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Em 2015, aproximadamente mil venezuelanos moravam no Brasil. Com a acentuação da crise no país vizinho, em 2017, 17 mil pessoas atravessaram a fronteira para uma nova vida em nosso país. Neste ano, o número de venezuelanos em solo brasileiro alcançou 30 mil, segundo o IBGE.

Uma das histórias mais famosas da Bíblia é a saída dos hebreus do Egito. Moisés conduziu a libertação do povo de Deus em busca da terra prometida. No mundo contemporâneo, essa imigração, normalmente, é causada pela fuga de uma guerra ou pela busca de melhores condições de vida. Do Brasil, temos acompanhado de perto a situação dos venezuelanos que deixam em massa seu país de origem.

O fator determinante para o êxodo da Venezuela é a grave crise política, econômica e social que o país enfrenta há, pelo menos, três anos. Além do nível histórico da inflação (em julho, o FMI, Fundo Monetário Internacional, projetou o número de 1.000.000%, em 2018), a região sofre com o desabastecimento, crescimento da violência e da pobreza.

A BBC Brasil listou os cinco principais pontos do conflito: Crise do petróleo; Dependência das importações, controle cambial e sanções; Hiperinflação; Crise política; Poder militar e controle da imprensa. A situação é complexa. Há um intenso embate entre o governo Nicolás Maduro e a sua oposição. O resultado respinga na população do país.

O estado de Roraima tem sido porta de entrada para essas pessoas. A maior parte dos imigrantes permanece nas cidades da fronteira, principalmente em Pacaraima. O aumento considerável do fluxo e a quantidade de pessoas nessas localidades fez disparar os casos de brigas e linchamentos contra os venezuelanos: há casos de espancamento e brigas generalizadas por suspeita de roubo.

Para tentar conter a crise no município, o Governo Federal criou uma ação em parceria com a Agência da ONU para Refugiados, a Acnur, entidades da sociedade civil e prefeituras pelo país, para a chamada interiorização, que leva os venezuelanos para outros pontos do Brasil. Aqueles que aceitam, são enviados para cidades como Cuiabá, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e João Pessoa, para viverem em abrigos. Nem todos eles têm emprego garantido.

Os motivos de oração começam pelos temas citados acima, mas se ampliam à medida que mais família chegam ao Brasil, são transferidas, se concentram em outras cidades e que surgem novos capítulos da crise em nosso país vizinho. Ore por essas pessoas, seus empregos, familiares e país de origem. Que o Senhor tenha misericórdia e que essa situação seja resolvida sem mais danos às pessoas que tanto sofrem.

Dados: Agência Brasil, BBC Brasil, Portal G1.