Sementes: Gênesis 43 – 12/09/14
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Parece, mas não é o fim!
“Quase todos podem suportar a adversidade, mas se quereis provar o caráter de um homem, dai-lhe poder.” – Abraham Lincoln
A citação anterior, ou alguma variação da mesma, é bem conhecida popularmente e uma rápida avaliação lhe confere veracidade. O “poder” aqui na terra possui várias faces; pode ser dinheiro, classe social, nível hierárquico no trabalho, posição familiar, vitalidade física, beleza, habilidade de persuasão, poder individual, poder coletivo, e assim por diante. Por nossa natureza corrompida certamente utilizaremos a condição de “poder” para benefício próprio, alimentar nosso orgulho, subjugar o próximo, obter vingança, impor respeito através do medo, agir sem amor.
A história de José tem dois momentos que contrastam entre si pela maneira que o poder foi utilizado e são manifestações do caráter dos protagonistas. O primeiro ocorre movido por um sentimento de inveja com a armadilha articulada pelos irmãos de José para matá-lo e finalizada com sua venda como escravo. Posteriormente temos o momento em que José é o governador do Egito, responsável por toda administração, especialmente em relação à venda de alimentos nos anos de fome e que em determinado momento tinha seus irmãos diante de si.
No capítulo 43 de Gênesis temos o relato da segunda jornada dos irmãos de José ao Egito, agora com porte do irmão mais novo, Benjamim, filho da mesma mãe que José. Nesse ponto, José já tinha reconhecido seus irmãos, e já tinha plena consciência do seu papel na história em vista dos sonhos de Deus, revelados na sua adolescência. Ainda assim, José tinha em suas mãos poder para fazer o que bem quisesse com seus irmãos que um dia o traíram, mas ele usou disso para testar o caráter deles. Isto é observado no cumprimento da exigência de levarem Benjamim como contraprova da acusação lançada por José e também pelo tratamento especial dado a Benjamin durante o almoço, e que não incitou nenhuma murmuração pelos demais, pelo contrário houve alegria. Ali eles reconheciam a sua posição de carência, e que aquele tratamento era somente por graça da parte de José.
O favor de Deus, juntamente com as circunstâncias impostas, foi fundamental para trabalhar o caráter tanto de José quanto de seus irmãos. José através de todo sofrimento, foi lapidado para ser o homem que futuramente livraria sua família da extinção. Talvez nos encontremos em uma situação de grande dificuldade, dor, ansiedade, com poucas expectativas, mas que possamos utilizar desses momentos, através da meditação na Palavra e oração, para que Deus trabalhe em nosso caráter a fim de que possamos executar a obra que Ele tem reservada para nós. Talvez precisem ser tratadas falhas como a inveja, o orgulho em suas múltiplas manifestações, a idolatria, a ansiedade, a incredulidade, a falta de amor e sabedoria, mas tudo para nos tornarmos, a cada luta, mais parecidos com Jesus Cristo.
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. ” – 2 Timóteo 3.16-17
Euler Dias
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