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DIA DO PRESBÍTERO

Agosto é o mês do Presbítero – a data é celebrada sempre no primeiro domingo do mês! E para homenagear essa importante figura e desmistificar o cargo ocupado por ela, conversamos com um dos nossos, o Pb. Renato Laranjo. Ele, que representa a Oitava no Presbitério Leste de Belo Horizonte e que preside o Sínodo Metropolitano da capital mineira, esclareceu algumas das principais dúvidas sobre a trajetória de um Presbítero:

OR – Há quanto tempo o Sr. é Presbítero na Oitava Igreja e por que decidiu tornar-se um?
RL – Sou membro da Oitava desde 1986; fui eleito Diácono em 1987 e exerci o diaconato até ser eleito Presbítero pela primeira vez, em 1996. Portanto, fui ordenado e empossado Presbítero no dia 4 de abril de 1996 (ata nº 476).

OR – Quais são as principais funções de um Presbítero?
RL – Bem resumidamente poderia dizer que as principais funções de um presbítero regente são as de “representante imediato do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o Pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da Igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade”. É o que está na Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil.

A IPB adota o governo representativo, por entender ser uma questão doutrinária, que é exercido por Presbíteros. Eles são chamados por Deus na incumbência da administração e edificação do povo de Deus. Há duas categorias de Presbíteros. O Presbítero Docente é chamado de Pastor, Ministro, Reverendo, e tem a exclusividade de ministrar os sacramentos, impetrar a Bênção Apostólica e oficiar o casamento com efeito civil e religioso. Já o Presbítero Regente, no qual me incluo, é o presbítero eleito, sem ter sido ordenado Pastor. Os presbíteros docente e regente formam o Conselho, cuja coletividade tem a autoridade para governar uma igreja local.

Na prática, isso quer dizer que o Presbítero deve pastorear o rebanho (1 Pe 5.3); ensinar as doutrinas bíblicas; julgar questões doutrinárias; combater erros, pecados, falhas e ofensas dos membros; exortar, admoestar, resolver conflitos e participar da disciplina, se necessário; contribuir na pregação do Evangelho e busca do desviado; contribuir no discipulado dos novos membros rumo à maturidade; aconselhar, encorajar, visitar, orar e interceder pelos membros; supervisionar os trabalhos de toda a igreja.

OR – Quais os maiores desafios enfrentados por aqueles que ocupam este cargo?
RL – O maior desafio é enfrentar o temor de estar fazendo menos, de não estar agradando ao Senhor da Igreja, nosso Senhor Jesus Cristo, no pastoreio do rebanho. Ele [Presbítero] precisa lembrar a todo tempo que é totalmente dependente de Jesus. O Presbítero tem sempre grandes desafios (pessoais, profissionais, familiares, no ministério, limitações de tempo, energia, conhecimento e aptidão/dons), mas quando há pastoreio mútuo, cooperação no grupo, então um pastoreia e contribui para o desempenho do outro. Somos diferentes, mas somos uma equipe em que uns aos outros nos equilibramos, seja para dinamizar a força ou impulsionar na fraqueza. Um deve completar o outro e juntos sermos melhores presbíteros e pastores.

OR – E quais as maiores alegrias?
RL – A maior alegria de um líder, Presbítero ou Pastor, é ver a igreja caminhando e cumprindo a sua missão, dentro de uma visão. É muito bom quando vemos a conversão de novos membros, pessoas chegando com ânimo, com boa vontade em servir e evangelizar.

OR – Qual conselho você daria para quem almeja se tornar Presbítero?
RL – Em 1º Timóteo 3.1, diz: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.” Ser Diácono, Presbítero ou Pastor não é ter uma profissão ou título para se ter destaque, aparecer. É responder um chamado de Deus para primordialmente cuidar das ovelhas do Senhor. Gosto da expressão “Excelente obra deseja”. Ela nos autoriza dizer que podemos orar pedindo a Deus um dom, um chamado para um serviço específico. Não é pecado querer ser, mas a motivação deve ser a de ser bênção aonde o Senhor o colocar. Quem chama é Deus; quem ele chama ouve a voz de Deus; e quem é chamado não só tem a convicção do convite, mas apresenta um perfil que agrada a Deus. Não é motivação humana, não é para agradar um parente. Deus vai chamar quem já está trabalhando. Inclusive, na Oitava uma pessoa só participa do processo de escolha se já estiver atuando, servindo na igreja. Deus capacita a quem ele chama, portanto, alguns precisam de preparo para exercer o ministério a que foi chamado, o que é feito por outros mais experientes, maduros, com visão multiplicadora de novos líderes.

Meu conselho: ore, peça a Deus, desenvolva maturidade, aja com mentalidade espiritual, dê passos práticos rumo a um presbiterato efetivo, que culmine no bom pastoreio do rebanho de Deus.