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Gosto muito de celebrar casamentos. Nesses muitos anos que tenho como pastor, já tive a alegria de celebrar vários matrimônios. Na cerimônia, alguns momentos são especiais: a entrada da noiva, a entrada das alianças e os votos do casal.

Em mais de 200 casamentos que já celebrei, alguns votos foram realmente muito bonitos, emocionantes; outros foram engraçados e alguns foram simplesmente repetidos. Mas, em todo casamento que celebro, é fundamental que os noivos coloquem em seus votos que, esse compromisso é até que a morte os separe.

Quantos casamentos assim você já assistiu? Já se emocionou com os votos também? Tudo fica muito lindo na cerimônia e nos vídeos, mas, infelizmente, cada vez mais esses votos são quebrados. O amor eterno dura até que venha a primeira briga, ou até o casal não estar mais disposto a pagar o preço para superar as dificuldades. Não quero entrar no mérito dos motivos que levam um casal a se separar. Mas o ponto que quero abordar é, que muitos daqueles votos, quando feitos, foram com paixão e com o real desejo de que fossem reais.  Mas, por incrível que pareça, aquele amor incondicional e quase incalculável pode acabar.

Mas existe um outro tipo de amor que também pode se esfriar. O nosso amor por Jesus. Já viu pessoas fazendo grandes declarações de amor a Jesus e, pouco tempo depois, são encontradas fora da igreja e longe d’Ele?

São duas situações que muitas vezes não tratamos com a devida atenção. Não imaginamos que nosso casamento pode estar em risco e nem pensamos que nossa fé possa se esfriar.

Mas a Palavra de Deus, em Mateus 24.12, nos diz que, no início das dores, a perseguição à igreja e o aumento da maldade serão tão grandes que até mesmo os eleitos podem se esfriar, e que para isso não ocorrer, o tempo do fim será abreviado.

Já parou para pensar nesse texto com seriedade? Jesus está nos dizendo que uma grande perseguição, que dura um tempo muito grande, tem a capacidade de esfriar o nosso amor por Jesus.

Se por um lado temos esse alerta, por outro encontramos nas mesmas Escrituras um ensinamento que nos aponta um caminho de perseverança. Esse caminho passa por uma vida devocional consistente, por estarmos ligados ao Corpo de Cristo, por vivermos um Evangelho que une teoria e prática e por uma submissão à soberania de Deus, aprendendo a dar graças por todas as coisas que nos acontecem.

Aprender a enxergar de maneira correta as dores nos ajuda a suportar as provações e nos capacita a auxiliarmos outros crentes que estejam passando pelo mesmo problema.

Vigie para que seu amor não se esfrie.

Pr. Eduardo Borges – Pastor Auxiliar