Menu

Notícias

UM SÓ MEDIADOR

Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, (…)” (1 Timóteo 2.5) 

Basta observar o nosso calendário anual e suas datas comemorativas para percebermos a grande quantidade de dias dedicados aos santossão aproximadamente 143 ao todo, sendo oito somente no mês de fevereiro. Considerando que o Brasil é um país majoritariamente católico, a surpresa talvez não seja tão grande. Entretanto, diante da constatação de tamanha devoção, algumas questões surgem na mente daqueles que não professam a mesma fé: afinal, qual é a relação da Igreja Católica com os santos? E quanto a nós, presbiterianos, devemos ter com eles algum tipo de relação? 

Então, vamos aos fatos. A devoção aos santos é uma prática comum entre os católicos. A principal justificativa é que, ao serem devotos à Maria e aos santos, estão venerando a Deus, visto que esses foram notáveis servos do Senhor, de maneira que reverenciam a obra feita por Ele em suas vidas. Segundo a doutrina católica, é um meio eficaz para seus discípulos aproximarem-se d’Ele, pois o adoram e aprendem como servi-lo. 

Outra faceta é a chamada “intercessão dos santos”. Apesar de a Igreja Católica reconhecer que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, na prática, não é bem assim. Em seu catecismo (§956), a Igreja deixa claro que acredita que os santos, por já serem “habitantes do céu”, estão unidos “mais intimamente com Cristo”, podendo assim interceder em favor dos fiéis. 

Uma das principais bases “bíblicas” para tal doutrina se encontra no livro considerado apócrifo – isso é, que não está no cânone bíblico protestante – de II Macabeus. A história em questão narra uma guerra do povo judeu; em dado momento, seu líder, Judas Macabeus, tem uma visão na qual enxerga um falecido sacerdote pedindo em favor deles (2 Mac 15, 11-15), justificando assim a crença de que os santos mortos podem interceder pelos vivos. 

Sim, é verdade que temos intercessores. Porém, não entre os mortos. A Bíblia nos mostra que Jesus orou por nós (João 17) e intercede em nosso favor, cumprindo Seu papel como Sumo Sacerdote (Hebreus 4.14-15; 9.24). A Palavra também relata que o Espírito Santo “nos assiste em nossa fraqueza”; e “segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Romanos 8.26-27). Quer intercessores melhores que esses?! 

Entendemos que devemos olhar para a vida dos nossos irmãos que vieram antes de nós e aprender com seus erros e acertos. A Bíblia é uma grande fonte histórica para tal estudo. Entretanto, não devemos buscar ou esperar pelo zelo dos santos que já partiram em nosso favor.  

Existe um grande e soberano exemplo de amor, entrega e devoção a Deus: Aquele que veio ao mundo para nos salvar e ensinar como viver uma vida que agrada ao Pai; Aquele que ora em nosso favor e é digno de ser adorado; só precisamos ter olhos para Ele, o Filho perfeito, o primogênito entre muitos irmãos, Jesus Cristo.