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“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15.12)

É impressionante como Jesus tinha a capacidade de, em poucas palavras, se expressar com tamanha intensidade que, mesmo dois mil anos depois, ficamos estarrecidos ao ler suas declarações. De uma forma simples e direta, Jesus se expressou como ninguém havia feito antes ou viria a fazer depois.

A princípio, um mandamento para que nos amássemos não deveria ser nada, assim, tão extraordinário. Afinal de contas, quem não quer amar e ser amado?!? Mas nem tudo é tão fácil assim. As declarações de Jesus eram tudo, menos superficiais. Ao completar sua frase com um singelo “como eu vos amei”, ele define um padrão que nunca havia sido visto ou experimentado. O amor com que Jesus amou os discípulos (e a todos nós) foi um amor ímpar. Vejamos:

• Ele abriu mão de sua glória divina para viver na limitação humana (Fp 2.6-8);
• Ele curou, libertou e transformou vidas de todas as formas imagináveis (Lc 7.22);
• Ele perdoou estranhos e inimigos (Jo 8.1-11; Lc 23.34);
• Ele ensinou as verdades sobre o Reino de Deus (Mt 5-7);
• Ele serviu seus discípulos das formas mais extremas (Jo 13.5);
• Ele entregou sua vida para nossa salvação (Jo 10.15);
• Seu amor não foi pela metade, mas completo e perfeito (Jo 13.1).

Quando Jesus nos disse para que nos amássemos, não deu uma ordem teórica e saiu de cena, mas, antes, demonstrou com sua própria vida aquilo que ele queria que nós expressássemos. E sabendo que não iríamos conseguir cumprir tamanho mandamento sozinhos, enviou o Espírito Santo para que pudéssemos experimentar de seu amor e fôssemos por ele capacitados para vivê-lo.

Assim, para obedecer tão simples e profundo mandamento, uma coisa é imprescindível: nascer de novo, pelo Espírito. Não se pode viver o amor de Cristo a não ser pelo próprio Cristo. Entregar a vida a ele e segui-lo é o único caminho possível, pois o próprio Deus é definido pelo amor.

“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” (1 Jo 4.16)

Pr. Luís Fernando Nacif ∙ Pastor Auxiliar