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É ANO DE COPA!

Estamos a menos de 80 dias da Copa do Mundo do Catar. A espera foi grande. Quatro anos desde a última edição, realizada na Rússia nos meses de junho e julho de 2018. A fim de dominar toda essa expectativa para o início do maior evento esportivo da Terraque neste ano ocorrerá entre novembro e dezembro -, faremos uma série de entrevistas com personalidades da Oitava, sobre suas experiências com a competição. Afinal, quando o assunto é Copa do Mundo, todo mundo tem uma história para contar. Não é mesmo, Pr. Eduardo?

Eu acho que o futebol e a Seleção Brasileira são umas das poucas coisas que unem a nossa nação. Então, eu me lembro de quando eu era muito pequeno, com sete, oito anos de idade, minha primeira Copa do Mundo foi a da Argentina (1978). Lembro que todo mundo tinha o mesmo espírito, a mesma alegria, todo mundo gostava da Seleção. Então, quando a gente ia para a rua, não tinha questão de partido político, não tinha cruzeirense ou atleticano, era todo mundo brasileiro. A cidade toda colorida de verde e amarelo”.

Um cenário um pouco diferente do atual, não é verdade? Os tempos são outros. Mas, saudosismo à parte, ainda torcemos muito pela nossa seleção. Até mesmo quem não gosta de futebol, durante a Copa do Mundo se pinta e se veste com as cores da bandeira, e torce como nunca. O Pastor explica esse fenômeno: “O fato de termos sido vitoriosos e sermos bons nisso (futebol), é isso que promove essa unidade. Quando a nossa seleção entra em campo, tem aquela sensação de que o brasileiro tem valor, de que somos bons em alguma coisa”.

Entretanto, ele entende que não houve essa unidade entre os brasileiros na edição passada. “Existia uma divisão política muito grande, que continua existindo, mas a nossa seleção também não entrou como favorita; o fato de termos entrado muito fracos na Copa não promoveu essa unidade. Este ano, como estamos entrando com um time bem forte, com uma possibilidade bem real de sermos campeões, acho que isso vai promover essa união”. Tá confiante o Pastor…

O futuro ao Senhor pertence. Se a torcida brasileira estará junta e misturada, e se o nosso time vai dar show, só o tempo dirá. Mas o passado… ah, esse não sai da memória dos brasileiros! Afinal, somos pentacampeões mundiais (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). Impossível não lembrar.

Minha Copa do Mundo inesquecível

Nascido em 1970, o Pr. Eduardo era ainda um bebê quando Pelé, Gérson, Rivelino, Jairzinho, Tostão e companhia encantaram o planeta com jogadas plásticas e gols, muitos gols, garantindo pra gente o tricampeonato mundial. Para ele, uma pena, pois não pôde assistir àquele time ao vivo, nem sentir as emoções de um dos títulos mais marcantes da nossa história. Para piorar, cresceu acompanhando sucessivos fracassos verde-amarelo, nas copas de 74, 78, 82 (essa merece um capítulo à parte), 86 e 90.

Eu cresci e passei vários anos da minha vida sem ver o Brasil campeão. Nós já éramos tricampeões, mas eu não tinha visto, porque nasci justamente no ano do Tri”. Realmente, não deve ter sido fácil. Mas, melhor que ser Tri, é ser Tetra! E disso, o Pr. Eduardo entende. Aos 24 anos de idade, torceu, vibrou, sofreu e viu Roberto Baggio, atacante da Itália, errar o pênalti que fez a Seleção Brasileira vencer sua quarta Copa, dessa vez nos Estados Unidos. Que privilégio!

Ter visto o Brasil campeão pela primeira vez, depois de 24 anos, foi realmente extraordinário! E o time era maravilhoso, era muito bom! Ter o Romário e o Bebeto ali, era expectativa de gol… o time era todo muito bom. As pessoas falam muito do time de 2002, de 2006, mas o time de 94 era um timaço! Todo o time era muito bom”.

Há controvérsias quanto à qualidade técnica da Seleção campeã em 94. Fato. O que não se discute é a relevância dessa conquista, que veio meses após o Brasil perder uma de suas maiores referências no esporte nacional: Ayrton Senna. O tetracampeonato mundial encheu de orgulho os 160 milhões de brasileiros (à época), que saíram às ruas para comemorar. Um momento único, sublime e, como define o Pr. Eduardo, “extraordinário”. 2022 é ano de Copa. Podemos, por que não, viver de novo toda essa emoção. Já imaginou?