Sementes: Gênesis 41 – 10/09/14
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O tempo de Deus e os sonhos dos homens
O capítulo 41 de Gênesis é um marco na vida de José. Aquele que antes tinha sua vida muito marcada por sofrimento, agora contempla uma “virada de mesa”. Observemos a história de José: filho caçula muito amado de seu pai Jacó. Foi traído por seus irmãos por causa de inveja e vendido como escravo. Passou sua juventude servindo a Potifar, um egípcio, sendo escravo em sua casa. Como escravo, foi tão bom que recebeu de seu senhor o posto de governante da casa. Além de extremamente competente, o jovem José era fiel. A esposa de Potifar tenta seduzi-lo, mas ele foge. O jovem não traiu seu senhor. Como recompensa recebeu uma acusação injusta: a mulher disse a seu marido, que José a havia assediado. Não era verdade, era o contrário! Mas Potifar não acreditou em José e mandou prendê-lo. O jovem agora, mais uma vez, estava no fundo do poço. De filho querido, passou para escravo, de escravo para presidiário. Acontece que, como de costume, José foi o melhor presidiário. Tão bom e fiel, que o chefe da guarda não o tratava como criminoso, mas confiava nele a ponto de deixar com ele a chave da cadeia.
A história de José nos ensina muito. Primeiro, não devemos “ser quem somos” e “agir como agimos” por recebermos recompensas dos outros. Fazer o certo é sempre certo, mesmo que ninguém o faça. Não fazemos o que fazemos para parecermos corretos, nem para recebermos dos homens reconhecimento. Buscamos a aprovação de Deus, sempre.
Em segundo lugar aprendemos que fazer o que é certo pode nos custar caro. José sofreu muito por agir com fidelidade. A razão disso é que, para este mundo, ser fiel, quando outros agem de má fé contra nós, é loucura. Para este mundo, devemos amar quem nos ama, fazer o bem a quem nos faz bem. Acontece que nosso padrão não é este mundo, mas Cristo. Ele não amou quem o amava e não fez o bem a quem o queria bem. Antes, nos amou primeiro, quando ainda éramos pecadores. Ele nos amou quando ainda éramos seus inimigos, filhos da ira, e nos deu vida, nos perdoou e nos restaurou. Só pelo que Cristo fez em nós, podemos ver quem Ele é: o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus, que nos amou e salvou, nos manda amar nossos inimigos, como fez conosco, e orar por quem nos persegue, assim como Ele fez. Assim também devemos agir, entendendo que agradar a Deus vale a pena. Este é o terceiro ensinamento da vida de José.
Demorou, mas José recebeu do Senhor grande recompensa: agora, o ex-escravo é o primeiro-ministro do Egito. Deus tinha um plano na vida de José. José creu nisso, não questionou ao Senhor e, no fim das contas, percebeu que havia valido a pena, pois até o que era ruim Deus havia transformado em bênção.
Não somos José, nem vivemos no Egito. Já se passou muito tempo desde que a história de José aconteceu. Por isso, não devemos entender que Deus irá nos colocar no melhor lugar da empresa por ter feito isso com José, ou achar que seremos reconhecidos aos olhos dos homens, por ter sido assim com José. Nem mesmo José pensava assim, pois, se pensasse, com certeza teria desistido no seu primeiro desafio. Devemos lembrar que José viveu o primeiro lado da moeda, onde todos aguardavam ansiosamente pela vida de Jesus. Cristo já veio! Somos privilegiados por termos “visto” o Deus encarnado através de seu Evangelho. Se José, que viveu antes de Cristo, compreendia que o maior tesouro receberia do Senhor, quanto mais nós, que o conhecemos. Devemos crer na promessa da Terra Prometida, a Nova Jerusalém, o lugar onde não haverá choro. Lá habitaremos com o nosso Salvador e o veremos face a face. Creia, meu irmão, e fortifique seu coração, pois sofrer por Cristo vale a pena. Nossa recompensa é certa: receberemos dEle a coroa da vida.
Israel Abreu
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