Menu

“Esse Dia das Mães vai ser muito especial, porque eu poderia não estar aqui”. É com essa mentalidade que a professora Gláucia Torres (47) – mãe de três filhos e moradora de Santa Luzia, na Grande BH – vai celebrar a data neste domingo, 08 de maio. Toda essa gratidão não é à toa, tem um motivo específico. É que ela trava uma batalha contra o câncer (de ovário), diagnosticado em setembro passado. Operada no mês seguinte para a retirada completa do tumor, Gláucia iniciou a quimioterapia em janeiro deste ano, tendo que lidar, desde então, com a queda dos cabelos e outros efeitos colaterais causados pelas fortes medicações. 

Hoje, quem a vê sorrindo e brincando não imagina o quanto o diagnóstico a afetou. Tudo começou em agosto de 2021, quando sentiu-se mal. Pouco depois, em setembro, uma “dor insuportável”. O ultrassom, realizado no dia 21 daquele mês, detectou uma massa de 17 centímetros, que, de tão extensa, impedia que seu útero pudesse ser visto por meio do exame. Foi questão de poucas semanas até a cirurgia, que durou oito horas e a condicionou a passar três dias no CTI, Centro de Terapia Intensiva.

A essa altura, suas atividades profissionais, ligadas à musicalização infantil e ao teatro, já estavam suspensas. Afastada do trabalho e sem poder exercer sua principal vocação, Gláucia focou no tratamento. 

Mas nem só de sustos foi o último ano. Em 2021, tornou-se avó. E a chegada da primeira netinha foi apenas uma dentre as várias bênçãos recebidas nesse período, assim como a presença da mãe, bastante participativa em sua vida. As duas se veem com frequência, e o cuidado e carinho são mútuos. “Ah, eu acho que [o Dia das Mães] vai ser muito especial! Para a minha mãe também, porque ela ficou muito desesperada no dia da [minha] cirurgia”, revela.

Outra amostra do amor de Deus por sua vida foi compartilhada por ela mesma em uma rede social e vista por dezenas de pessoas. Por intermédio de uma prima, membro da Oitava Igreja, chegou até ela no mês passado um kit contendo: uma bolsa grande, uma almofada, um lenço para a cabeça, lápis para as sobrancelhas e o livro “Quando as coisas vão de mal a pior”, do Pr. Jeremias Pereira. O material é ofertado pelo Ministério de Mulheres da Oitava (@mulheresministerio) e a iniciativa faz parte do Projeto Aconchego, cujo objetivo é justamente ofertar o kit a mulheres que estejam em tratamento do câncer.

“A gente não tem noção, às vezes, do quanto somos queridos por pessoas até distantes, outras mais próximas… muitas pessoas, desde quando eu passei mal, me mandam mensagens, pessoas que eu trabalho, minhas primas, minhas tias. (…) E com esse processo todo, muita gente se aproximou, eu fui muito acolhida. Um kit desse, para uma pessoa que está passando por ‘quimio’, que perde o cabelo, perde a vaidade, é muito importante”, comenta. Ela só não fez uso ainda da almofada, mas promete: “A minha bolsa já está aqui com os meus exames; estou lendo o livro e adorando; e esse daqui (a almofada) eu vou estrear semana que vem, na última [sessão de] ‘quimio’”.

E, embora o mês seja das mamães, Gláucia não deixa de pensar nos filhos, Alexandre (22), Fábio (20) e Maria Clara (18). Por meio de sua história, ela quer ensiná-los sobre “fé, força e alegria”: fé em Deus, a quem ela direciona suas preces e deposita a confiança nos momentos mais difíceis; força para suportar as pressões e superar os obstáculos; e alegria, capaz de contribuir para a melhora do quadro de um paciente e transformar a realidade à volta.

E assim, fazendo sua parte, seguindo o tratamento com muita disciplina e sem dar chances ao desânimo, Cláudia prossegue. Vivendo um dia por vez, reaprendendo o valor da família e ensinando aos seus uma série de lições, dentre elas, a de que a presença do Senhor Jesus em nossas vidas é – e sempre será – o melhor remédio.

Um feliz ‘Dia das Mães’ a todas as mamães! Que Jesus as abençoe com toda a sorte de bênçãos!