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“Vocês costumam dizer: ‘Daqui a quatro meses teremos a colheita’. Mas olhem e vejam bem os campos: o que foi plantado já está maduro e pronto para a colheita.” (Jo 4.35)

Jesus acabara de transformar a vida de uma mulher, não qualquer uma, mas uma samaritana. Os samaritanos não se davam com o povo judeu. Por isso, vendo essa cena, os discípulos se espantaram. Não era comum, muito menos aceitável, que um judeu tivesse qualquer tipo de relação com algum samaritano. Mas Jesus não somente teve um encontro com essa mulher, como também usou a sua vida de forma poderosa. Ao reconhecê-lo como o Salvador, ela se apressou em anunciar a boa nova para o seu povo.

O desenrolar desta última cena não é descrito na Bíblia, mas te convido a imaginar aquela mulher contando, entusiasmada e surpreendida, o que acabara de acontecer: seu encontro sobrenatural com o Cristo; como Jesus, com o seu poder, havia tocado profundamente seu coração e revelado a essência de quem ela era; como profundamente crera que Ele era o Messias prometido. Imagine, também, um povo alvoroçado, curioso, assistindo uma mulher – que há muito tempo andava nas sombras, se escondendo e fugindo -, correndo e proclamando em alta voz, com uma alegria reluzente, a chegada da salvação. Todos que presenciaram essa mudança perceberam que precisavam conhecer esse Cristo. Ajuntaram-se e pediram aquela mulher que os levassem rapidamente até Jesus.

Em frente ao mesmo poço onde Jesus conversara com a samaritana, os discípulos ouviam atentamente a explicação acerca desse encontro. Ali ele declarou que os campos estavam prontos para a colheita e demandou que levantassem os olhos para verem. Foi então que, ainda sem compreender muito bem o ensinamento, vislumbraram uma multidão de samaritanos se aproximando. A mulher não estava mais sozinha. Homens, mulheres e crianças vinham ao passo da esperança para terem um encontro com Jesus, o Cristo!

Agora, os samaritanos também desejavam a presença de Jesus, fato extraordinário para todos que presenciaram o acontecimento, sendo o Cristo um judeu. Entretanto, muito além de uma descendência, Jesus era, inquestionavelmente, o Salvador. Não apenas dos judeus, mas também do mundo.

A comparação entre a colheita natural e a espiritual é um encorajamento a todos os que creem em Jesus. Os campos estão prontos para a colheita. Pessoas de todos lugares, tipos, culturas e nações estão sedentas, anseiam pelo encontro que ressignificará suas vidas. É tempo de pregar e anunciar a Jesus Cristo, é tempo de colheita porque ele está vivo.

Pr. Tiago Torres ∙ Pastor Auxiliar