Outubro rosa – UMA HISTÓRIA DE CURA
Tina Lincher, membro da Oitava, foi diagnosticada com câncer em 2010. Hoje, livre da doença, conta como passou pelo processo de tratamento e sobre o seu relacionamento com Deus.
A cor representa o mundo feminino. O mês recorda a atenção à saúde e a prevenção de uma doença delicada, mas que, com o devido cuidado, tem chances altas de reversão e cura, com a graça misericordiosa de Deus. O Outubro Rosa é o mês escolhido para lembrar essa importância, com diversos eventos que incentivam a prevenção e o tratamento adequado do câncer de mama.
Leontina Alves Lincher, 51, ou apenas “Tina”, membro da Oitava Igreja e líder de GCOI de juniores, é um bom exemplo de como essa campanha funciona. Há sete anos, foi diagnosticada com câncer da mama e hoje, livre da doença – faz acompanhamento com o oncologista de seis em seis meses, relembra como passou por todo esse processo, que começou com um passo simples e muito importante: o autoexame.
“Observando minha mama direita, notei que havia algo diferente, um pequeno fundo na pele, que mais tarde descobri se chamar retração”, conta Tina sobre o episódio. Ela explica que decidiu logo procurar um especialista, o mastologista, para ter um diagnóstico seguro, por meio de exames: “O resultado mostrou ser algo suspeito. Fiz uma cirurgia na qual foi retirado um quadrante e, após a biópsia, veio a confirmação do diagnóstico para câncer”.
Ela relata que ainda passou por mais duas cirurgias: para a retirada do linfonodo sentinela (um pequeno órgão que, normalmente, é o primeiro a receber as células malignas do câncer); e para o esvaziamento axilar. O tratamento com a quimio e a radioterapia começou pouco tempo depois e durou cerca de 10 meses. Hoje, ela ainda precisa fazer o uso de uma medicação oral. Esta etapa, que já tem cinco anos, ainda deve durar mais cin25co.
O processo, nem de longe, foi fácil. Leontina lembra a preocupação com sua vida e com sua família naquela época: “O diagnóstico foi um susto, pois eu sempre fui cuidadosa. A primeira reação foi pensar que ia morrer. Tenho dois filhos e isso doía muito. Havia perdido minha mãe para essa doença fazia pouco tempo e entrei em pânico. Mas Deus usou um irmão em Cristo que é médico nessa área e que me abençoou, trazendo a luz da Palavra de Deus de que o Senhor estava comigo por onde quer que eu fosse”.
Foi então que ela decidiu olhar para este momento com uma visão de esperança e confiança em Deus. Essa escolha, segundo Tina, mudou seu relacionamento com o Pai: “Cada dia agradecia a Deus por poder ter esse acesso. Via claramente o cuidado Dele em cada detalhe. Eu fui ensinada, na minha ansiedade, a esperar e confiar em Deus. Eu amadureci espiritualmente, ainda que tenha nascido no evangelho”, considera.
A superação envolveu apoio e incentivo. Ela ressalta o carinho que recebeu da igreja quando enfrentava a doença: recebi visitas dos pastores, recebi a Santa Ceia e a igreja orava por mim e por minha família. Quando meu plano de saúde cancelou meu tratamento, a igreja me procurou e ofereceu apoio para poder concluir. Não foi preciso, pois já havia conseguido no SUS, mas nesse momento eu senti que havia um povo que se importava mesmo comigo”.
Todo esse processo, apesar de doloroso em certos momentos, contribuiu e fez de Tina uma pessoa mais forte, que vê a vida com novos e gratos olhos, rendendo sempre graças a Deus, que a sustentou em todo tempo. Ela conta como vê o cuidado do Senhor com sua vida: “Vejo um Deus que me ama de forma incondicional, apesar de mim mesma. Um Deus provedor, que não me deixou faltar nada, nesse tempo e ainda hoje. Um Deus que investe em mim, me ensina cada dia a depender Dele e a confiar que Suas mãos continuam estendidas. Me ensinou a não temer a morte. Na prática, que o viver é Cristo e o morrer é lucro”, declara.
Agora, ela faz questão de ressaltar a importância do mês e faz um apelo: “A mulher precisa fazer o autoexame de suas mamas, pois ela se conhece e é a primeira a observar algo diferente. Deve fazer os exames regularmente, principalmente quando existe casos da doença na família”, finaliza.