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Os tempos mudaram e mudam. As mudanças socioculturais, econômicas e tecnologias afetam a vida em família e o relacionamento pais e filhos. A agenda apertada, o tempo fica escasso para fazer “tudo”. A campanha sistemática contra a pureza moral, enfatizando o sexo livre, fora do casamento e o homossexualismo, têm produzido, entre outros desdobramentos, o aumento da gravidez na adolescência, da pedofilia, da pornografia e das doenças sexualmente transmissíveis. Mesmo o conceito de pudor e modéstia tem mudado entre as mulheres no mundo evangélico. Os “cultos” de casamento, por vezes, parecem desfiles de sensualidade.

O vício para a bebida cresce entre jovens; multiplicam-se os dependentes de drogas e as campanhas para liberação da maconha. Até mesmo em festas de 15 anos e de casamento, após um culto evangélico, serve-se bebida alcoólica. E a música nestas festas comunica que aquele povo foi ao culto apenas para cumprir um ritual, pois é imoral.

O número de divórcios aumenta, inclusive entre evangélicos, e a família nuclear – pais e filhos para sempre – sofre ataque constante, desestabilidade e pobreza espiritual. É claro que há diferentes tipos de família: famílias nucleares, mononucleares, misturadas, formadas por órfãos e formadas por pais e filhos adotivos. Todos estes modelos de família têm suas lutas e precisam de apoio para prosseguir bem. Criar filhos nunca foi uma tarefa fácil. Mas os inimigos da família, nos dias de hoje, conspiram de maneira violenta e escancarada para a sua destruição.

Criar filhos exige intensa dedicação de toda rede familiar. É preciso, também, contar com a ajuda da igreja, dos ministérios de apoio à família e uma ação efetiva da escola. É necessário buscar o poder de Deus, viver em santidade e esperar na graça do Senhor para que os fundamentos e valores bíblicos sejam vivenciados no dia a dia do lar.

O pai tem um lugar especial. Embora pecador e imperfeito, é um homem de valor: coração aberto para ouvir seus filhos; sua coragem para dar limites e mantê-los; seu coração intercessor; sua capacidade de escolher bem, junto com sua esposa, a escola e os influenciadores de seus filhos; sua dedicação para levá-los a Cristo o quanto antes possível; seu compromisso de ensinar-lhes para a vida e também para a eternidade; o reconhecimento do valor de sua esposa na construção do caráter da família; seu modo nobre de reconhecer a boa influência de seus familiares e o apoio dos que assim fazem; sua valorização a tudo que sua igreja promove e realiza para ajudar sua família.

Como família e igreja cristã, cremos que nosso Deus é o mesmo. Devemos seguir plantando boas sementes no coração de nossos filhos, certos de que “aquele que sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo seus feixes” (Sl 126.6); “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gl 6.10).

Sigamos em frente, certos de que boa colheita virá, mesmo em meio a uma geração pervertida e corrupta, pois o nosso Deus é fiel e fará grandes coisas por seu povo. Que o Eterno abençoe sua família. Aos pais e filhos que hoje não podem abraçar uns aos outros, nossa oração e nossa palavra de consolação. E aos pais de um modo especial nosso abraço e desejamos um Feliz Dia dos Pais!

Pr. Jeremias Pereira ∙ Pastor Titular