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“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.

E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.

E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.

E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre.

E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.

E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.

E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.

Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?

E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.

E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.“ (Lucas 23:33-43)

Não existe momento de maior angústia, dor e aflição na Bíblia inteira do que nesses episódios que antecedem a morte de nosso Senhor Jesus Cristo. A sua crucificação e tudo o que Ele passou nesse período promoveram um impacto tão grande que mudou a história do mundo.

Crucificado ao lado de ladrões, zombado, criticado, escarnecido e acusado pelo povo, pelos líderes, pelos soldados e até mesmo por ladrões. As últimas palavras que nosso Mestre ouviu seriam apenas palavras duras e acusadoras, não fosse o ladrão que estava à sua direita.

Jesus foi um homem vigoroso. Andava longas distâncias, subia montanhas, atravessava mares, não parava. Estava em constante movimento e realizava inúmeros milagres. Estar ao lado de Jesus nesses momentos devia ser uma experiência maravilhosa. Vê-lo curar, pregar e realizar obras tão maravilhosas era um presente, um privilégio, uma alegria. Quando veio a acusação e prisão, os apóstolos fugiram e nosso Senhor Jesus foi abandonado. Ele teve que enfrentar seus perseguidores sozinho. Mentiras, acusações compradas, falsos testemunhos castigaram nosso Salvador e o transformaram no Homem de Dores.

Perseguição sem igual. O justo foi condenado. Jesus foi crucificado. Mas antes de morrer, Jesus conversou com um ladrão arrependido e lhe deu uma palavra de salvação: ainda HOJE estarás comigo no paraíso.

Jesus é a nossa viva esperança de salvação e de vida eterna. É Ele quem me salva, e me convida para a Nova Jerusalém. Sem Jesus, aquele homem seria apenas mais um ladrão crucificado; com Jesus, ele é meu irmão.

Quando olho para esse texto, minha alma se enche de esperança porque:

1) Não importa o que eu fiz de errado na minha vida. O perdão de Jesus cobre multidão de pecados e é por meio Dele que eu tenho a salvação. No caso do texto que estamos observando, o homem era um ladrão e ele reconhece que era merecedor de condenação. Ele assume que era culpado. Não devemos desistir de ninguém por seus atos. Temos que ter o coração aberto para perdoar grandes e pequenas feridas, pois essas pessoas podem se tornar nossos irmãos em Cristo e ser usadas para grandes obras.

2) Não importa por quanto tempo permaneci no erro, nem quantas pessoas eu prejudiquei. Se entrego a minha vida a Cristo, meus pecados são perdoados.

3) Posso me encontrar com meu Mestre a qualquer instante. O ladrão estava prestes a morrer. Faltavam apenas algumas horas para sua vida chegar ao fim. Nunca desista de orar. Nunca pare de orar. Nós não sabemos o que vai acontecer com a pessoa em seu último fôlego de vida. Isso me leva a orar, a crer e a esperar sempre pelo milagre da salvação.

Quando olho para a história do ladrão que se tornou “irmão”, sou desafiado a não desistir de orar, a ter sempre esperança de salvação e vida eterna. Tenho que ser um sal que salga, uma luz que ilumina, tenho que ser pedra de passagem e devo ser um instrumento manuseado pelas mãos de Deus para trazer as boas novas para este mundo perdido.

As boas novas não são palavras e não são um livro. As boas novas são uma pessoa. As boas novas são JESUS, O CRISTO, nosso Senhor e nosso Salvador.

Pr Eduardo Borges | preduardo@oitavaigreja.com.br