Menu

Estudos e artigos

POR QUE CELEBRAMOS O NATAL EM DEZEMBRO?

Todos os anos, quando chegamos no fim de novembro e início de dezembro, vemos a cidade, os comércios, os shoppings e muitas casas sendo decoradas para o dia do Natal. O feriado mais importante do ano e a principal época de comemorações e festas movimenta quase o mundo inteiro. O que talvez tenha se perdido ao longo dos anos é que o Natal não é apenas uma data para trocar presentes e tirar foto com o Papai Noel. O Natal – ou dies natalis Christi (dia do nascimento de Cristo) – é a data em que a maior parte da cristandade espalhada pelo mundo comemora o nascimento de Jesus Cristo.

Ao olharmos para as Escrituras Sagradas ou para os textos cristãos dos primeiros séculos, não encontramos nenhuma data cravada para o nascimento de Jesus. Sendo assim, por que então o Natal é celebrado no dia 25 de dezembro? Quando isso foi estabelecido? E quem decidiu a esse respeito?

Por estarmos imersos nessa cultura e tão acostumados ao Natal, pode parecer que sempre foi assim e que o dia em que Jesus nasceu é algo pacificado em toda cristandade. Mas, na verdade, essa tradição faz parte de um longo e complexo desenvolvimento que resultou no Natal tal qual celebramos hoje. Vamos, então, ver algumas hipóteses de como surgiu essa tradição.

Primeiramente, precisamos olhar para a história do cristianismo, pois a Bíblia não indica o dia do nascimento de Jesus. Dentro dos estudos históricos, existem duas teorias principais: a teoria da cristianização e a teoria do cálculo.

A teoria da cristianização defende que, a partir do momento em que o cristianismo começou a ter um papel relevante dentro do Império Romano no quarto século, as lideranças cristãs começaram a cristianizar os costumes romanos e pagãos, para assim converter e dominar a cultura de Roma. Seguindo essa lógica, os cristãos passaram a usar as festas pagãs para promover seu próprio culto. Dentre essas festas estava a do nascimento do Sol Invictus, que era comemorada no final do ano, mais exatamente no dia do solstício de inverno, que era o dia em que o sol se apresenta mais alto no céu. O Sol Invictus, que era uma das principais divindades do período, deu lugar a Jesus, que é o sol da justiça e a luz do mundo.

Já a teoria do cálculo aponta para uma tentativa dos cristãos de calcular – a partir do calendário judaico – o dia do nascimento de Jesus. Segundo o evangelho de João, Cristo foi crucificado na véspera da Páscoa, ou no dia 14 do mês de Nisan (25 de março, seguindo o calendário romano). Com essa informação, esses estudiosos sustentavam que Jesus teria sido crucificado no mesmo dia da Sua concepção, conforme as tradições da época. Calculando a partir de uma gestação comum de nove meses, Jesus teria sido concebido em 25 de março e nascido no dia 25 de dezembro.

Nenhuma das duas teorias aponta para uma verdade absoluta. Não há consenso entre os estudiosos. Mas, mesmo sem sabermos ao certo o dia em que Jesus nasceu ou o motivo da adoção do dia 25 de dezembro, continuamos crendo que a verdadeira luz, que vinda ao mundo, ilumina a todo homem. O Senhor Jesus é a luz do mundo e a verdade eterna. Sem Ele, nada do que foi feito se fez. Ele é o cumprimento da promessa, o Messias, o Rei prometido, Deus encarnado, nosso salvador bendito.

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9.6)

  • Lic. Fernando Guedes – Licenciado