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Estudos e artigos

O SENHOR VOLTARÁ TRIUNFANTE

(Malaquias 4) 

 A promessa da volta triunfante de Jesus é o tema que atravessa as páginas da Bíblia e encontra um ponto culminante nas palavras proféticas de Malaquias, especialmente no capítulo 4. O livro de Malaquias fecha o Antigo Testamento com uma exortação vigorosa e uma esperança vibrante: o Senhor voltará! Não haverá confusão, não haverá dúvida, Ele retornará de maneira gloriosa, manifestando justiça e retidão. Esse é um convite a nos prepararmos, a estarmos vigilantes, pois esse dia virá como um ladrão durante a noite, mas trará consigo uma luz de justiça incomparável. 

Malaquias 4 nos coloca diante de uma visão tremenda: o Dia do Senhor. A imagem que o profeta traz é poderosa e cheia de contrastes. Malaquias começa dizendo: “Porque eis que vem o dia ardente como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem perversidade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará” (Malaquias 4.1). Essa é uma advertência clara. Não haverá escapatória para aqueles que se rebelam contra Deus, para aqueles que vivem em desobediência e arrogância, confiando em suas próprias forças. 

A mensagem é simples e direta: o Senhor virá com justiça, separando os justos dos ímpios. Aqueles que se recusam a andar em retidão e humildade perante Ele, experimentarão as consequências de sua escolha. Este dia, o dia da volta do Senhor, será um momento de juízo, em que a soberba e o pecado serão consumidos como palha em uma fornalha ardente. 

Por outro lado, para os que temem o nome do Senhor, a profecia de Malaquias é uma promessa de esperança e redenção: “Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo cura nas suas asas” (Malaquias 4.2). O que isso significa? Significa que, para os fiéis, a vinda do Senhor será como o romper do sol, trazendo alegria, luz e vida. A justiça de Deus brilhará sobre aqueles que o amam e guardam Seus mandamentos, e eles experimentarão cura, restauração e uma alegria que jamais terá fim. 

A profecia de Malaquias alerta sobre a volta de Jesus, o Filho de Deus, que prometeu retornar para estabelecer Seu Reino de forma plena e definitiva. Sua primeira vinda foi marcada pela humildade e pelo sofrimento, pois Ele veio como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Mas Sua segunda vinda será diferente. Ele voltará como o Leão da tribo de Judá, triunfante, cheio de glória, e todos os olhos o verão. 

Jesus mesmo afirmou em várias ocasiões que retornaria. Em Mateus 24.30, Ele declarou: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória“. A volta do Senhor Jesus será um evento que ninguém poderá ignorar. Um momento grandioso, em que todos — tanto os que creram quanto os que rejeitaram — verão a manifestação de Sua majestade e poder. 

Essa certeza de que o Senhor voltará deve nos mover a uma vida de vigilância e santidade. Não podemos permitir que o sono espiritual nos envolva ou que as distrações deste mundo roubem nossa atenção daquilo que realmente importa: estarmos preparados para encontrar o Senhor. 

Vivemos em um mundo cheio de incertezas. Guerras, doenças, injustiças, catástrofes e o aumento da maldade parecem dominar as manchetes. Contudo, para os cristãos, essa não é a nossa esperança final. Não nos desesperamos com as dificuldades, pois sabemos que a história está nas mãos de Deus, e o final já foi escrito: Jesus voltará! 

Essa expectativa deve moldar a forma como vivemos agora. Não devemos ser consumidos pelos problemas temporários deste mundo, mas viver com a convicção de que um dia estaremos diante do Senhor Jesus, e toda lágrima será enxugada. Como o apóstolo Paulo escreveu em Filipenses 3.20: “Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo“. 

No entanto, como vimos em Malaquias 4, esse dia também será de juízo. Haverá uma grande separação entre aqueles que temeram ao Senhor e os que o rejeitaram. Jesus, em Sua parábola das ovelhas e dos bodes, deixa claro que haverá uma distinção definitiva entre os que viveram para Ele e os que viveram para si mesmos. Aqueles que se recusaram a reconhecer Jesus como Senhor enfrentarão as consequências dessa escolha. 

Para os justos, o dia do Senhor será o cumprimento de todas as promessas de Deus. Eles experimentarão a plenitude da salvação, o gozo eterno na presença do Senhor Jesus. Mas para os ímpios, será um dia de angústia e condenação, um dia em que perceberão a gravidade de suas escolhas e a eternidade das consequências. 

Diante dessa realidade, temos uma grande responsabilidade. Sabendo que o Senhor voltará triunfante e que o destino de cada pessoa será determinado pela sua relação com Cristo, somos chamados a proclamar essa verdade ao mundo. O Evangelho deve ser pregado com urgência, para que todos tenham a oportunidade de se arrepender e se voltar para o Salvador. 

O dia do Senhor está se aproximando. Jesus Cristo voltará triunfante, cheio de glória, para trazer redenção aos que o amam, e juízo aos que o rejeitam. Essa certeza deve nos motivar a viver de maneira vigilante, aguardando com perseverança aquele dia, mas também comprometidos em proclamar o Evangelho e viver em santidade. 

– Pr. Eloízio Coelho – Pastor Auxiliar