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Estudos e artigos

SANTIFICAÇÃO: UM CHAMADO À OBEDIÊNCIA

1 Pedro 1.13-25 

 

As cartas de Pedro têm como leitor original uma igreja de origem gentílica, localizada no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia. Escreveu para encorajar e exortar os cristãos que estavam sendo perseguidos por causa da fé que professavam. Tinham sido libertados da vã maneira de viver recebida de seus antepassados (1.18), povo que não conhecia a Deus, que nem era povo, mas que agora tinham sido feitos nada menos que povo eleito de Deus (2.10).  

Santificação é o processo pelo qual Deus opera e o homem coopera. São os chamados à santa vocação, que recebem uma nova vida e novo espírito, e são eficazmente transformados pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela Sua Palavra e pelo Seu Espírito, que neles habita. O pecado já não pode dominar esse novo homem, está habilitado pelo Espírito de Cristo para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus. 

Conforme o texto de 1 Pedro 1.13-25, o entendimento do crente é moldado por Deus para a prática da obediência, e nela o santo se torna cada vez mais santo em seu procedimento. Seu chamado para a santidade não partiu de si mesmo, mas d’Aquele que o chamou (o Senhor, por uma única razão: Ele é santo). Pedro, pelo Espírito de Cristo, continua a dizer que os cristãos verdadeiros foram resgatados por algo muito mais precioso que prata e ouro (v.18). Foram resgatados da futilidade para a santidade por causa do sangue de Cristo, expressão máxima do amor de Deus por nós. Por causa d’Ele, Deus dá aos cristãos a fé e a condição te terem uma viva esperança em amor. 

O chamado à obediência e à verdade nos incita a amar incondicionalmente e, a partir disso, somos ensinados por Cristo a fazer o mesmo que Ele fez por nós na Cruz do Calvário: amou-nos até as últimas consequências. Seu amor por nós não foi fingido, nem limitado; foi pura graça, foi de “tal maneira”. A santidade nos leva à obediência “em” e “por amor”. Isso significa que, ser santo é amar fraternalmente e de coração, atitude pela qual é identificada a vida do cristão, apontando-o – para seu pertencimento – ninguém menos que o próprio Deus.  

Quando a santidade de Deus está na vida do crente, não existe empecilhos para a prática do amor revelado no Evangelho. O pecado já não domina, o poder do Evangelho é infinitamente maior que nossas limitações, pois passamos a atrair as pessoas para Cristo. Santidade diz respeito à intimidade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo; é ser consagrado e separado para uma obra grandiosa e santa; é falar da salvação em Cristo com autoridade e poder.  

Nossa vida, testemunho, adoração e palavra proferida precisam glorificar Aquele que nos chamou; isso quer dizer: santidade. O Senhor nos alcançou e tem cuidado de nós como Seu povo escolhido, mas ainda tem muitos outros para alcançar e cuidar. Deus só vai usar aqueles que são santos, portanto, se entregue, prepare-se, não temas, creia que “a palavra do Senhor permanece eternamente” e irá se cumprir.     

 

– Pr. Milton Fernandes – Pastor Auxiliar