QUEM É JESUS?
(Mateus 1.18-21)
Boas histórias nos fascinam. Os melhores filmes geralmente são aqueles que possuem o melhor roteiro (ou a melhor história) e que nos prendem até o final. Como se dará o final dessa história? Ficamos tensos, nos apegamos a personagens e torcemos para que eles tenham um final feliz. Entre todas as histórias do mundo, existe uma que é a mais importante: a Grande História. A história de Deus e a humanidade. Nessa, todos nós fazemos parte, sem exceções, e Jesus tem um papel central. Ela nos conta que Deus criou todas as coisas e que tudo era muito bom. Tudo estava em harmonia.
O primeiro casal vivia em paz e plena comunhão com Deus. Até que uma serpente entra em cena e seduz a mulher, fazendo com que ela, junto com seu marido, em um ato de rebeldia, venha a desobedecer a Deus. Assim nasce a desordem e o pecado, e a morte entra no mundo. Toda a maldade e caos que o mundo vive hoje são consequências desse ato pecaminoso do primeiro casal.
O pecado entrou na raça humana e, por isso, todos os seres humanos nascem contaminados por ele. A maldade que vemos por todo o lado nasce do coração do homem, que se rebelou contra Deus. Mas, logo após o homem e a mulher caírem de seu estado natural de pureza para um estado de morte espiritual e separação de Deus, Ele mesmo prometeu que viria o descendente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente.
O que vemos, então, no restante da Bíblia é, justamente, o grande drama de Deus resgatando Seu povo. Como Ele faz isso? Inicialmente, Ele escolhe um casal e promete que, a partir deles, todas as nações da Terra seriam abençoadas. Esse casal se torna uma família e logo se torna uma nação, chamada Israel. Entretanto, vemos que ela falha em sua missão de ser bênção e, constantemente, abandona o Senhor e se volta para outros ídolos e deuses. Todavia, a infidelidade de Israel não afeta a fidelidade de Deus que, havendo feito uma aliança de que seria o Deus de Israel, cumpre todas as Suas promessas.
E promete, ainda, que viria alguém que restauraria definitivamente o relacionamento do povo para com Deus; alguém que libertaria definitivamente o povo da escravidão e que reinaria eternamente. Pois bem, o Antigo Testamento termina com essa promessa em aberto e, ao virar a página de sua Bíblia, no primeiro livro do Novo Testamento (Mateus), as primeiras palavras são: “Livro da genealogia de Jesus Cristo”. Quem é esse Jesus? O que Ele tem a ver com toda a Grande História?
O nascimento de Jesus (Mateus 1.18-21)
O texto diz que Maria estava comprometida a se casar com José. Diferente de nossos dias, naquele tempo, quando os pais de uma moça escolhiam um rapaz para a sua filha se casar, estabelecia-se um acordo pré-nupcial enquanto todos os preparativos oficiais estavam sendo providenciados. Era um noivado com um peso tão grande que, para se romper, era necessário um processo formal de divórcio. E, obviamente, por se tratar de um acordo pré-nupcial, o casal não haveria tido relações sexuais.
Quem era Maria? Uma jovem simples de uma pequena cidade chamada Nazaré. Quem era José? Um simples carpinteiro. Não havia absolutamente nada de especial nesse quase casal, até que, segundo o relato do evangelho de Lucas (1.26-38), o anjo Gabriel visita Maria e diz que ela ficará grávida e dará à luz a um menino, mesmo sem nunca ter tido relações com homem algum.
Diferente de hoje em dia, que grande parte das pessoas dão nome aos seus filhos sem se importar com seu significado, naquela época isso era bastante relevante. E o anjo do Senhor orienta que o menino que nascerá seja chamado de Jesus.
Há algo interessante que salta aos nossos olhos. Imagine que você pudesse ter escolhido em qual família nascer, em qualquer lugar do mundo. Provavelmente você teria escolhido uma família estruturada, financeiramente estável (ou até mesmo rica), em uma localidade boa e segura. Jesus, sendo Deus e concebido miraculosamente pelo Espírito Santo, poderia ter escolhido qualquer família da Terra para nascer. O natural seria até pensar que Ele escolhesse uma família poderosa e com status. Mas não foi isso que Jesus nos ensinou.
O aspecto humano de Jesus é muito claro e pouco se questiona hoje em dia. Ele era homem “comum”. Os relatos dos evangelhos deixam claro que ele era homem e que todos o viam naturalmente como tal. Faz-se necessário abordar e focalizar, agora, em seu aspecto divino. Para isso, leremos João 1.1-14.
O primeiro livro da Bíblia, Gênesis, inicia com: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. João inicia com: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Percebe a relação? O Verbo aqui é claramente Jesus. O que João estava dizendo é que esse Jesus, homem filho de Maria, estava na criação com Deus e, não só estava, como Ele estava atuando ativamente, porque Ele é o próprio Deus.
Olhe o verso 3, que diz que tudo foi feito por meio d’Ele. O verso 4 diz que Ele é o autor da vida. E esse Deus poderoso, que criou todas as coisas, veio ao mundo sem reconhecimento, para salvar Seu povo e fazer com que inimigos de Deus se tornem filhos de Deus (v. 12). O Deus da glória se tornou visível aos homens (v. 13) na encarnação.
Percebemos, então, que Jesus foi um humano perfeito e Deus perfeito, e que Ele se humilhou por amor de Seu povo e por resgate dos Seus. Isso deve nos constranger e fazer refletir a respeito da nossa vida. Você precisa tomar uma atitude hoje em relação a isso. Todos que se rendem a Cristo são aceitos de braços abertos na grande família de Deus. É hora de dizer adeus à escravidão do pecado! Jesus, o Cristo, veio para vencer a morte e nos libertar do mal.
– Pr. Eduardo Borges – Pasto Auxiliar