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Amigos, hoje eu fazia minha caminhada diária no meu bairro e fiquei chocado com o nível de reclusão e medo que notei entre meus vizinhos. Somos uma comunidade de 586 famílias, e praticamente todas estão de portas e janelas fechadas. Eu não consegui ver quase ninguém fora de suas casas. Minha cidade tem 80 mil pessoas e apenas um caso de coronavírus até agora. No entanto, o pânico agora é geral.

Senti-me compelido a escrever algumas palavras para todos vocês, na esperança de motivá-los a usar este tempo para crescer em sua fé e testemunho. Deus tem um plano em todas as coisas. Ele está vivo e não é indiferente ao sofrimento de seu povo. Ele quer usar você e eu para sermos embaixadores da esperança e da fé durante este tempo de angústia no mundo.

Decidi, então, escrever um breve texto sobre a história dos dois vírus que estão nos afetando hoje. Aqui estão meus pensamentos sobre este assunto:

1. A história do coronavírus
Isso é uma coisa horrível que tem nos aterrorizado nos últimos quatro meses. Tudo começou na China e agora é uma calamidade global. Enquanto escrevo este texto, estou verificando as estatísticas atualizadas apresentadas pelo Hospital John Hopkins. Até agora, o coronavírus teve um total de 214.675 casos confirmados em uma população mundial de 7,6 bilhões de pessoas. Do total de casos confirmados, 83.313 estão completamente recuperados e 8.732 morreram. Isso é trágico e muito triste!

Nesses quatro meses, a população global cresceu em um total de 43,2 milhões de habitantes, e o número de mortes em todo o mundo foi de 6,14 milhões de pessoas (ou 153,9 mil por dia). Estas são as estatísticas oficiais fornecidas pelo Banco Mundial.

O coronavírus, no entanto, é uma coisa muito ameaçadora, não tanto pela quantidade de pessoas infectadas, mas porque ainda não sabemos como lidar com isso. A incerteza gera a possibilidade de algo muito mais drástico e calamitoso.

Como cristãos, devemos orar por aqueles que sofrem a calamidade da doença, por suas famílias e amigos que estão em grande angústia, e esperar que uma vacina seja desenvolvida rapidamente para evitar tanta dor e tristeza. Também devemos seguir a sábia recomendação dos especialistas em saúde, em posição de autoridade, para melhorarmos o bem-estar comum de nosso ambiente.

2. O conto do vírus do medo
Esse vírus nº 2 está afetando quase toda a população global. Embora apenas uma pequena parte da população mundial tenha sido contaminada pelo vírus nº 1, ele, devido ao seu perigo, ao fato de ser novidade e à falta de tratamento conhecido, tem afetado a nossa mente de uma maneira tão poderosa que tem produzido um vírus secundário e muito mais devastador: o vírus do medo. Ele está dominando a mídia global e está afetando os relacionamentos, interações sociais, ambiente religioso, e está destruindo a economia mundial a um ponto em que estamos à beira de uma grande depressão econômica.

A principal questão para nós, cristãos, é: como lidar com esses dois vírus?

Paulo, na minha opinião, nos dá a resposta em Colossenses 1.9-12. Segundo ele, devemos lidar com situações desafiadoras da vida usando dois recursos básicos: oração e boas obras.

As pessoas, no caso do vírus nº 1, precisam de nossas orações. Devemos orar por aqueles que estão doentes, por sua rápida recuperação, por suas famílias, para terem forças para passar pelos momentos difíceis que estão sendo forçados a enfrentar; e devemos nos alegrar com o grande número de pessoas que já se recuperaram da doença e passam bem.

As pessoas do vírus nº 2 também precisam de nossas orações. Eles têm que superar o medo. A vida continua para todos nós que estamos saudáveis. O medo é um sentimento humano natural diante do desconhecido, mas ser dominado por ele não é apenas mentalmente problemático, mas espiritualmente mau. Vencemos os males do medo com as armas da fé, coragem e atitudes audaciosas de amor e bondade para com os outros. Temos que vencer o mal lutando em nome do bem.

Para nós, cristãos, vida e morte são termos relativos. Paulo disse em Filipenses 1.21: “Para mim, viver é Cristo, e morrer é ganho”. Isso é verdade. Se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. A formidável boa notícia que temos que incorporar em nossa vida cristã é que realmente não importa se vivemos ou morremos. O importante é que pertencemos ao Senhor.

Para aqueles que ainda não são cristãos, a morte é uma proposta muito assustadora. As pessoas que sofrem do vírus nº 2, que não são seguidores daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, têm muito medo de morrer. Suas fontes de segurança estão abaladas neste momento. Elas estão se perguntando sobre o futuro e só podem ver um ponto de interrogação à frente delas.

Elas estão muito mais abertas agora para uma alternativa que lhes traga paz e certeza na vida e depois da vida do que estavam antes. Para esse grupo, devemos responder com muita oração em favor deles e com atos de bondade que possam abrir seus corações à maravilhosa mensagem de salvação em Jesus Cristo.

Podemos ficar confinados em nossas casas e condomínios fechados, mas somos livres para amar. Oro para que todos aproveitemos a oportunidade para compartilhar uma refeição, prestar um testemunho positivo, fazer alguns gestos de amor e compaixão pelas pessoas ao nosso redor durante os próximos dias e semanas. Andar a primeira milha é algo normal e esperado, e muitos estão fazendo isso, mas andar a segunda milha é o fator inesperado que irá confundir as pessoas e abrir suas mentes para o Evangelho.

Irmãos e irmãs, encontrem uma maneira amável de mostrar ao próximo que você se importa com ele. Eles estão desesperados e dominados pelo vírus do medo. Você não pode pegar essa doença! O verdadeiro amor de Cristo já expulsou o medo da sua vida! Prudência é algo necessário e muito bom. O medo, todavia, é destrutivo porque fecha as oportunidades para você amar.

Vamos usar esta triste situação ao nosso redor como uma oportunidade de trazer alegria aos céus e para as pessoas que venham conhecer a Cristo por meio de seus atos de bondade e de suas fiéis palavras de testemunho.

Que Deus nos abençoe!

Pr. Elias Dantas
GKPN (Global Kingdom Partnership Network)