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Pr. Jeremias

EM TEMPOS DE ANGÚSTIA PELO COVID -19

“Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem? Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor. Levantemos o coração, juntamente com as mãos, para Deus nos céus, dizendo: Nós prevaricamos e fomos rebeldes, e tu não nos perdoaste. Cobriste-nos de ira e nos perseguiste; e sem piedade nos mataste. De nuvens te encobriste para que não passe a nossa oração. Como cisco e refugo nos puseste no meio dos povos. Todos os nossos inimigos abriram contra nós a boca. Sobre nós vieram o temor e a cova, a assolação e a ruína. Dos meus olhos se derramam torrentes de águas, por causa da destruição da filha do meu povo. Os meus olhos choram, não cessam, e não há descanso, até que o Senhor atenda e veja lá do céu.” (Lm 3.38-50)

Jeremias, o profeta, chora e ora diante do Senhor pelo tempo terrível de angústia que viveu Jerusalém antes que a cidade fosse destruída e resultasse no cativeiro babilônico de 70 anos. Este trecho de suas Lamentações aviva nossa confiança em Deus e nos convida para ações objetivas nestes tempos de pandemia provocada pelo coronavírus – COVID-19.

Afirmamos que o Santo Deus governa a história da Oitava, do Brasil e das nações. “Acaso não procede do altíssimo tanto o mal como o bem?”. Reina o Senhor e tremam os povos. O Senhor é o Criador e Sustentador do universo. Esta verdade está em toda a Bíblia. O Deus vivo, manifesto em Jesus Cristo, é quem conduz tudo, por sua misericórdia, providência amorosa, santa e bondosa. Ele enviou o dilúvio, a fome nos dias de Abraão, Isaque e José. Ele enviou as pragas sobre o Egito.

Como servos do Senhor devemos nos abster de debates sobre “teoria da conspiração”, “marketing chinês”, ou qualquer argumento que retira o Senhor do controle da História. Ele usa agentes, é verdade, como o fez com Babilônia como vara para trazer seus juízos sobre Israel. Sabemos que Deus manifesta seu juízo sobre o pecador e pecadores endurecidos e rebeldes, e que manifestarão completamente no dia do juízo final. Como cidadãos dos céus devemos lealdade e reverência ao Senhor Jesus Cristo. E como cidadãos da terra sofremos ao lado de nossos contemporâneos. Em tudo procuremos dar graças ao seu santo nome e, também, dar a ele glória, honra e louvor.

Reconhecemos que Deus nos ordena a humilhação, quebrantamento e confissão. Nas expressões: “Queixe-se cada um dos seus próprios pecados”, “esquadrinhemos nossos caminhos”, ”prevaricamos”, ”Fomos rebeldes”, recebemos uma convocação. Portanto, é tempo de recolhimento em orações diárias, orações em família e comunitária. Curvemo-nos em oração e arrependimento. Leiamos Esdras 9, Neemias 9 e Daniel 9.

Com humildade e quebrantamento, analisemos a forma que vivemos. Confessemos a nossa rebelião e teimosia dos nossos corações e de nossa nação. Vamos reconhecer que a corrupção e a avareza; a negligência ao andar com Deus; o amor ao prazer, alcoolismo, vícios sexuais e profanação do nome do Senhor Jesus; a frieza espiritual; a impureza moral; a idolatria e a incredulidade tomaram conta de nossa nação. Olhemos nossas próprias vidas.

Evitemos tomar parte nos xingamentos e debates ácidos na internet ou por telefone. Isso, não poucas vezes, apenas revela o quanto precisamos mais e mais da humildade e mansidão de Cristo Jesus em nossas vidas. Confessemos ao Senhor que, muitas vezes, vivemos mais como religiosos do que como novas criaturas. Leiamos o novo Testamento. Meditemos na carta aos Efésios e Colossenses e peçamos ao Senhor que nos guie à confissão de pecados específicos. Ouçamos o que diz a Palavra de Deus: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Cr 7.14).

Pr. Jeremias Pereira
Pastor Titular