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Revista

Sua Família X Sua Emoções

Quando ouvimos a palavra “família”, pensamos em união, festas alegres, afeto sincero e cativante, companheirismo, educação, bons exemplos e realizações de sonhos. Ninguém, ao constituir uma família, pensa em desilusões, em sentimentos ruins e doentios, em traições, em invejas, em insultos, em falta de amor e compaixão. Nada disso.
Mas, infelizmente, constatamos que a palavra ‘família’ também comunica problemas. Toda família tem os seus, seja ela grande ou pequena. Há um programa de TV intitulado de A Grande Família, que mostra as diversas complicações que uma família pode se envolver. “A Grande Família” da Bíblia é a família de Jacó. Quantas confusões viveu essa família! Jacó tinha duas esposas, Raquel e Lia. Elas eram irmãs. Aqui começa o problema. O casamento que deveria ser um relacionamento de amor, se tornou um relacionamento de ódio, ciúmes e disputas.
Hoje não temos problemas com a poligamia institucionalizada, mas muitos homens mantêm a poligamia informal, sustentando e enganando duas famílias ao mesmo tempo. Cônjuges infiéis vivem uma vida poligâmica quando se envolvem em relacionamentos extraconjugais. Mulheres destroem casamentos quando seduzem homens casados. Lia passou a dar a Jacó o que Raquel não podia oferecer. Lia deu filhos a Jacó, quatro. Raquel, por sua vez, não gerava filhos, pois era estéril. A cada filho nascido, Lia o batizava com um nome que revelava seus sentimentos mais profundos – a dor de não se sentir amada (Gn 29.31-35).
Você já se sentiu não amado(a)? Já identificou esse sentimento em algum membro de sua família? A Palavra de Deus tem preceitos claros sobre esse tema: “Maridos, amem suas mulheres e não as tratem com amargura.” (Cl 3.19). Paulo também ordena a Tito a ensinar as mulheres mais experientes sobre a importância de orientarem “…as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos…” (Tt 2.4).

“Sentimentos de rejeição, ódio, amargura e rancor nunca devem ser bem-vindos ao coração da família que deseja ser feliz. Quando consultamos a Palavra de Deus, percebemos que cabe a nós uma postura de mudança.”

O amor é provado por palavras e ações. Palavras são sementes poderosas lançadas sobre o coração. Muitas famílias, sem perceber, estão destruindo suas emoções por causa da maneira como usam as palavras. Gritam uns com os outros, se insultam por coisas pequenas, depreciam o outro pelo simples prazer de oprimir, ou tratam um membro da família com rispidez, para puni-lo por alguma atitude passada.
Sentimentos de rejeição, ódio, amargura e rancor nunca devem ser bem-vindos ao coração da família que deseja ser feliz. Quando consultamos a Palavra de Deus, percebemos que cabe a nós uma postura de mudança. Perceba a linguagem bíblica: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda a maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.” (Ef 4.31-32). Essas palavras são aplicáveis a todos os membros da família.
Cuidar da família não é papel somente dos pais. Os filhos também podem trabalhar para que sua família tenha saúde emocional. Assim, família:
1. Invista na vida espiritual: “A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma”. (Sl 19:7a). “Orai uns pelos outros para serem curados” (Tg 5.16).
2. Invista em palavras positivas: Elogie e incentive sempre. Utilize suas palavras para abençoar, alegrar e animar. Declare o seu amor com mais frequência; nunca é demais dizer que ama e ouvir que é amado.
3. Invista em atitudes que demonstram o seu amor: abrace e beije mais. Dê presentes e lembranças que mostram que você se lembrou de um membro da sua família durante seu dia.
4. Invista em programas que contribuem para a união: viagens, passeios, filmes, jogos, bate-papo, uma refeição em um lugar diferente. Reserve um tempo para ficarem juntos, mesmo que para isso tenham de abrir mão de algumas coisas.
5. Invista nas celebrações: chegada de uma nova criança, formatura, casamento, conquistas particulares, conclusão positiva de um ano letivo, carteira de habilitação e aniversários. E por aí vai. Comemore esses momentos.
6. Invista no apoio em momentos difíceis: a família deve ser suporte, para os seus membros nos momentos de dor e angústia, como falecimento de alguém, rompimento de relacionamentos, demissão do emprego, reprovação em uma matéria etc.
Perceba, é muito importante que essas mudanças comecem a partir de você. Não espere pelo outro. Invista nas suas próprias emoções, e isso envolverá os outros membros da família.
Que Deus Abençoe!

IURY GUERHARDT FERREIRA    |   Pastor auxiliar da Oitava Igreja.