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Acorda, pega o celular, abre os olhos. Checa WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter, notícias, e-mail… Antes mesmo de orar ou de dar um bom dia para a família, o smartphone já está nas mãos. Sentado na cama, escovando os dentes, na mesa do café. Até deixar derramar algo sobre a tela… Ele acompanha cada compromisso do dia. Na hora de dormir não é diferente. Lá está o celular para dar uma olhada rápida, o último boa noite antes de pegar no sono.

Se com uma rotina definida, para alguns, já é difícil controlar o uso do smartphone, imagine agora, na quarentena. Muitos jovens sem aula, pessoas liberadas de seus trabalhos e até os idosos entediados têm aumentado e muito o uso do eletrônico.

De acordo com uma pesquisa realizada por uma empresa de marketing de influência de São Paulo, desde o início da pandemia, o uso do celular teve um aumento de quase 90% entre os entrevistados. A TV vem em seguida, com cerca de 62% de aumento e o computador, 43%.

A alta pode estar relacionada às formas de comunicação em grupo que ganharam destaque no período, como as chamadas em vídeo; ao grande número de lives realizadas por artistas e marcas; e, principalmente, pela procura por entretenimento, seja uma receita nova, um jogo ou o simples “passar tempo” nas redes sociais.

Em contraponto ao lazer que o aparelho pode proporcionar, estão alguns danos físicos, emocionais e até espirituais, como o incômodo visual pela luz branca, problemas nas articulações pelo movimento repetitivo das mãos, dores de coluna pelo tempo passado na mesma posição e má postura; isolamento social, falta de comunicação com os familiares, distanciamento da realidade, ansiedade; e ainda, esfriamento da fé, dificuldade em ler a Bíblia e orar, já que, muitas vezes, o tempo devocional é substituído pelo celular.

Quantas horas por dia você passa com seu celular nas mãos? Faça uma autoavaliação e veja se não está deixando de ter tempo com Deus, com seus familiares e até mesmo de curtir você mesmo. Há uma série de aplicativos que gerenciam o tempo de uso do aparelho e que podem ajudar a diminuir a frequência e evitar que isso se torne um vício.

Além disso, ore e peça ao Senhor o fruto do Espírito do domínio próprio, peça a ele que lhe dê força de vontade para evitar o uso do celular exageradamente e disciplina para seguir com seu devocional e vida de oração. Use seu celular a seu favor! Evangelize, leia textos teológicos e tenha comunhão com os amigos, mas não substitua o real pelo digital!

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Co 6.12)