela um único e sublime interesse: Servir ao Senhor.  O próprio Jesus afirmou acerca de si mesmo que o Filho do Homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mateus 20:28). Receber o Corpo de Cristo em nossa casa para juntos orarmos, cearmos, aprendermos mais da Palavra do Senhor, exaltarmos Seu Santo Nome e compartilharmos nossas lutas e vitórias sempre será motivo de alegria ao coração do Eterno. Quem já viveu ou vive esta experiência sabe o quanto nossa família é abençoada ao abençoar outros.

UM CONVITE À REFLEXÃO:

• Como podemos exercitar esta hospitalidade cristã?

• Onde necessitamos investir para servir ao Senhor com excelência e nos tornarmoscooperadores em Cristo Jesus?

• O que estamos esperando para abrir o nosso coração com desprendimento e recebermos um Pequeno Grupo de irmãos em nosso lar?

“Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o Seu Nome, pois servistes e ainda servis aos santos”. Hebreus 6:10

“Todo serviço cristão humilde e abnegado cria um tesouro eterno”. (Russell P. Shedd)

Denise Boffa  Pascoal | dbpascoal@gmail.com