Menu

Todo pecado conhecido e não abandonado é um obstáculo ao aviamento

Existem os pecados de língua como: 

1- IRREVERÊNCIA

A irreverência leva à profanação, que anexa vulgaridade, blasfêmia e palavras de duplo sentido. Inclui expressões de nomes, gírias e adjetivos que têm origem na luxúria, na imoralidade e até mesmo em palavrões, que, com o passar do tempo, acabam sendo “aceitos” como “normais”. Além disso, a Palavra de Deus, a igreja de Deus, o lugar de reuniões (o templo) e o que envolve o ambiente de adoração e serviço ao Senhor é tratado com descaso e desrespeito, dando lugar a um “palavrório” que em nada edifica, pelo contrário, contamina e perturba a muitos.

Cuidado boquinha com o que fala, e dedinho com o que digita. Um cristão cheio do Espírito eliminará a linguagem tosca, duvidosa, imoral e profana. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” (Ef 4.29-30)

2- MENTIRA

A mentira é um pecado sutil, torna-se um vício e separa a pessoa da intimidade com Deus. Costuma-se até justificar a mentira dizendo: “é uma mentirinha branca, pois eu não conto nenhuma fake news ‘cabeluda’ ou para chocar alguém”. Na Palavra de Deus, mentira é mentira, não importa quantos fios de cabelo tenha. Quem anda segundo os desejos da carne e se diz discípulo de Cristo, é religioso e mente sem sentir nenhum constrangimento. A mentira é uma grande tentação e muitos caem nela na tentativa de sair de alguma dificuldade ou de circunstâncias embaraçosas.

Também existe a tentação para se usar termos ambíguos, exagerar os fatos, espiritualizar coisas, aumentar experiências, subestimar ou superestimar situações e comunicar falsas impressões. O Espírito Santo nos guia à verdade. E a Palavra de Deus nos ordena: “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, pois vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Cl 3.9-10). 

3- MURMURAÇÃO

A murmuração destrói a alegria e dissolve as boas atitudes. Espiritualmente, é perigosa e mortal. O livro de Números, no Velho Testamento, poderia também ser chamado: crônicas dos murmuradores. Os filhos de Israel murmuraram contra Moisés, Arão e o próprio Senhor, que os libertaria do cativeiro egípcio. Ela revela um coração soberbo e ingrato, rebelião contra Deus, contra as circunstâncias e contra o próximo, e azeda a si mesmo. Logo, é um pecado contra si mesmo. 

É urgente que o murmurador mude da casa da murmuração para a casa da gratidão. A cura para a murmuração inclui duas atitudes: (1) “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;” (Fp 2.24); (2) “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (I Ts 5.18)

4- CRÍTICA

Todos precisam de críticas, pois todos somos imperfeitos e temos pontos cegos. A crítica pode vir de pessoas perversas, e muitas delas são feitas pelas costas, “descaridosamente”, procurando deslustrar a pessoa. Trata-se de um pecado que entristece o Espírito. Geralmente, o crítico faz isso, pois considera a pessoa inferior a ele, sente inveja, ciúmes, ou está amargo com as conquistas do outro. 

A crítica impiedosa no lar, na igreja ou em sociedade muitas vezes é apenas para  ferir, agredir, destruir e tentar desconstruir pessoas. Temos de alertar sobre erros, condutas erradas, descaminhos, mas devemos fazê-lo no temor do Senhor e no respeito ao irmão e ao próximo. 

“E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis. “Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção. Porque quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça o bem; Busque a paz, e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.”  (I Pe 3.8-12)

(Na próxima edição do boletim, trabalharemos esse mesmo tema, tratando os pecados do pensamento)

– Pr. Jeremias Pereira – Pastor Titular