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Um estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, destacou a importância do toque na comunicação de emoções positivas*.

Foto: Internet

Segundo Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, a falta de contato físico pode afetar as pessoas de mais maneiras do que elas podem imaginar. “O toque é a linguagem fundamental da conexão”, diz Keltner. “Quando você pensa em um vínculo entre pais e filhos ou em dois amigos ou parceiros românticos, muitas das maneiras pelas quais nos conectamos, confiamos e colaboramos são fundadas em contato.”

Não se trata apenas de como nos sentimos emocionalmente. Keltner acrescenta que a “privação de toque” pode impactar as pessoas em um nível psicológico e até físico. “Grande parte de nosso cérebro é dedicada a entender o toque e nossa pele possui bilhões de células que processam informações sobre ele”, diz ele*.

O toque é essencial para o nosso bemestar, desde que somos bebês. É assim que transmitimos significado, carinho, amor e comunidade. Nossa súbita perda disso foi angustiante.

É bem provável que algumas mulheres estejam sofrendo neste momento de isolamento social, quando estão sem contato. Grande parte das mulheres, senão da maioria, é marcada pelo toque. Elas tocam os bebês, os seguram em seus seios e barrigas, lavam os corpos das mães idosas, penteiam e trançam os cabelos de suas filhas. Massageiam, acariciam, acalmam e fazem cócegas.

Mas não somente as mulheres trazem consigo a marca do toque. Nós, os homens, também. Uma parcela dos homens, como resultado da forma como foram criados, têm a capacidade de retribuir o afeto recebido por meio de abraços, apertos de mãos, tapinhas nas costas.

Outros, não querendo dar o braço a torcer, tocam, mas do jeito deles. Há homens que cumprimentam os amigos com “socos”, já os adolescentes cumprimentam os amigos com“chutes”. Uma outra maneira de tocar.

Compreendemos a frase “eu te amo”, mas sentimo-nos amados de verdade quando recebemos um caloroso abraço. Entendemos o significado de um “like” e da palavra “parabéns”, mas sentimo-nos seguros e aprovados quando recebemos um aperto de mão acompanhado de um abraço.

Aqui estamos nós no meio dessa pandemia, quando, mesmo diante da morte de uma pessoa que você ama, é negada a possibilidade de tocar o corpo.

Mesmo impedido de tocar, não deixe de demonstrar o quanto as pessoas são importantes para você. Ame-as de maneira criativa. Ligue para elas. Ore por elas. Envie uma mensagem a elas. Convide-as para uma live ou para o culto on-line.

Pr. Roberto Santos
Pastor Auxiliar