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RAZÃO X EMOÇÃO NA PREGAÇÃO

A comunicação é uma das mais antigas artes. Desde sempre o ser humano se esforça para se fazer entendido junto aos seus interlocutores. O uso da linguagem (oral ou escrita), da retórica, do discurso em público, é algo que faz parte do bom uso da comunicação em todas as áreas da vida. Como se sabe, a comunicação envolve muito mais do que simplesmente palavras. O dito antigo diz que “um exemplo vale mais do que mil palavras”.

Quando falamos do processo de comunicação, temos a figura 1) do comunicador, que se expressa por meio de palavras, expressões corporais, sentimentos e seu caráter, a fim de manifestar o seu conteúdo; 2) a mensagem, que é o que se pretende informar ao público; 3) e o ouvinte receptor, que tenta decodificar a mensagem recebida. É claro que no meio desse processo todo existem diversos tipos de ruídos e variáveis que podem gerar confusão e má compreensão entre os interlocutores.

Todos estes componentes também estão envolvidos quando o assunto é a pregação da Palavra de Deus, além do fator espiritual que, aqui, se constitui o item mais importante. De um lado, temos as forças das trevas tentando impedir os incrédulos de ouvir e compreender a mensagem do Evangelho. Do outro, temos o Espírito Santo iluminando a mente e abrindo os corações para que a Palavra encontre terreno fértil e gere frutos.

“Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” (1Co 1.18)

O apóstolo Paulo tinha consciência do tamanho da batalha que é a pregação da Palavra de Deus. Ele sabia que a compreensão do Evangelho somente seria possível se o Espírito Santo desvendasse o entendimento dos descrentes (2Co 4.4), mas nem por isso ele deixava de se esforçar ao máximo para persuadir o maior número possível dos seus diversos ouvintes (2Co 5.11; 1Co 9.19).

“Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.” (Mt 7.28-29)

Jesus Cristo é tanto a Mensagem como o Mensageiro. Por isso, o seu ensino deixava a todos de queixos caídos. Jesus não falava apenas à mente dos seus ouvintes, ele falava ao coração. Além de conhecer o que ensinava, ele vivia o que dizia. Jesus não estava simplesmente preocupado em agradar o seu público com uma mensagem motivacional, ele demonstrava amor e firmeza.

Talvez, hoje, muitos de nós precise olhar novamente para o estilo de comunicação de Jesus e perceber que dá para ser racional sem perder as emoções. Encontrar o bom equilíbrio: nem racionalismo, nem emocionalismo.

Para você, que deseja ser um bom comunicador da Palavra de Deus em nossos dias, seja diante de um grande público ou um grupo pequeno, ou seja apenas para uma só pessoa, deixo algumas dicas:

  1. Dependa do Espírito Santo. É ele quem nos capacita a falar.
  2. Procure viver o que você ensina. As pessoas saberão se a Mensagem bíblica causou algum efeito na sua vida.
  3. Não tenha medo de repetir as mesmas coisas. A mensagem do Evangelho é simplesmente a mesma.
  4. Seja autêntico: fale a verdade de coração. Não se esconda atrás de falsas aparências.
  5. Pregue todo o Evangelho ao homem todo. Fale com razão, mas fale também ao coração (mente, vontade e emoções). Que sua mensagem não produza apenas sensações físicas, mas também toque o espírito humano.

Pr. Adelchi Rangel • Pastor Auxiliar