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Pr. Jeremias

Mensagem para o fim de 2020

Caracterizado como o ano do covid-19, coronavírus ou “coronga” e outros apelidos bem humorados que o maléfico vírus foi chamado aqui, ali e acolá. O ano de 2020 sempre esteve debaixo da soberania do Supremo Criador. Nada absolutamente pode ser dito que o Grande autor do universo e da salvação, por intermédio da cruz e da ressurreição de Cristo, foi apanhado de surpresa. 

Ele comanda o tempo e as estações. Nada o surpreende e o deixa sem ação. O ano de 2020, também por intermédio da pandemia, mostrou a fragilidade, a pecaminosidade e a incapacidade humana de lidar com sua própria existência. Podemos relembrar por meio do salmo 90 que a vida é frágil, breve, apenas uma  fração infinitesimal da eternidade que está no Deus vivo e verdadeiro, o refúgio seguro de seus discípulos de geração em geração.

No ano de 2020, a violência do coração humano, as batalhas muitas vezes sádicas por poder, influência financeira, política e desejo de ser elevado à categoria de Deus foi expresso no Judiciário, Legislativo e Executivo. “Ri-se deles o Senhor”.

Neste ano de 2020, os templos fecharam por meses e todas as igrejas que perceberam as oportunidades se tornaram “glocais”: locais e globais. Líderes que desprezam as mídias sociais, a tecnologia dos smartphones e outros aparatos tecnológicos tiveram que enfrentar e renunciar discursos legalistas, e partiram para as pregações on-line.

Cada cristão, família e igreja descobriu, em 2020, o desafio, a oportunidade, a bênção do tempo de estar em casa com suas famílias para vencerem o discurso carnal: ‘não oramos porque não temos tempo’. O tempo nos foi dado e tivemos que ficar em casa. Quem percebeu, aproveitou; quem não percebeu, não percebeu, e segue  idolatrando-se na sua maledicência, murmuração e fraqueza espiritual. 

Muitas mortes em 2020. Uma tristeza, um luto global e uma ênfase da mídia desesperadora para roubar a esperança das nações (muitas vezes o diabo trabalha escancaradamente e não só na surdina). Um ano de sofrer a morte de irmãos, parentes, amigos, prantear por desconhecidos.

Muitas tensões financeiras para cidades, estados, nações, igrejas e pessoas em particular. Os lockdowns acabaram levando empresas à quebradeira em muitos lugares. Outras empresas e pessoas se reinventaram no ano de 2020 e avançaram. O mesmo aconteceu com pais, professores e mestres de diferentes áreas, inclusive da área de ensino bíblico. 

Palavras e usos diferentes entraram em nosso dia a dia: lockdown, “álcoolgel”, distanciamento social, uso de máscara, ‘não abrace’, ‘fique longe’, igreja on-line, lives, pick pay, ceia  on-line e muitas outras.

Celebramos em dezembro o Natal de Cristo e seu grande amor, pois nada nos poderá separar do amor d’Ele. Olhando para o tempo de pandemia, podemos afirmar:

1- O Deus soberano controla o tempo e as estações;

2- A pandemia tem sido um instrumento de Deus para revelar a fraqueza e a dureza do coração humano;

3- O coronavírus tem sido um acelerador: acelerou a fé, o compromisso, o fortalecimento da família e também acelerou a mornidão, a fraqueza espiritual  e a covardia;

4- A pandemia abriu portas exponenciais ao redor do mundo para a pregação do Evangelho, e as portas continuam abertas;

5- A pandemia gerou oportunidades para que todos os pastores e membros de igreja se tornassem evangelistas de alto alcance;

6- A pandemia também, com o noticiário tão negativo veiculado na grande mídia, instilou o vírus do medo, da depressão e do desespero no coração de milhões e milhões;

7- A pandemia despertou o povo de Deus para orar, e em todos os lugares se ouve o clamor por um grande e maravilhoso avivamento;

8- A pandemia instilou no coração de muitos o medo de morrer, e no coração do povo de Deus a certeza de que a morte é apenas um leve portal para as coisas e realidades que jamais perecerão;

9- A pandemia obrigou cada pessoa a reinventar sua vida e seus métodos de trabalho, inclusive a maneira de pastorear o rebanho de Deus;

10- A pandemia revelou medo no coração de líderes espirituais que não se arriscaram nem se aventuraram no exercício do seu ministério e na reconstrução da igreja; e também revelou os corajosos e os imparáveis;

11- A pandemia nos tem obrigado a pensar e repensar em novos métodos e modos de impactar, evangelizar e cuidar de crianças, juniores, adolescentes e idosos;

12- A pandemia tem mexido no emocional da população e dos que pregam a mensagem de esperança e consolação em Cristo e por Cristo tem uma missão especial e preciosa de Deus;

13- A pandemia trouxe uma colheita espiritual extraordinária para os que viram a oportunidade, e as igrejas avançaram;

14- A pandemia também nos tem feito chorar e orar por aqueles que pararam no meio da estrada e por ministérios e igrejas que se dispersaram;

15- A pandemia despertou a generosidade e a solidariedade com o próximo, o carente, o necessitado, as famílias, os irmãos na fé e os estranhos, embora muitos tenham se tornado ainda mais avarentos;

16- A pandemia nos obrigou a gerar conteúdos inéditos de pregação, com destaques extraordinários como o culto infantil on-line, as transmissões on-line, os aconselhamentos e reuniões on-line e as visitas virtuais;

17- A pandemia nos ensinou a sermos gratos em cada oportunidade que tivermos de viver, servir, amar e pregar o Evangelho;

18- A pandemia nos tem feito orar como nunca por profissionais da área da saúde, policiais, governos, economia, segurança, cientistas, vacinas, proteção para idosos e uma colheita exponencial;

19- A pandemia nos tem feito avançar como Oitava  Igreja: com lágrimas, criatividade, ousadia, fervor espiritual e honra ao nome de Cristo;

20- A pandemia de 2020 nos fortaleceu como igreja e nos demonstrou mais uma vez o valor de uma equipe unida: equipe pastoral; conselho da igreja; equipes de voluntários e toda uma igreja que responde à Palavra de Deus e à oração;

A nova década será exponencial! Rompemos em meio à pandemia, pois esta se tornou um impulsionador do avanço do Reino de Jesus até que ele venha.

Pr. Jeremias Pereira – Pastor Titular