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A importância do cristão ser atuante na sociedade

13
maio
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Existem algumas ponderações importantes a serem feitas quanto ao tema em questão. Em primeira análise, ele pressupõe que um determinado grupo, os cristãos, possuem uma importância no momento em que estes “atuam” ou “exercem” algo naquilo que chamamos de sociedade. Em uma perspectiva Aristotélica, a pólis (cidade-estado) é o bem mais elevado, devido este ser originado pela reunião dos diversos grupos que, associados, resultam na sociedade. Se a noção do discípulo de Platão for virtuosa, o que acreditamos ser, de imediato categorizaríamos, a partir do tema, os cristãos como partícipes da pólis, porém, com alguma peculiaridade e capacidade que são pertinentes a estes. Diante disso, vale ressaltar na continuidade da prévia política em Aristóteles, que este afirma pejorativamente ser “bruto ou divino”, o homem incapaz de viver em sociedade. De imediato é trazido a nossa memória a relutância por parte de muitos ditos “evangélicos”, que não compreenderam sua real importância na sociedade, tendo suas vidas quase que transcendentais ou gnósticas, não podendo se contaminar com a matéria presente. Em contrapartida, o nosso Santíssimo e Majestoso Senhor Jesus Cristo, rompe com todas as lógicas presentes na discursão do material e do imaterial, quando é concebido na barriga de uma mulher, mas gerado pelo Espírito Santo, e no momento do seu nascimento, crescimento e amadurecimento, este Homem Deus e Deus Homem vai ao encontro dos seres humanos presentes na cidade-estado e nos grupos da pólis aristotélica. O resultado disso? Uma atuação extraordinária dos atributos divinos no âmago social, seja pelo viés do amor, do perdão, da sabedoria, da compaixão, do poder, dos milagres, das curas, da restituição de uma vida sóbria, honesta e sã. Vale atentar que no caso em questão, ainda não estamos apreciando a atuação divina na redenção oriunda da cruz.

A partir do pano de fundo exposto na reflexão acima, notamos que nós, cristãos, discípulos e servos do nosso Mestre e Senhor Jesus, temos mais do que uma opção, temos um dever de ser como o nosso Mestre, de agir como o nosso Senhor, de seguir os seus passos, de sermos invadidos pela poeira dos seus pés. E nada melhor do que a compreensão de que tendo sido salvos pela atuação poderosa e graciosa do Espírito Santo, devemos agora como novas criaturas, viver e atuar significativamente na sociedade, a começar pelo levar as boas novas a todos os perdidos, anunciando a redenção presente na pessoa de Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida. Assim como sermos seres humanos, atuantes em todas as esferas sociais, dando a glória devida ao único que é de direito, a Santíssima Trindade, como bem nos expôs Abraham Kuyper, um dos mais extraordinários teólogos da tradição calvinista, seguindo os passos obviamente do reformador João Calvino, que sua reforma integral para com Genebra, até hoje é reconhecida e admirada.

O Brasil, atualmente, é terreno sedento desta atuação cristã. Mais do que nunca se ouve o clamor popular por redenção. O problema é que este clamor por redenção é direcionado ao estado, ao dinheiro, a liberdade, e a tantas outras coisas. Categorizando de imediato uma idolatria pagã, onde seres humanos caídos colocam sua esperança em tudo o que não é Deus. Por isso, convido vocês para que a partir deste momento, sejam abertos os seus lábios para anunciar a única e verdadeira redenção encontrada na pessoa de Jesus Cristo, e vivendo a partir desta realidade, servir com amor o seu eu presente no seu próximo, como diria Roger Scruton em seu livro O Rosto de Deus. Para glória e honra do nosso Senhor, viveremos uma transformação a longo prazo, porém iniciada de imediato por cada cristão, agindo consciente do poder do Espírito Santo, visando a majestade eterna do Pai. Acredite. Tenha fé. Prossiga. Ame.

Paz e Bem!

Salomão Lemos | salomaolemos@gmail.com

Fruto do penoso trabalho

25
jan
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Isaías 53. Uma das passagens que sempre que leio parece que estava “picando cebolas” é o capítulo 53. Realmente emocionante. É difícil escolher um versículo preferido dentre todos os 12 versículos que o compõem. Mas um dos que mais me atraem é o versículo 11 que diz:

“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.”

Meu irmão ou irmã, meus olhos se enchem de lágrimas quando leio esta passagem, e acho quase impossível isso não acontecer. Afinal, a motivação de nosso Senhor para levar a cabo toda a tortura física, emocional e espiritual, não foi outra (pois isso era cumprir a vontade de Deus) senão a alegria que lhe estava proposta: “apresentar-nos irrepreensíveis com alegria diante de sua glória”.

Eu era a sua motivação. Quero pedir um favor. Leia novamente esta frase devagar e em voz alta: Eu era a sua motivação. O motivo pelo qual o Rei do Universo suportou toda a humilhação autoinflingida foi ver-nos. E o mais lindo disso tudo é que, logo após abrir os olhos mais uma vez (para nunca mais fechar) na ressurreição, ele não apenas nos viu, mas, ficou satisfeito. Em minha imaginação fértil, o vejo dando um suspiro e sussurrando para si mesmo: valeu a pena. É amor demais.

Que nossa vida possa responder a cada dia que tudo realmente valeu a pena.

Guilherme Paz

Provisão

24
jan
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Isaías 7:15. Esta profecia, fala dentre outras coisas, sobre momentos em que Deus segundo sua soberania inverte a ordem natural do sistema vigente, neste caso a terra sendo “desamparada” e um homem mantendo apenas uma vaca e duas ovelhas ter delas leite suficiente para que não apenas ele se sustente, mas também todo o restante do povo. Ao olharmos para um dos cumprimentos desta profecia (o de Cristo), percebemos que Deus é quem sustenta os seus mesmo em momentos de confusão, desordem e crise. Podemos dizer que essa profecia se cumpre em Jesus porque Ele e sua família tiveram por vezes que depender da direção certeira de Deus assim como de sua provisão.

Quando Deus confere uma missão específica para alguém, uma coisa essa pessoa pode ter certeza, Ele mesmo dará o recurso necessário para o cumprimento dela. É Ele quem sustenta sua própria obra e missão. Nosso papel é confiar que Ele de fato será fiel ao que prometeu. Não é uma tarefa fácil. E ninguém disse que seria. Mas é fundamental. E, no fim, é maravilhoso comprovar que Ele realmente é fiel. “Fiel é o que vos chama o qual também o fará. ”

Guilherme Paz

Detalhes

23
jan
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Servimos a um Deus detalhista. Se você já leu o Antigo Testamento todo já pôde perceber o quão detalhista Deus é. Quando nos lembramos das ordenanças quanto aos utensílios, materiais, tamanhos, formas e tudo o que dizia respeito ao tabernáculo e posteriormente aos templos, uma coisa não passa despercebida: riqueza de detalhes. Quando vamos ao Novo Testamento percebemos da mesma maneira a atenção de Jesus aos detalhes, desde pequenas sementes que caem no chão, pardais e flores, que servem de belas lições, até um toque aleatório de uma mulher sofrida na “muvuca” (no bom “carioquês”) de uma multidão inquieta.

O nosso Deus é atento aos detalhes. E com a preparação para a vinda do nosso Senhor a este planeta não seria diferente. Na genealogia de Jesus Deus fez com que os nomes de grandes homens e mulheres fossem colocados junto com os nomes de pessoas nem tão grandes assim. Estou convicto, entretanto, de que nenhum deles foi sem propósito. Vemos desde um rei adúltero como foi o caso de Davi, até uma prostituta convertida, como foi o caso de Raabe. Assim, o que nos salta aos olhos não é uma galeria de pessoas nobres, mas uma galeria que só é nobre porque seu Organizador o é.  Isto se chama graça. Pessoas comuns e profundamente incapazes como nós sendo convidadas gentilmente por Deus para assumir um lugar de honra em seu plano eterno.

Bom, o convite foi feito.

Guilherme Paz

Salvação

22
jan
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Quanto mais caminhamos com o Salvador e aprendemos dele mais percebemos nossa total incompetência em salvar a nós mesmos. O texto de Isaías 7:14 inicia-se com uma afirmação que é essencial para a correta compreensão do evangelho. Diferente das outras religiões, onde o homem de alguma forma “misteriosa” vai até deus, no Evangelho é Deus quem vai ao encontro do homem. É Deus quem inicia a conversa e não o contrário. E isto fica claro neste versículo: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal”.

Já seria bom demais saber que Deus nos desejou a ponto de nos procurar, mas o texto não para por aí. O sinal descrito pelo profeta era que o próprio Deus não ficaria falando conosco de um Iphone 5S. Isso não era suficiente para Deus. Seu amor santo exigia mais. Exigia que Ele, que era reconhecidamente Criador, torna-se a si mesmo como uma de suas criaturas. De que outra forma Ele poderia revelar-nos seu amor se não se tornando como nós? Vivendo nossa vida, sofrendo o que sofremos? E como se não bastasse tudo isso, tocando em nossas feridas.

O sinal miraculoso era este: A virgem conceberá e o criador do universo se diminuiria a ponto de caber no útero de uma jovem. Grande a ponto de governar o universo, pequeno a ponto de esperar que alguém troque suas fraldas. Este é o Deus ao qual servimos. O Deus que não conhece limites e que consegue vez após vez tirar o nosso fôlego. Deus conosco. Emanuel.

Guilherme Paz

Inseridos nos propósitos de Deus

21
jan
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A Bíblia é, definitivamente, um livro fantástico! Quando nos deparamos com as histórias bíblicas somos constrangidos ao perceber um Deus que não é apenas soberano como também se importa com aqueles que se encontram sob sua soberania. Certa vez um erudito judaico fez a seguinte afirmação: “a ideia mais exaltada aplicada a Deus não é a sabedoria infinita, o poder infinito, mas o interesse infinito”. Servimos ao Deus que se interessa pela humanidade, não de forma leviana, mas por causa do seu amor.

No capítulo 18 de Gênesis vemos parte da saga de um homem que foi tirado do anonimato por esse Deus que se interessa. Esse mesmo interesse baseado no amor decidiu em algum momento da eternidade resolver o nosso problema capital enviando seu Filho para que recebesse a punição que cabia a nós. Neste esquema conduzido pelo seu amor, seu Filho viria e nasceria como um humano. Então, segundo sua sabedoria, aprouve a Ele separar uma família que guardasse suas ordenanças e através da qual, futuramente, Jesus entraria em nosso mundo como um de nós. E é aí que Abraão entra na história.

Deus é o Deus que se interessa não somente em nos salvar, mas também em nos fazer participantes com Ele do que Ele faz. Assim foi na vida de Abraão que por sua fé e obediência seria o primeiro da linhagem de Cristo. A promessa de Deus a Abraão era que nele seriam benditas todas as famílias da terra. Dessa forma Abraão não foi apenas justificado, mas também teve o privilégio de cooperar com a justificação de muitos. Conosco não é diferente, o Deus que se interessa nos vê, nos redime e nos concede o privilégio de participar da redenção de muitos.

Guilherme Paz

Jonas e Cristo

20
jan
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Ao analisarmos a vida de Jonas podemos ver algumas semelhanças com a vida de Jesus. Jonas foi um profeta de Israel enviado por Deus para pregar a uma nação rebelde e condenada, e por meio de sua pregação toda a cidade de Nínive se arrependeu e foi salva do juízo divino. Do mesmo modo, nosso Senhor Jesus foi enviado pelo Pai a um mundo condenado pelo pecado, para que por seu intermédio quem se arrepender e crer seja salvo do juízo vindouro.

No capítulo 12 de Mateus, o próprio Jesus deixa claro que Jonas é um tipo de Cristo, pois assim como Jonas passou 3 dias e 3 noites no ventre do peixe e saiu para continuar seu ministério, assim também, Cristo passou 3 dias e 3 noites no sepulcro mas ressuscitou para continuar sua obra trazendo vida e salvação ao que crê.

Gustavo Garabini

Melquisedeque e Cristo

18
jan
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Em Gênesis 14:18-20, podemos ver a breve aparição de Melquisedeque na história bíblica. Ele aparece após uma guerra como rei de Salém e sacerdote do Deus altíssimo, abençoa Abrão, recebe deste o dizimo e desaparece. No Salmo 110:4, Davi profetiza a respeito do Cristo  e diz que Ele seria sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

As escrituras retratam Melquisedeque sem genealogia, sem princípio nem fim de dias (Hb 7:3a). Ele era sacerdote aprovado por Deus antes que a linhagem sacerdotal existisse a partir de Levi. Por este fato, o autor de Hebreus, inspirado por Deus diz que ele (Melquisedeque) é semelhante ao Filho de Deus (Hb7:3b). Cristo é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque porque, assim como ele, Jesus não possui princípio nem fim de dias e não pertence a linhagem nem ao sistema sacerdotal dado ao povo por Deus no Sinai, em que após a morte de um sacerdote havia outro para substitui-lo. Ele é o nosso eterno sumo sacerdote.

Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos,

pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.

Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hebreus 4:14-16

Gustavo Garabini

Sansão e Cristo

17
jan
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Ao lermos Juízes 13, percebemos o início de uma história que tem tudo para ser promissora. Um menino nascido de uma mulher estéril, por meio de intervenção divina, que seria nazireu (consagrado, separado) desde o ventre e iria libertar o povo de Israel. A Bíblia relata que o menino cresceu, o Senhor o abençoou, e o Espírito de Deus começou a agir nele. Este era Sansão, o novo juiz que o Senhor havia levantado para libertar o povo.

Se continuarmos a história, percebemos que o menino que tinha tudo para dar certo cometeu muitos erros. Ele se apaixona por mulheres de outros povos não dando ouvidos aos seus pais, quebra seu voto de nazireu tocando em um leão morto e por fim acabou se apaixonando por Dalila que o convenceu a contar o segredo da sua força. No fim de sua vida Sansão é preso, tem seus olhos furados e se torna escravo dos filisteus. Em sua morte, ele pede a Deus força uma última vez e derruba o templo de Dagom matando a si mesmo e a todos os que estavam com ele. Este foi Sansão, um homem marcado por erros, mas que foi usado por Deus para iniciar a libertação de Israel.

Muitos anos depois, outro menino nasceu. Como Sansão, Ele também foi anunciado por um anjo aos seu pais e foi concebido de forma sobrenatural. Ele veio para trazer definitivamente a libertação para o povo de Deus e ao contrário de Sansão, foi obediente em toda a sua vida até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao seu nome se dobre todo joelho nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Ele é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Este é Jesus, O Cristo, que veio trazer verdadeira libertação a todo aquele que crê. Aleluia!

Portanto, se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36

Gustavo Garabini

O anjo do Senhor

16
jan
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O Anjo do Senhor é uma figura que aparece algumas vezes no antigo testamento e nem sempre recebe a atenção devida. Diferente de outros anjos, Ele é apresentado em determinadas situações como o próprio Deus e em outras como sendo distinto de Deus Pai. Um dos casos que demonstram isso é o de Juízes 6, em que Gideão se encontra com o Anjo do Senhor.

No início desse encontro, o Anjo fala do Senhor na terceira pessoa (v.12), mas quando Gideão responde, o próprio Senhor fala com Gideão em primeira pessoa (v.14-16) e já no fim do capítulo o Senhor, diz que Gideão não morreria (v. 23). O Anjo do Senhor é reconhecido como o próprio Senhor e ao mesmo tempo é distinto do Senhor, o que nos leva a conclusão de que Ele é Deus, mas não na figura do Pai.

As aparições do Anjo só são mencionadas no Antigo Testamento, sendo que após a encarnação do Cristo, mesmo a Bíblia citando anjos, o Anjo do Senhor não aparece mais, o que já é uma bela indicação de que este anjo é o próprio Cristo. Analisando outros textos vemos que Ele é definitivamente identificado como o próprio Deus (Gênesis 16:7-13; 18:2,10,13; 22:10-12,15-18; Êxodo 3:2-6,14,18; Juízes 2:1,5; 6:11,14,16), é reconhecido como Deus (Gênesis 16:9-13; Juízes 6:22-24; 13:21-23, cf. Gênesis 32:24-30 com Oséias 12:4), descrito como termos próprios de Deus (Êxodo 3:2,5,6,14; Josué 5:15), chama a si mesmo de Deus (Gênesis 31:11,13; Êxodo 3:2,6,14,15), recebe adoração (Josué 5:14; Juízes 2:4,5), é chamado por título messiânico (Juízes 13:18; cf. Isaías 9:6) e é descrito como Redentor (Gênesis 48:15,16; Isaías 63:9).

Gustavo Garabini