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Estudos e artigos

GERAÇÕES, DIÁLOGOS E COMUNICAÇÃO

Como estabelecer uma comunicação eficaz com os mais novos 

Na minha época não era assim…”. Quem nunca repetiu a frase que ecoa na comparação entre gerações, tempos e épocas? Mais velhos olham para trás como quem analisa a vida contemporânea dos jovens e crianças. Infalivelmente, de maneira depreciativa, a olhadela de pescoço curto e o riso de canto de boca se mostra em mais do que desprezo. Falta comunicação. 

As gerações “Baby boomer” (1946–1964), “X” (1965–1980), “Y” ou “Millenials” (1982–1994) e “Z” (1995–2010) começam a ficar para trás. A transição de um período analógico ao digital ainda causa espanto para quem se lembra do desenho dos “Jetsons”. 

A tecnologia em falar ao telefone com câmera ao vivo e conversar com uma máquina doméstica que responde parece que ainda não foi assimilada. Me parece que não percebemos que já estamos no futuro. Porém, seja com toda a tecnologia que nos acelera o tempo e nos facilita a comunicação, vejo que o diálogo está distante e que não entendemos os mais velhos, muito menos os mais novos. 

Jovens tratam os mais velhos como “desconectados”, literalmente. Adultos ou idosos tratam os mais novos como alienados, ou alienígenas. Das ameaças digitais ao tempo de tela das crianças, temos na geração “Alpha” (2010-2025) os que nasceram de fato após o século XXI. Ainda não sabemos como lidar. Pais se desesperam como quem perdeu a guerra, outros estão afundados ao “pastoreio” digital que acontece na distração das crianças que assistem outras brincando enquanto elas não brincam. 

Plataformas digitais são como iscas para que, uma vez preso, você derrame seu tempo, enquanto o produtor de conteúdo ganha dinheiro. Seja em vídeos de massinhas ou bizarrices das mais pornográficas, a internet não é neutra, assim como um livro também não é. 

Não podemos dar-nos ao luxo de distanciar da realidade do tempo. Também não podemos lidar com o tempo de maneira nostálgica ignorando que estamos submersos em ondas que nos circundam em informações invisíveis. Nossos bebês estão tentando ampliar tela de revista de papel como se fossem tablets. 

Essa é a tal “Geração Alpha”. Curiosamente o alfabeto acabou. Reiniciou em grego. Seria esse o verdadeiro “grande reset”?   

Aspas… Queridos leitores, papai e mamãe! Não se desespere. Encare o inimigo como quem chegou no chefão do “Super Mario Bros”, lembra? Não temos como voltar para trás. Não temos a opção de simplesmente ignorar. São vidas que nos são caras. 

É necessário saber o que prende a criança à tela. Qual o conteúdo, qual a mensagem por detrás dos novos vídeos e danças. E principalmente, qual a proximidade que este conteúdo tem da cultura de seu lar. 

A linguagem é a humana. Você não precisa saber das gírias e do linguajar do momento. Precisa falar ao coração de seu filho e filha. Saber quem está os mentoreando por detrás destes púlpitos digitais. 

Estejamos alertas e sejamos mais rápidos que os muitos mega de transmissão dos smartphones. As empresas de telefonia e os computadores mais avançados nunca serão mais velozes ou eficazes que o Espírito Santo de Deus. 

Nossa lição de casa é termos os corações dos nossos filhos convertidos aos nossos e ao nosso Deus. Eis que eu vou enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias 4.5-6) 

  • Pr. Bruno Barroso – Pastor Auxiliar