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TIREM AS CRIANÇAS DA SALA

Criança não trabalha, criança dá trabalho! Diria o cancioneiro infantil. O trabalho da criança é brincar. A brincadeira é o prelúdio da vida adulta. Desafios, disputas, confrontações e até mesmo frustrações.

Ora, quem não gosta de brincar? Imaginar, lutar contra dragões, belos vestidos de princesas, heróis fantásticos, carrinhos de rolimã, bolas de gude… Mas, espera… Isso está longe demais. Isso parece coisa da minha infância, não das crianças de hoje.

Hoje é tablet, videogame, telefone… Da sala para o quarto. Mas por quê? O tempo em que vivemos, as novas concepções das cidades. A urbanidade, obviamente, impede a criança de descer uma ladeira de skate ou de perder o tampão do dedo no futebol de rua. Dez minutos ou dois gols.

Isso não pode impedir os pais de curtirem as férias com brincadeiras nunca antes imaginadas. Descer as gramas dos parques gratuitos da cidade com papelão, soltar pipa e correr livre nas praças. Podemos ser os super-heróis dos parquinhos, e os príncipes dos sábados de manhã. A vida é para ser vivida.

E a vida da criança é para ser brincada! Tirem as crianças da sala! Tudo é brinquedo. Bolinha de sabão é mais barata que Playstation… bem mais. Corre na calçada, roda pião, pula corda, botar os bofes para fora.

Criança tem que brincar. Assim, nos aproximaremos mais delas. Saberemos o tamanho de sua paciência. Saberemos como elas lidam com as frustrações e até se está acontecendo algo de ruim. Para um super-herói ela conta. Ah, conta, vai por mim.

Pensamos que os jogos prontos substituem e são melhores que as antigas brincadeiras de roda. Nunca serão! A imaginação não para e dar algo pronto não ajuda em nada. Nada contra os filmes e videogames, mas a vida não está no virtual.

A vida está no vento na cara quando a bicicleta embala; no barro que suja a roupa; na pausa para uma água; no sol que esquenta a cara. A vida da criança está no abraço da vitória; no gol deixado pelo pai, goleiro frangueiro; está na risada por causa do ridículo de se colocar a capa invisível do rei; da menina que, de tão linda que a mãe ficou vestida de Rainha, que, quando crescer, desejará ser rainha também.

Tirem as crianças da sala! Chame para brincar, correr, pular. Amarelinha, pique-pega, esconde-esconde. Vem logo, vamos descer para brincar…

Pr. Bruno Barroso

Pastor Auxiliar