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Pr. Jeremias

ENFRENTANDO O CÂNCER DE PRÓSTATA

Em novembro acontece um movimento mundial para conscientizar, esclarecer e reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A campanha é chamada novembro azul porque é um câncer mais comum em homens. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 68 mil novos casos foram tratados em 2018. E as maiores vítimas são homens a partir dos 45 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.

Todo homem acima de 45 anos deve procurar o urologista e investir no cuidado desta área tão importante para sua saúde. Homens devem, se for o caso, vencer preconceitos e lembrar que sua saúde é um presente de Deus e que somos mordomos do nosso corpo. Há opiniões contraditórias sobre se é possível se prevenir do câncer de próstata. Mas o acompanhamento, certamente, favorecerá para tratar a doença, dar uma melhor qualidade de vida e, se o Senhor se agradar, longevidade.

A palavra câncer nos assombra. Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer, para muitos, é como se uma sentença de morte fosse decretada. Embora saibamos que a vida é frágil, breve e que nenhum diagnóstico acelera o tempo que temos definido pelo Senhor para nossa vida aqui neste abençoado e sofrido planeta. Em Cristo está nossa verdadeira vida, pois um dia vamos desembarcar e, depois, em sua Gloriosa vinda, seremos levantados na ressurreição dos mortos.

No início deste ano, 2019, ano do Jubileu de Ouro da Oitava, um rotineiro exame de PSA – um dos exames requeridos para prevenção – indicou a necessidade de exames mais acurados quanto a minha saúde. Ao longo destes sete meses fiz outros exames, como uma ressonância magnética, biópsia e tomografia, que constatou tumor maligno na próstata.

Eu soube que estava com esta enfermidade quando entrei em meu gabinete pastoral – no mês de julho – e estava lá, sobre a mesa, um envelope com o resultado da biópsia e tomografia. Não entendi tudo, mas entendi o suficiente para saber que havia um câncer de próstata. Minhas emoções foram agitadas e ali mesmo, sozinho, orei em gratidão a Deus, pois, por sua boa providência, aquele diagnóstico foi estabelecido.

Sob aquele clima emocional interno, tenso, orei em voz alta as seguintes palavras bíblicas: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8.28). E também: “Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: ‘Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8.31-39)

Naquele mesmo dia fui a uma consulta médica. O urologista disse: “Existe um tumor e é preciso operar, pastor”. Fui operado no dia 23 de setembro de 2019. Tenho experimentado um pós-operatório abençoadíssimo. E sigo cumprindo os procedimentos recomendados. Ainda em novembro, farei mais um exame para que o médico tenha informações para decidir se haverá ou não necessidade de algum outro tratamento.

Registro, também, minha gratidão a milhares e milhares que foram e têm sido instrumentos da divina providência antes da cirurgia, durante a mesma e agora no período de convalescença. Destacando minha família, familiares, o Conselho da igreja, a Junta Diaconal, os líderes de GCOIs e ministérios; cada um dos membros da Oitava e das Oitavas pelo apoio e orações; o carinho de pastores e irmãos e irmãs de diferentes denominações; as palavras de fortalecimento recebidas nas mídias sociais, por e-mail, WhatsApp, pessoalmente; aos médicos e equipes multidisciplinares e multiprofissionais; ao ministério Monte Sinai; aos pastores e demais irmãos e irmãs de nossa denominação e de tantas denominações de dentro e fora do Brasil; aos amigos e amigas não evangélicos. Peço a todos que tem apoiado que se sintam incluídos nesta palavra de gratidão. Agradeço a atenção de Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Sigo avante com gratidão, bom ânimo e alegre no Senhor.

“O coração alegre serve de bom remédio; mas o espírito abatido seca os ossos.” (Pv 17.22 – ARA)

“A disposição alegre faz bem a saúde; mas a tristeza e o abatimento esgotam as forças.” (Pv 17.22 – A Mensagem)

Além disso, estou seguro no amor e nas promessas do Pai. Tenho a Palavra de Deus como fonte de renovação diária. Descansado em Cristo nosso Pastor. Sustentado pelas orações, comunhão, fraternidade e o amor da igreja e das igrejas. Apoiado pela família e familiares de modo enriquecedor. Confortado e encorajado pelo Espírito Santo. É assim que vamos adiante, amém?!

Deixo aqui meu encorajamento aos homens para que cuidem de sua saúde. E também rogo ao Senhor em favor de todos aqueles que estão sendo tratados dessa enfermidade nestes dias. Que tenhamos bom êxito, segundo a bondade, graça, misericórdia e favor de nosso Senhor Jesus Cristo.

Pr. Jeremias Pereira · Pastor Titular