SANTIFICAÇÃO – UMA RESPOSTA AO SOFRIMENTO
1 Pedro 3.8-22
Ao lermos as cartas de Pedro, se não soubermos um pouco da história, podemos achar que ele escreveu há pouco tempo, mas essas cartas foram escritas entre os anos 64 e 66 d.C. nos mostrando que a Palavra de Deus é atemporal, ela está fora do tempo, “a bíblia é mais atual que o jornal que sairá amanhã” (Billy Graham).
O apóstolo escreve de uma forma tão simples e clara como deve ser o comportamento do cristão, que é forasteiro e peregrino neste mundo. Pedro utiliza essas palavras em suas cartas, nos lembrando que a nossa pátria não está aqui, mas em nenhum momento somos considerados como errantes, aqueles que andam, mas não têm uma pátria, um destino.
Nós temos uma pátria, temos uma terra, temos um governo, temos uma bandeira, temos uma cultura, ou seja: temos um destino.
A nossa pátria é a Nova Jerusalém, a terra é novos céus e nova terra, o governo do Senhor, nossa bandeira é Cristo, nossa cultura celestial e nosso destino é morar eternamente com o Senhor e gozá-lo para sempre.
Mas enquanto esse grande dia não chega, vamos sendo aperfeiçoados e santificados aqui nessa terra.
Meu pastor (Jeremias Pereira) sempre nos lembra que não existe perfeição no andar que nós estamos, o nosso estado é de santificação. Em outras palavras, estamos no processo (inclusive, essa é uma das etapas da ordem salutis, ou ordem da salvação).
O estilo de vida do cristão precisa ser diferente. O nosso comportamento diz muito sobre quem somos, de onde somos e por aí vai.
Quando alguém faz algo de errado e não é crente, as pessoas nem falam de classe social ou de qual grupo religioso ele pertence; mas se ele for crente…
Na verdade, o mundo está atrás de algo diferente, de alguma coisa que possa dar sentido à vida; estão querendo a resposta que só Cristo tem.
Uma pequena pausa – Você já conhece Jesus Cristo? Ele tem todas as respostas para os seus questionamentos. Entregue sua vida a Ele; sim, faça isso agora. É simples!
Fale em voz alta:
– Senhor Jesus, eu renuncio a minha vida agora para aceitar a vida que o Senhor tem para mim.
– Senhor Jesus, eu reconheço que o Senhor veio em carne para desfazer as obras de Satanás e me salvar do poder das trevas.
– Senhor Jesus, eu reconheço o Senhor como meu único e suficiente salvador.
Amém!
Viu como foi simples? Jesus já está mudando sua vida, o Espírito Santo já está fazendo morada em seu coração, Ele irá te ensinar todas as coisas a partir de agora. (Jo 15.26)
Voltando à nossa conversa.
Ao falar: tende em vós o mesmo modo de pensar, o apóstolo Pedro mais uma vez reafirma que somos diferentes; ele não está sozinho nessa orientação de como deve ser o estilo de vida dos cristãos, ele dá prosseguimento aos pensamentos e palavras de Jesus, Paulo e Tiago (Mt 10,12,44; Lc 6.28, Rm 12.15-21; Fp 2.2-8; 1Co 12.26; 1Ts 4.9,10; Hb13.1; Cl 3.12) e ainda cita Davi falando parte dos salmos 34.
Fazendo coro com os irmãos acima, nos versos 9 a 14, Pedro fala aos irmãos que nós passamos sofrimentos diários. Não está falando do sofrimento de “fogo ardente”, ao qual é citado mais adiante (4.12).
O cristão precisa ser uma bênção no mundo, precisa fazer diferente.
Lucas 6.22-28 nos ensina que “derrotamos o ódio ao demonstrar amor e a melhor forma de opor-se ao caluniador e ao perseguidor é com amor e paciência. Deus faz o restante!” (Wiersbe)
Deus é quem nos vigia (12-14)
Deus vê nossas aflições e ouve o nosso clamor, por isso, ao invés de reclamar, devemos glorificar por sofrer por Ele (Mt 5.11-12; At 5.41).
Do verso 15 ao 22, Pedro nos ensina a “santificar a Cristo, como Senhor”. Ao colocarmos o Senhor no trono do nosso coração, sempre teremos uma resposta para as pessoas que perguntam a respeito da esperança de que temos no Senhor.
O coração totalmente submisso a Deus nos ajuda a lembrar das aflições que passou o nosso Salvador para nos salvar.
Santificamos a Deus ante os outros quando a nossa conduta os convida e os estimula a glorificá-Lo e honrá-Lo.
(Verso 3.17) Duas características do sofrimento cristão:
- Imerecido (cf. 2.19, 20)
- Divinamente ordenado, ambas supremamente ilustradas no sofrimento de Cristo.
Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, foi acusado falsamente, carregou uma cruz que não era d’Ele, foi escarnecido, esbofeteado, e manteve-se calado (cf. 2.24).
Jesus Cristo é o nosso maior referencial, quem nós precisamos nos esforçar ao máximo para sermos iguais, pois Ele sofreu injustamente para nos reconciliar e, principalmente, para agradar ao Pai; o Pai o honrou e lhe deu glória. (verso 22)
Precisamos lembrar que temos promessa de vida feliz e perene não nessa terra. Neste mundo, por vezes, sofreremos e, ao sofrer, santifique-se e glorifique a Cristo. Mas lembre-se que sua pátria não está aqui.
– Pr. Leonardo Lobo – Pastor Auxiliar