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Estudos e artigos

POR QUE JESUS TEVE QUE NASCER?

Já passou na sua cabeça o questionamento: por que Jesus nasceu? Na minha, já. Me pergunto: por que ele “simplesmente” não se fez um “homem feito”, digamos assim, já nos seus 30 anos de idade e ao ponto de começar Seu ministério? Intrigante, não? Bom, acredito que encontrei as respostas para essas perguntas. Mas elas não são tão simples assim, afinal, estamos lidando com o Grande Plano de Deus para a salvação da humanidade, mas farei o melhor que posso para explicar.

Vamos construir o nosso raciocínio. A primeira pergunta que devemos responder é: por que Jesus precisava vir ao mundo?

Comecemos pelo início: voltemos ao Jardim do Éden. Quando Adão comeu do fruto da árvore proibida, o pecado – a desobediência, rejeição e revolta contra Deus – entrou no mundo. E esse é o culpado por nos afastar de Deus, e, segundo a Bíblia, o seu salário, ou seja, sua consequência final, é a morte. Essa morte, no caso, seria a espiritual, aquela que nos separa de Deus. E essa é a condição de toda a humanidade (Efésios 2.1); estamos mortos espiritualmente para Deus.

Então, eu te pergunto: como podemos chegar até Deus? A má notícia:  não conseguimos. Entretanto, Deus, em Sua infinita misericórdia, vem até nós.

Para ser o nosso Salvador e nos levar da morte para a vida, Jesus se faz homem e morre como sacrifício expiatório em nosso lugar. Em outras palavras, Jesus morre em nosso lugar e paga o preço justo para quitar a nossa dívida – por causa do nosso pecado – com Deus.

Para ser hábil a fazer essa substituição, Ele necessitava ser humano e sem pecado – afinal, se fosse pecador, Ele mesmo precisaria de um salvador. Bom, para ser humano, o Deus Criador poderia encarnar seu Filho como um homem adulto, certo? Porém, as profecias premeditavam que o Messias nasceria de uma virgem (Isaías 7.14).

O plano de Deus era gerar, de maneira sobrenatural, um descendente da mulher (Gênesis 3.15) que fosse sem pecado algum. Como poderia um homem nascer sem pecado, já que essa é a nossa condição natural? Esse feito só poderia ser realizado pelo próprio Deus. E é exatamente o que Ele faz. O Deus-Espírito Santo, pelo poder criador do Deus-Pai, gera no ventre da virgem Maria o Filho de Deus (perceba como podemos constatar toda a trindade presente nesse projeto divino). Dessa maneira, concretiza-se o nascimento virginal do nosso Senhor Jesus Cristo. Apesar de Sua concepção sobrenatural, Ele esteve no ventre humano de Sua mãe, foi nutrido pelo cordão umbilical, recebeu heranças genéticas de Sua família, desenvolveu-se, nasceu e cresceu como todo ser humano.

Em resumo: o Filho de Deus, sem pecado, verdadeiro homem, morre na cruz em nosso lugar, paga o preço por nossos pecados e, por ser igualmente verdadeiro Deus, Ele é o sacrifício perfeito, que também ressuscita para nos dar a vida eterna.

Assim, pela fé nessa obra expiatória, podemos ter a nossa reconciliação com Deus, nos tornando não apenas amigos d’Ele, mas também filhos Seus e coerdeiros com Jesus. E essa é a boa notícia do Evangelho de Cristo, em que tudo tem princípio no Natal – na singela manjedoura em Belém, onde repousa o Emanuel, o Deus conosco, o Salvador do mundo.

  • Marianna Bortolini – Professora na EBT