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Martyn Lloyd Jones disse: “Aqueles que conhecem a Bíblia não deveriam estar surpresos com o estado atual do mundo.”. A Palavra de Deus nos mostra que, como cristãos, podemos viver sob qualquer forma de governo. Ainda que, como estrangeiros, nossos direitos sejam limitados no que diz respeito a este mundo. Mas enquanto cidadãos dos Céus, temos uma lealdade mais elevada, e isso deve colidir com nossas responsabilidades perante os potentados terrenos.  

Foi isso o que aconteceu quando o sinédrio ordenou a Pedro e a João a não mais pregarem no nome de Jesus. O próprio Jesus os tinha comissionado, por isso, não podiam deixar de contar as coisas que haviam visto e ouvido (Atos 4.19-20). 

Vejamos o exemplo do próprio Cristo. No momento difícil, Ele evitou o choque com o poder imperial romano, ao recomendar: “Dai, pois, a César o que é de César, a Deus o que é de Deus.” (Mateus 22.21). A Bíblia é muito clara ao afirmar que Deus instituiu as autoridades terrenas para que mantivessem a ordem e a legalidade (Romanos 13.1-7). 

A responsabilidade do cristão enquanto residente temporário na terra é submeter-se de boa vontade às instituições humanas. Assim o fazemos não porque tais instituições sejam boas. Elas podem estar mui distantes do ideal bíblico. O império romano em nada diferia das ditaduras modernas. Não obstante, Pedro e Paulo exortam aos crentes a acatarem-lhe as leis. Assim procedemos, não para agradar ao governo, mas a Deus. 

Uma breve observação da história é suficiente para demonstrar que o cristão nada obtém de real ao envolver-se em atividades subversivas, ainda que pacíficas. Ao sujeitar-nos aos soberanos e governantes terrenos (1 Pedro 2.14), reconhecemo-los como enviados por Deus. Isso significa que Ele, o Senhor, é que detém o controle de tudo. 

Neste ano, como em todas as vezes, a ansiedade nos envolve de maneira que antecipamos todos os nossos sofrimentos. Como cristãos, todas as nossas expectativas devem estar no Senhor Jesus. Voltando à frase do início: “Aqueles que conhecem a Bíblia não deveriam estar surpresos com o estado atual do mundo”, o que isso significa? Qual seu envolvimento com a Bíblia? Ela tem lido seu coração? Ela tem sido sua regra de prática diária?  

Respondendo a essas perguntas você poderá tomar suas decisões (positivas) neste novo ano. Promessas de Jesus temos: “eis que estou com vocês até a consumação dos séculos”. Spurgeon escreveu: “A ansiedade não tira o problema de amanhã. Ela só tira a paz de hoje”. 

– Pb. Denilson Maia – Presbítero