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Estudos e artigos

O RICO E LÁZARO – AINDA HÁ TEMPO!

Se você, porventura, se atrasasse para um embarque, quer seja para uma grande viagem de negócios ou mesmo para uma breve visita, e o motivo do atraso não fosse devido a nada extraordinário e sim por um descuido pessoal, com toda certeza você iria ao guichê (ainda ofegante da correria na tentativa de diminuir o atraso) e gostaria de ouvir o funcionário dizendo: “Sr(a), ainda há tempo! Pode embarcar.” Do contrário, teria algum prejuízo remarcando a viagem ou mesmo cancelando algum compromisso. Certamente, um incidente como esse levaria a um arrependimento e também a uma breve reflexão de prioridades e, possivelmente, pensaria em que atitudes você deveria ter tomado para não se atrasar.

A parábola contada por Jesus também fala sobre arrependimento. Ele apresenta um contraste entre dois personagens: Um homem muito rico e Lázaro, que destacadamente era muito pobre. A história deixa implícito que o homem rico não fez nada para salvar sua família e muito menos aliviar Lázaro da miséria e degradação absolutas, mesmo tendo oportunidades e condições para fazê-lo em vida. Já Lázaro era um homem piedoso.

O desfecho dessa parábola segue com a morte dos dois e o destino deles é destacado, também, com o contraste: o homem rico foi para o inferno, com agonias e tormentos eternos, enquanto Lázaro desfrutava da companhia de Abraão em paz.

No caso do homem rico da parábola, seu arrependimento de nada adiantaria, pois era tarde demais. Seu esforço em pedir auxílio para avisar sua família do triste destino que lhe sobreveio era em vão. Suas posses e riquezas não valiam nada naquele lugar; sua vida, outrora farta de prazeres, já não servia de alento diante de uma eternidade de sofrimento. Para aquele homem não havia mais tempo.

Um grande ensinamento podemos extrair dentre tantos outros dessa parábola: só temos tempo para arrependimentos do lado de cá da eternidade.

Aquele homem revela uma grande preocupação em alertar sua família quanto ao risco do sofrimento eterno que o assolava, mas já era tarde demais. Por mais que possamos concluir que seu sentimento fosse genuíno, seu arrependimento não poderia mudar mais nada.

Depois de ter vivido uma vida de forma irrefletida, regida por imediatismos e prazeres momentâneos, insensível ao cuidado para com o próximo e centrado em suas luxúrias, estando do outro lado da eternidade, ele reconheceu que trocou o eterno pelas riquezas efêmeras. Quem verdadeiramente era afortunado? Lázaro! A possibilidade de viver uma vida que o salvasse e também a sua família já havia se passado e, infelizmente, era tarde demais.

Tratamos com urgência as nossas necessidades pessoais. A busca por prazer, prosperidade e realizações não é de todo mau, mas pode ocupar tempo demais em nossa agenda. Podemos relevar o investimento nos valores eternos, por tratar com urgência os anseios imediatistas. Trate com urgência aquilo que não é negociável e nem perecível. Invista no seu relacionamento com Deus, invista na vida da sua família; invista em vidas.

Jesus conta essa parábola para ensinar que ainda há tempo. Essa é a boa notícia! A hora certa de responder a um chamado é quando esse é feito do lado de cá da eternidade, por isso este é o tempo de alegria. Estamos vivos e com Jesus sempre há esperança.

Por isso, nos alegremos! Ainda há tempo de mudar de vida, reprogramar a rota do GPS que outrora estava levando sua vida a uma estrada repleta de fracassos no seu relacionamento com Jesus e de quem Ele tem colocado à sua porta.

Ainda há tempo de pedir perdão, ainda há tempo de perdoar e seguir adiante, ainda dá tempo de lutar pela família. Ainda há tempo de você mudar, melhorar, ser mais generoso, amável e mais alegre. Ainda há tempo de conhecer mais a Jesus, orar mais, falar mais dEle, desfrutar de uma vida de paz com Ele aqui e do outro lado da eternidade também.

Tiago Torres ∙ Licenciado